sábado, 31 de outubro de 2015

AS MIL RAZÕES DA JUSTIÇA AS MIL E UMA DO SERVIDOR

AS MIL RAZÕES DA JUSTIÇA
AS MIL E UMA DO SERVIDOR
Não faltam razões e motivos para que estejam preocupados, tanto magistrados, como o Ministério  Público,  com a utilização pelo Executivo de toda aquela dinheirama,  resultante dos depósitos sucessivos e ao longo de muitos anos. O fundo vistosamente suprido é a garantia para que, ao fim  das sempre alongadas demandas judiciais, as ordens de pagamento  diversificadas,  sejam pontualmente cumpridas.Essa reserva  cresce sempre de forma exponencial em face da conhecida morosidade  da Justiça brasileira, obrigada a percorrer o labirinto recursal que poderia representar uma forma de proteger igualitariamente o cidadão, mas, na prática, não é isso o que se registra. O arsenal imenso dos recursos  exige a interveniência de bons advogados que, manipulando o arsenal de armas procrastinatórias percorre todas as instancias, vai a Brasília, faz defesas orais diante dos ministros. A demanda do pobre morre por aqui mesmo, na primeira instancia, sustentada pelo esforço de algum advogado dativo, ou de um Defensor Público que estiver disponível.
O pobre não bate à porta do Supremo, e lá, nem ele nem o rico deveriam bater, ficando, os s ministros dedicados apenas, e tão somente, à tarefa maior de zelar pelos direitos,  e resguardá-los da forma impessoal e universal que a Constituição  assegura.
Pois neste instante,  os direitos do servidor público sergipano e de tantos outros estados, entre eles o presumivelmente rico Minas Gerais, estão sendo violados. Eles trabalham, eles têm compromissos, e quando o salário não chega no dia aprazado, seus cartões de crédito, seus cheques especiais, logo aplicam sobre o saldo devedor, juros pornográficos,  que variam de 300 a até 400 por cento ao ano. E a partir dessa argentária concupiscência  insaciável e criminosa dos bancos, a insegurança se instala na vida financeira de milhares de famílias. Esse drama, por sinal, não é vivido por cerca de 70 % por cento dos servidores públicos sergipanos, todos  na faixa degradante do salário mínimo . Para eles, não foi alterado o calendário, e aos seus tormentos permanentes não se acrescentou mais um. Esse fato revela a chocante distorção, a indecente defasagem salarial, que resulta da indiferença aristocrática que herdamos das  ¨casas grandes ¨ onde a abastança era o inalienável e sacrossanto direito de uns poucos, e a miséria geral uma fatalidade  que somente a providência divina poderia amenizar
E o que dirão os guardiães  dos nossos direitos constitucionais, todos os dias violados, impunemente, pelos donos do prostíbulo financeiro que nos governa ?
Mas essa já é  uma outra história.
Nos  jogaram no atoleiro de uma crise, e nele estamos  nos enfiando cada vez mais. A metáfora da lama pegajosa que cede e faz afundar, não seria imprópria para classificar a tragédia brasileira. Nunca, em qualquer  outra época,  estivemos tão carentes de estadistas.
Dilma faz a apologia da mandioca, Lula quer demitir o diretor da PF, porque os federais varejaram o  escritório do seu filho, Aécio  quer ser presidente, FHC, pavoneia a sua imensurável vaidade, Cunha, o sinistro Cunha, chantageia, mistifica, mente, e vai construir um anexo da Câmara que custará 400 milhões de reais. A propina, dessa vez, ele não depositará mais na Suiça.  Além disso todas as nossas maiores empresas de construção estão quase paralisadas, a Petrobras, tentando recuperar-se do tombo assustador, e, coisa inédita no mundo:  os que representam cerca de dez por cento do nosso PIB foram parar na cadeia.
Nenhum governo atrasa salário pelo gosto satânico de martirizar as pessoas, ou pelo prazer sádico de fazer mal.
O que está acontecendo agora em Sergipe,   exigirá um diagnóstico mais abrangente sobre os elementos que se juntaram para agravar as conseqüências da queda da receita, e das providencias a curto e médio prazo que devem ser adotadas. Algumas dessas providencias foram adotadas  já no final de 2014, outras, estão em andamento, mas o agravamento da situação nacional não favorece o otimismo.
Governo pode fazer muitas coisas, acertar, e até errar muito, como vem a ser exatamente o caso da senhora Dilma , mas governo não faz a mágica de multiplicar dinheiro. Na Argentina, no auge da crise dos anos noventa, com a classe média quase esmolando nas ruas, os servidores públicos sem receberem salários ,  as províncias foram autorizadas a emitir dinheiro. As conseqüências foram terríveis.
Agora, em Sergipe, os servidores do Poder Judiciário,  do Legislativo,  alem daqueles do Ministério Publico,  Tribunal de Contas, da  Educação e da Saúde que recebem verbas federais,  estão com o calendário de pagamento em dia. Mas não se sabe até quando. Os demais, inclusive as policiais militar e civil, são submetidos ao  inevitável regime de parcelamento em duas vezes. Na Prefeitura de Aracaju o parcelamento já é maior, nos demais municípios generaliza-se o atraso.
Os servidores prejudicados  não entendem porque uns recebem, e eles não.  Esse clima de insatisfação tende a aumentar.
O momento extremamente difícil  estaria a recomendar aos juízes a adoção de uma hermenêutica das circunstancias, ou seja, a interpretação de uma realidade adversa que a abrangência das leis, por mais ampla que seja, não consegue alcançar sem que entre em cena a  sensibilidade social  e humana de cada juiz, de cada promotor.

Sem que isso ocorra, se poderá dizer que a lei restou obedecida, enquanto, em volta, instalou-se a fome, o desespero, e quem sabe, até a rebelião.

ACUSAÇÃO FORTE RESPOSTA MOFINA

ACUSAÇÃO FORTE
RESPOSTA MOFINA
O questionamento que alguns professores fazem em relação às verbas quase secretas que o SINTESE manipula com pouca ou nenhuma transparência, mereceu  manchete  do jornal Cinform. O assunto ganhou destaque nas redes sociais, nas emissoras de rádio e televisão. As denúncias são graves: um sindicato que tem um aporte mensal, seguro e firme de algo próximo a um milhão de reais, não presta contas detalhadas, não abre a sua contabilidade para quem quiser analisá-la, não mostra, enfim, como é gasto ou economizado o volumoso montante de dinheiro que dispõe. O Sintese reagiu às acusações e  à noticia do jornal num estilo bem  diferente daquele que costuma adotar nos embates que trava, invariavelmente, contra o governo, as prefeituras e os  gestores da Educação. Em vez das palavras fortes, dos abundantes adjetivos, do  estilo belicoso de quem afirma que tem a vocação de lutar, o Sintese  ensarilhou as armas habituais e fez divulgar uma nota mofina, frouxa, juntando-a com  os habituais bordões, cansativamente repetidos.

O Sintese, que tanto prega a democratização, a gestão popular, a  radicalização democrática representada  pela intervenção dos movimentos sociais em todas as instâncias do poder público , parece, que naquilo que lhe diz respeito, prefere andar na contramão do próprio discurso, sempre moralista,  e quase revolucionário.

PARALELO DÁ EMPREGO

PARALELO DÁ EMPREGO
Um quilômetro de asfalto aplicado numa rua secundária ou numa estrada vicinal gera, no máximo ,  uns 10 empregos diretos e indiretos,  computando-se aqueles gerados desde o inicio da prospecção do petróleo, passando pelo refino, a usina, o transporte e, finalmente, a aplicação sobre o solo. Mas, quando se trata de usar o asfalto no interior,nas regiões mais remotas, os empregos ficam distantes,  no próprio local, nem uma só vaga de trabalho se abre. Mas os prefeitos preferem reivindicar o asfalto para os seus povoados, para as suas estradinhas precárias, destinadas a um trafego incipiente.
Na quinta – feira dia  29 o governador em exercício Belivaldo  Chagas foi ao interior fazer inaugurações. Em Riachão do Dantas um ginásio de esportes que levou o nome do governador Marcelo Déda, em Tobias Barreto uma ponte sobre o Rio Real, aquele  cada dia com menos água e mais poluição que nos separa da Bahia. Mas a inauguração, talvez de menor porte  todavia com maior significado para a mudança de um paradigma hoje obsoleto, foi a pavimentação a paralelepípedos das ruas do Povoado Poço das Claras.  A pedra, o granito usado nesse tipo hoje quase abandonado de pavimentação, vem de pedreiras que ficam próximas. Em Tobias Barreto, Tomar do Gerú,  há inúmeras pedreiras desativadas porque o asfalto entrou em cena e todos agora o preferem . Prefeitos, a própria população, não ficam contentes se em vez do asfalto for colocado o paralelo. Enquanto isso as pedreiras foram sendo desativadas e os seus trabalhadores, gente especializada,  saíram a procurar trabalho em outras localidades. Já a pavimentação  com o granito  é feita somente com mão de obra local. Um quilômetro de paralelepípedo gera em torno de vinte empregos diretos e indiretos, com a vantagem sobre o asfalto de que os recursos circulam na própria comunidade.

No semiárido onde existe uma abundancia de granitos, e muitas pedreiras desativadas, a pavimentação de ruas  de povoados e de estradas vicinais a paralelos seria, agora, uma atividade fortemente geradora de empregos no momento em que a calamitosa estiagem vai chegar aos seis anos.  No semiárido, em municípios como Porto da Folha, Poço Redondo, Monte Alegre,  Gararú, Canindé, o desemprego é a praga social mais grave, que está, por outro lado, alimentando a violência crescente. O Prefeito de Canindé Heleno Silva vai bater ás portas da Caixa Econômica, levando projetos, e solicitando uma parceria para a execução de um plano de pavimentação a  paralelo em ruas de povoados e estradas vicinais. Seu objetivo é abrir frentes de trabalho, e gerar algo em torno de 300 empregos. Vale notar que só em Canindé existem, pelo menos, cinco pedreiras agora quase desativadas, onde antes trabalhavam cerca de duzentas pessoas. As pessoas precisam compreender que asfalto é ótimo, todavia, para áreas urbanas de trafego intenso, e estradas principais.

A FÁBRICA DE CIMENTO PARECE QUE AGORA SAI

A FÁBRICA DE CIMENTO
PARECE QUE AGORA SAI

A fábrica de cimento projetada para Santo Amaro parece que agora vai sair do papel. Os obstáculos estranhos e  desarrazoados  criados pela PETROBRAS estão dando lugar a um entendimento fundamentado em bases técnicas. A mineração do calcário não prejudicará  o incipiente  poço d e onde sai algo em torno de vinte barris de  óleo por dia,  e também não afetará a suposta jazida de óleo existente numa área próxima à mineração do calcário. Assim, barreiras transpostas, acredita o   Secretário Chico Dantas que  o projeto poderá continuar com a perspectiva de inicio das obras no final do próximo ano, ou inicio de 2017, mas, até lá, empregos já começam a ser gerados no município.

NEÓPOLIS FAZ HOMENAGENS

NEÓPOLIS FAZ HOMENAGENS
 A Câmara de Vereadores de Neópolis  ,  na noite de quinta feira , entregou  títulos de cidadania ao presidente do Tribunal de Contas Carlos Pinna de Assis  aos conselheiros Ulices Andrade e Suzana  Azevedo. Pinna tem fortes laços  com Neópolis,  pela presença em idéias e projetos  diversos que levaram benefícios ao município;
 Suzana,  laços familiares. Seu pai, o advogado, conselheiro e deputado federal Tertuliano Azevedo, nasceu em Neopolis, onde seu avô Anísio era exator,  e Ulices  teve, quando deputado estadual, uma  participação muito intensa na defesa dos interesses do baixo São Francisco. O presidente da Câmara Amilton Amorim destacou essas características dos homenageados, e o prefeito Amintas, no seu discurso cheio de reminiscências da história

 do rio e das suas cidades, da outrora dinâmica economia regional , juntou-se à homenagem  que Pinna agradeceu em nome de todos, lembrando  de um  discurso feito pelo Bispo Dom Mário, presente à solenidade , que, ao  realizar  na região um seminário sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal, que acabara de ser implementada, o Bispo fizera uma intervenção lembrando que, na administração da sua Diocese, utilizava as mesmas regras de trato com os recursos arrecadados e gastos que a lei nova   prescrevia, e isso lhe valeu uma destacada matéria  no jornal Folha de São Paulo. Murilo Mellins, filho do ex-prefeito de Neópolis  Mário Mellins, fez, em nome da Academia Sergipana de Letras uma saudação ao novo neopolitano  Carlos Pinna,  que,  três dias antes, também se tornara membro da ASL.

OS ÊXITOS E TAMBEM OBSTACULOS NA SAÚDE

OS ÊXITOS E TAMBEM
OBSTACULOS NA SAÚDE
O Secretário Zezinho Sobral vem conseguindo êxitos na sua tentativa  de retirar do sistema de saúde pública os entraves,     inclusive aqueles , digamos    assim,  ¨imateriais ¨, que    geravam desperdício ou descaminhos de recursos.  As mudanças para melhor começam a se tornar visíveis, e isso se pode facilmente observar na redução da carga sobre o Hospital de Urgência João Alves. A rede começa a funcionar melhor no interior, e  se chegará, em alguns meses, a reduzir os sofrimentos daqueles que precisam do tratamento oncológico.  Mas há obstáculos ainda que precisam  ser removidos, e eles certamente, vão exigir decisões políticas que causarão desagrados.
O Secretário Zezinho Sobral dedicado inteiramente às suas funções, precisa ter uma equipe mais  integrada aos seus objetivos,  com gente merecedora da sua integral confiança.

O SAMU ganha uma nova dinâmica, e o Grupamento Aéreo da Policia Militar que opera o helicóptero de resgate, tem sido decisivo em diversas situações. Sexta –feira à tarde o helicóptero chegou em poucos instantes  a Canindé, para transportar uma jovem que sofreu grave traumatismo craniano num acidente com moto. Sobre o Grupamento Aéreo que o coronel Yunes ampliou e tornou mais operacional, é preciso agora mantê-lo, mesmo se vier a ser desativada a área onde funciona, ou funcionava, o Aeroclube de Sergipe na rua Maranhão.

sábado, 24 de outubro de 2015

O DRAMA DO BRASIL E A PALHAÇADA DA POLÍTICA

              O DRAMA DO BRASIL E A
              PALHAÇADA DA POLÍTICA
           Na Síria devastada por uma guerra civil que já ultrapassa os quatro anos morreram, até agora, algo em torno de 200 mil pessoas. É bom lembrar que na Síria os combatentes locais se exterminam, usando   e no cenário dos combates estão  as mais sofisticadas tecnologias bélicas  que países militarmente poderosos exibem para demonstrar sua capacidade de provocar a morte.
Aqui no Brasil onde supostamente vivemos em paz, as cifras aterradoras de assassinatos nos levam para muito perto da letalidade dos combates em larga escala na Síria. Se somarmos  à essas mortes  causadas por tiros, facadas, pauladas,  aquelas   resultantes do trânsito bestializado, que é outro lado da nossa face igualmente violenta, o Brasil largamente ultrapassa a Síria nesse ofício horripilante de amontoar cadáveres.
Já não existem mais vagas nas cadeias, e os cemitérios estão igualmente superlotados.
Nossas leis, nosso sistema penal se equiparam  na ineficiência. Nossas escolas há muito tempo deixaram de formar cidadãos.
Bastaria esse quadro específico da violência crescente ao lado  da desconstrução da cidadania  acelerada pelo colapso da educação, para colocar diante dos nossos políticos a imagem aterradora de um país soterrado pelo presente e incapaz de enxergar o futuro, e que precisa deles, os políticos, para que nos livremos do desastre inevitável diante dessa paralisia criminosa.
Os números  da economia são decepcionantes,   o pessimismo  toma conta de tudo,e os brasileiros  desesperançados esperam, pelo menos  um mínimo de sensatez se agasalhe  nas cabeças daqueles que transitam pelos corredores do Congresso Nacional, buscando as luzes dos holofotes  ou delas se escondendo.  Eles deveriam ter procurado cobrir com um manto de responsabilidade   a nudez vergonhosamente impudica da indiferença , dissimulação , engodo, e  aquela avidez para transformar o   público em privado.

 A política brasileira diante do momento desafiante que vivemos não consegue ir além da  palhaçada trágica que estamos a assistir.

APENAS DUAS PERGUNTAS


APENAS DUAS PERGUNTAS
Caso a presidente Dilma abrisse contas secretas na Suiça, para ela e familiares,  e perguntada se as possuiria dissesse, enfaticamente que não, e depois as contas fossem descobertas, comprovadas, inclusive com a assinatura e passaporte dela anexados aos recibos dos depósitos, depois disso, tudo constatado e provado,  Dilma teria condições de permanecer ocupando a Presidência da República ?
 Cunha, o presidente da Câmara dos Deputados, segundo na sucessão do cargo de Presidente da República, teve, reveladas pelo Ministério Público da Suiça suas contas secretas, dele, da mulher e de uma filha, também suas transações financeiras com dinheiro não declarado à Receita Federal. O Supremo Tribunal Federal determina que suas contas sejam bloqueadas e o dinheiro transferido para o Brasil ficando sob guarda da Justiça.

Depois de toda essa comprovada série de ilícitos, onde se incluem  peculato,  falsidade ideológica, crime contra a ordem tributária, e até formação de quadrilha, Eduardo Cunha pode continuar sendo deputado , presidindo a Câmara Federal  e podendo decidir se a  Presidente da República  poderá ser submetida a um processo para a cassação do seu mandato?

EDUCAÇÃO AINDA QUE TARDIA ( 2 )

EDUCAÇÃO AINDA QUE TARDIA ( 2 )
Quando fez as fortes e entristecedoras revelações sobre números   da educação pública em Sergipe o professor Jorge Carvalho, com a responsabilidade de quem ocupa a Secretaria  que  formula  e executa a política educacional,  não remeteu ao passado a culpa pela situação a que chegamos. Muito menos, pretendeu aparecer   como ¨ salvador da pátria ¨, ou ¨ santo milagroso  ¨.
Jorge tornou-se Secretário numa circunstancia em que, depois de um período de insensato radicalismo  com o objetivo  de desestruturar o governo para viabilizar as ambições de um grupo, na Assembléia voltou a reinar o bom senso e a moderação. O sacrifício de Marcelo Déda no embate final da sua vida, para  mostrar que o interesse público deveria sobressair-se às ambições individuais,  contribuiu para que a reflexão e o comedimento substituíssem o exagero de um confronto do qual Sergipe sairia derrotado. Basta ser lembrado aqui o episódio do Proinveste.    
   A vida e as ações políticas costumam andar a reboque das circunstancias. São raros os momentos em que tanto a vida como a política podem reagir com sucesso aos condicionamentos, ou à conspiração dos fatos.   
A pressa em desafiar tempestades certamente pode causar muito mais estragos do que a atitude sensata de esperar que se restabeleça a calma dos elementos, e então se faça a necessária travessia.
O professor  Carvalho assumiu a pasta da Educação  num momento de calmaria política, de desarme  da artificial conflagração dos antagonismos , e aguardou o momento exato para tornar público o projeto de mudanças na Educação que o governador Jackson Barreto a ele recomendou no instante  em que o convidava para assumir o cargo .
Para embasar o  discurso que dava ênfase às idéias que nortearão as mudanças, não poderia faltar o diagnóstico da realidade . E a representação  da realidade não se fará com exatidão se  não estiver expressa em números.
'>2- Uma segunda retificação ou esclarecimento suprindo a omissão, relembro que Paulo Dantas foi também da Casa Civil, e com a saída de João Batista da Costa ( que resolveu retornar ao Rio de janeiro, onde era domiciliado com sua família ) , Paulo foi nomeado Secretario Extraordinário da Casa Civil. Incrível omissão!

3 – Uma terceira omissão registro aqui: Fernando Ferreira de matos foi Secretário  de Estado da Segurança pública e no final do Governo acumulou as funções de Secretário de Estado da Justiça ( hoje aposentado como eu, do cargo de Procurador de Justiça ). Incrível é que tenham se esquecido de seu nome  ( como o de Paulo Dantas ) mas não se esqueceram de oficiais de gabinete e da datilógrafa, minha estimada colega de Gabinete, Nubia Rolemberg.
3- Esses fatos podem ser comprovados pelos antigos integrantes do Gabinete do Governador, aqueles poucos ainda vivos  ( a maioria faleceu ),  como o ex- governador Paulo Barreto , Jose Amado ( aqui citado ), Luiz Fernando Ribeiro Soutelo  e Luiz Eduardo Costa. Parece-me que estou cumprindo  um dever de restabelecimento ou esclarecimento de fatos políticos da História de Sergipe. ¨

Darcilo Melo Costa

UMA CARTA DO PROCURADOR APOSENTADO DARCILO COSTA

UMA CARTA DO PROCURADOR
 APOSENTADO DARCILO COSTA
O professor, escritor, e Procurador de Justiça aposentado Darcilo de Melo Costa costuma lidar os fatos  com o mesmo rigor e precisão que a si mesmo impõe tanto ao escrever como ao dedilhar com sensibilidade e maestria os teclados de um piano,   quando interpreta um Noturno de Chopin, seu compositor preferido. E exaltado.
 Do procurador  Darcilo recebemos  a carta intitulada, Centenário de Nascimento do Governador Lourival Baptista, Esclarecimentos e Retificações, que aqui transcrevemos:
   Solicito ao prezado amigo Luiz Eduardo Costa publicar em sua prestigiosa coluna do Jornal do Dia ( que tanto honra o jornalismo sergipano )os seguintes esclarecimentos e retificações, diante das lacunas e equívocos contidos na publicação  LOURIVAL BAPTISTA – PACIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO. Em boa hora o egrégio Tribunal de Contas promoveu uma série de palestras sobre o auspicioso fato, nascimento, vida e governo de Lourival Baptista. Fui Subchefe da  Casa Civil e no final do governo, Secretário      Extraordinário para Assuntos da casa Civil. Causou-me extrema admiração alguns desacertos e omissões contidos na referida publicação,  Sinto-me autorizado a esses esclarecimentos, tanto porque participei deles, como por sua importância para a história de Sergipe.
1 – Está escrito ali :  Batista da Costa e Jose Amado   Nascimento, Chefes da Casa Civil ( pag  . 85). ¨Chefes ¨no plural. Retifique-se: João Baptista da Costa foi realmente Chefe da casa Civil, ou melhor ¨Secretário Extraordinário para Assuntos da casa Civil 6 ( seu nome oficial àquele  tempo ) . Meu querido Jose Amado foi  ¨Subchefe da Casa Civil ¨, nomeado meses depois de mim. Com a saída do estimado Geraldo Barreto Sobral, de tantas saudades ( nomeado para o Tribunal Federal de Recursos, hoje Superior Tribunal de Justiça) foi nomeado Secretário de estado da Justiça. Conheço bem os fatos, pois fui nomeado Primeiro Subchefe da Casa Civil, por decreto de 03 de fevereiro de 1967 ( três dias depois da posse do nosso Governador, em 31 de janeiro ) e depois, Secretário Extraordinário, por decreto de 31 de março de 1970. No final do governo, Jose Amado foi nomeado Conselheiro do Tribunal de Contas ( hoje aposentado ).
2- Uma segunda retificação ou esclarecimento suprindo a omissão, relembro que Paulo Dantas foi também da Casa Civil, e com a saída de João Batista da Costa ( que resolveu retornar ao Rio de janeiro, onde era domiciliado com sua família ) , Paulo foi nomeado Secretario Extraordinário da Casa Civil. Incrível omissão!
3 – Uma terceira omissão registro aqui: Fernando Ferreira de matos foi Secretário  de Estado da Segurança pública e no final do Governo acumulou as funções de Secretário de Estado da Justiça ( hoje aposentado como eu, do cargo de Procurador de Justiça ). Incrível é que tenham se esquecido de seu nome  ( como o de Paulo Dantas ) mas não se esqueceram de oficiais de gabinete e da datilógrafa, minha estimada colega de Gabinete, Nubia Rolemberg.
3- Esses fatos podem ser comprovados pelos antigos integrantes do Gabinete do Governador, aqueles poucos ainda vivos  ( a maioria faleceu ),  como o ex- governador Paulo Barreto , Jose Amado ( aqui citado ), Luiz Fernando Ribeiro Soutelo  e Luiz Eduardo Costa. Parece-me que estou cumprindo  um dever de restabelecimento ou esclarecimento de fatos políticos da História de Sergipe. ¨

Darcilo Melo Costa

A BOLSA FAMÍLIA E O O SENADOR CAIADO

A BOLSA FAMÍLIA E O
O SENADOR  CAIADO
O senador  Caiado é defensor intransigente de todas as teses da direita conservadora e impermeável às mudanças sociais. Ele tem toda semelhança com aqueles fanáticos  do Tea Party americano que colocam o destino do povo e do país nas mãos do  mercado ,    em última análise regulado  pelos desígnios de Deus. Assim, em matéria de economia,  e mais ainda em relação aos problemas sociais,  nada haveria a fazer a não ser deixar que cada um ¨abençoado por Deus¨ ganhe dinheiro amplie  os seus lucros, indiferente aos problemas sociais.   Na América, repleta de oportunidades, o  ¨sonho americano ¨está ao alcance de todos, e quem não consegue colocar comida sobre a mesa é porque é incapaz ou preguiçoso. Hoje há milhões de americanos  passam fome.
 O senador Caiado defende o agronegócio e amaldiçoa todas as tentativas de repartir terra com a reforma agrária , e nisso se comporta com a mesma visão excludente de um setor da esquerda que ,por sua vez, amaldiçoa qualquer tipo de agronegócio e imagina uma agricultura quase coletivizada, tocada por agricultores sempre carentes , dependendo do socorro do Estado, o que gera cidadãos bem doutrinados, todavia submissos. O ideal seria  um modelo que compatibilizasse as tecnologias do agronegócio com a agricultura familiar, garantindo-se espaço largo para ambos, e com rigorosa obediência dos dois às exigências da preservação do meio ambiente.
Pois o senador  Caiado sai agora em defesa  da Bolsa Família, diante da investida de um desconhecido deputado paranaense que comete a ignomínia de propor a redução do déficit fiscal com o corte dos programas sociais.
  Caiado, é  um conservador,  inimigo das mudanças sociais, mas não é burro.    Grande fazendeiro do interior goiano, deve ter constatado  os benefícios gerados a partir do Bolsa Família e de outros programas sociais que injetaram recursos na economia, reduziram a miséria,  estimularam o consumo, multiplicaram os pequenos negócios. O Bolsa  Família coloca alguma comida no prato de 14 milhões de famílias brasileiras ainda na faixa da pobreza extrema.  Os pais beneficiados são obrigados a matricular os filhos e acompanhar-lhes o desempenho escolar. Na escola as crianças se alimentam, recebem toda a vacinação e exames essenciais.  

Desprezando-se qualquer consideração de ordem humanitária, as cifras revelam que o  dinheiro colocado no Bolsa Família é recuperado adiante,  entre outras coisas, com a redução dos  gastos com a saúde. ou com a morte, como o custeio daqueles pequenos caixões branquinhos,  dos ¨anjinhos ¨ que morriam de desnutrição , e ¨ subiam aos céus ¨ diante da indiferença  dos que  tanto amaldiçoam, tanto reclamam, e até tanto rezam. 

AS LIMINARES E AS CONSEQUENCIAS

AS LIMINARES E AS
 CONSEQUENCIAS
Liminares concedidas por juízes são providencias imediatas que as circunstancias  impõem para resguardar direitos, até que, no mérito, a questão seja  solucionada.  Há ocasiões, entretanto, em que liminares podem provocar graves conseqüências sociais. A avaliação desses efeitos  certamente faz parte das reflexões indispensáveis antes da concessão da medida.
Em conseqüência de uma liminar,  os servidores públicos estaduais estão  sob  ameaça de terem mais uma vez parcelados os seus salários, ou até sofrerem um atraso maior. É preciso que se reconheça que estamos em meio a uma grave crise cujo desfecho é ate agora imprevisível. A arrecadação cai, empresas, sufocadas pela retração econômica reduzem suas atividades, ou  atrasam o recolhimento dos impostos. O governo do estado não é responsável pela crise, dela é tão vítima como de resto toda a sociedade brasileira. Tanto o estado como os municípios começaram a perder receita quando foram feitas  aquelas desonerações beneficiando determinados ramos da indústria para evitar o desemprego, principalmente em São Paulo.  A utilização dos depósitos judiciais, uma montanha de dinheiro parado,  foi a fórmula temporariamente salvadora encontrada não só por Sergipe, mas também por vários outros estados . Assim, não fossem tantos obstáculos criados, inclusive pelo Banco do Brasil, o pagamento dos servidores estaria por algum tempo garantido e regularizado dentro do mês. Mas agora surge a liminar impedindo a movimentação desses recursos, e os servidores serão penalizados. Brevemente, se não houver uma compreensão real do tamanho das dificuldades que estão sendo enfrentadas pelo Executivo, brevemente, repetimos, também os Juízes poderão ficar entre os que já sofrem as conseqüências  da falta de recursos,  e de liminares que ampliam as dificuldades.
companheira de ideais, que partilhou com a família, que partilhou com  Sergipe, na sua passagem sempre construtiva e exemplar pelos cargos públicos. Juarez Alves Costa um nome que Sergipe deve lembrar com reverencia.

O CENTRO DE TECNOLOGIA E O NOME DE UM SERGIPANO

O CENTRO DE TECNOLOGIA E
 O NOME DE UM SERGIPANO

Na  sequência das ações modernizadoras que desenvolveu no mandato de presidente do Tribunal de Contas    Carlos Pinna  concluiu o centro de tecnologias voltadas para a eficiência administrativa. Para dirigi-lo colocou o coronel Joseluci Prudente,  reformado, e integrante dos quadros do TC.  É comum ouvir-se em Brasília que  para um órgão publico funcionar com mais eficiência,  recomenda-se ter à sua frente um diplomata ou um militar. Nos cargos que tem ocupado  Joseluci  vem comprovando aquela assertiva.
Os conselheiros decidiram dar o nome de Juarez Alves Costa ao novo setor.

Ninguem melhor do que a Professora da UFS, Carmem Machado Costa, para falar sobre o seu marido, o sergipano exemplar que foi Juarez. Ao seu lado estavam as filhas promotoras de Justiça , Ana Paula e Ana Cláudia, os genros Luiz Alberto e Pedro Henrique, e os amigos,  que acompanharam a trajetória do cidadão que recebia a homenagem justa no TC,  onde  exerceu grande parte das suas atividades públicas.  Carmem foi buscar no filósofo Bergson  aquela dúvida sobre a eficácia da palavra para traduzir sentimentos, principalmente quando se fala sobre um menino pobre, que plantava arroz nas lagoas do São Francisco, ajudando a mãe, e corria para a escola, duas vezes por semana, para assenhorear-se do conhecimento . Pois o menino tornou-se  o planejador do desenvolvimento de Sergipe, o idealizador de tantas transformações ocorridas no período em que Lourival Baptista foi governador. O menino que plantava arroz em terras alheias, se tornou arauto de um generoso sentimento cristão de solidariedade, que viveu com Carmem a sua companheira de ideais, que partilhou com a família, que partilhou com  Sergipe, na sua passagem sempre construtiva e exemplar pelos cargos públicos. Juarez Alves Costa um nome que Sergipe deve lembrar com reverencia.

sábado, 17 de outubro de 2015

O BONECO CARICATO E A CARICATURA DA POLÍTICA

O BONECO  CARICATO E A
CARICATURA DA POLÍTICA
 Contaminada pelo que de pior existe em termos de  insensatez, odiosidade, vícios,    chantagem,mentira, intolerância ,  desrespeito ao povo e ao interesse publico, a política brasileira é hoje  apenas uma caricatura daquilo que se esperaria que fosse.
Fernando Henrique Cardoso, sociólogo e pensador, quando era presidente em 1996 foi aos Estados Unidos e fez uma conferencia na Universidade de Stanford, depois publicada nos cadernos Ideias e Debates pelo Instituto Teotonio Vilela, mantido pelo PSDB, sob o título: Elogio da Arte da Política.
Desse ensaio  de FHC, retiramos o trecho:  ¨A negociação é uma arte fundamental na política.  Ela decorre da tolerância da aceitação genuinamente democrática das diferenças da pluralidade; e também da idéia de que o debate alcança suas conclusões racionalmente, pela construção de um consenso. É através da negociação que podemos superar as dicotomias que o tempo desgastou – conceitos tais como ¨esquerda ¨,  ¨direita ,  ¨progressista ¨  e  ¨ reacionário ¨. Só através da negociação poderemos promover as medidas que são tão necessárias para alcançar o desenvolvimento com justiça ¨ .
O processo de degeneração política que vivemos levou de roldão as idéias consubstanciadas no programa  de um partido  que já foi porta- bandeira da  concepção social- democrata, uma visão política  moderna.
Pois esse mesmo PSDB em Sergipe tornou-se agora um grupelho dominado pela intolerância,  e se comporta de forma  ranzinza, tacanha, tentando ressuscitar velhos e artificiais antagonismos.  No boneco grotesco  enorme coisa inflável colocado sem autorização num espaço público, simbolizando a presidente Dilma, havia uma espécie de pedestal bifronte onde aparecia a palavra Cuba, em outro local a palavra Impeachment. Usando  cartazes  soltando gritos e fazendo gestos, os jovens   tomando conta do boneco pediam  que os motoristas  buzinassem muito,  demonstrando apoio à deposição de Dilma.
Poucos atendiam aos pedidos. Não se quer dizer com isso que a grande maioria silenciosa estivesse satisfeita  aprovando Dilma e o seu partido. Em Aracaju a reprovação à presidente e ao PT está  acima dos 70 %.
Se poucos buzinavam, era porque bonecos caricatos e ações  desastradas ofendem a inteligência  das pessoas. A alusão à Cuba é o retorno aquela estupidez por tanto tempo cultivada pelos que criavam o falso  cenário maniqueísta,   marca do atraso da nossa forma de conduzir a política, deixando que o  diálogo fosse substituído pelos gritos de guerra da irracionalidade.
O PSDB em Sergipe já  foi um partido civilizado, onde havia a elegância  e também a plena aceitação das divergências e do pluralismo,  comportamento sem o qual um partido político  é apenas um bando ululante e irracional de trogloditas furiosos.

No  comando do PSDB já estiveram   Albano Franco, Jose Carlos Machado, Roberto Gois, políticos destituídos de rancor . Agora , os Pitt -buls entram em cena.

MEMORIAS DE UM TEMPO ASQUEROSO

MEMORIAS DE UM
TEMPO  ASQUEROSO
Atravessamos, no século passado, duas ditaduras. Uma, começou com a desordem generalizada  dos tenentes  chegando ao poder em 1930,  querendo  mudanças sem saber  como . Getúlio Vargas que a revolução fez presidente foi aquietando os impetuosos,  repondo a hierarquia nos quartéis, e concentrando poder em suas mãos. No dia 10 de novembro de 1937, com o mundo á beira da   guerra mundial, esquerda e direita se enfrentavam, na Espanha já se estraçalhavam mutuamente. No Brasil, duas rebeliões sufocadas,    motivaram a resposta de Getúlio:  o   Estado Novo,  modelo fascista que durou até 1945, quando o ditador foi deposto pelo mesmo exército e  generais que o apoiaram e sustentaram o regime. Já a ultima das duas ditaduras, instalou-se em abril de 1964. Veio após uma sucessão de clamorosos erros políticos e uma radicalização que apontava para a guerra civil. 
Ficou até 1985, variando de intensidade e de humor conforme as circunstancias locais  ou a temperatura da ¨guerra fria ¨, antecâmara da  temida guerra nuclear entre os blocos capitalista e comunista.
Em dezembro de 1968 a ditadura extremou-se . Sob a complacência  de todos os que fizeram parte da sinistra reunião,  decidiu-se que o Ato Institucional nº 5 seria editado e ai  desabou a tempestade.
 Esse tempo de arbítrio e medo foi relembrado na Assembléia  durante a devolução simbólica dos mandatos aos cassados.
Gilton Garcia presidente do Poder Legislativo, que foi levado preso e humilhado ao quartel do 28 º BC , perdeu o mandato e a cátedra na UFS, fez um longo histórico da sua vida e das suas vicissitudes naquele tempo sombrio. Mostrou como a besta arrogante funcionava, perseguia, e se fazia ouvinte atenta de  todas as intrigas e delações. Gilton só conseguiu descobrir os reais motivos da sua desdita mais de 20 anos depois, quando teve acesso às  fichas liberadas pelo SNI. Lá estava escrito: ¨Trata-se de um jovem inteligente, preparado, que poderá ter um grande futuro  político ¨.  Repressão e inteligência são antípodas.
Aerton Silva, outro que perdeu o mandato, foi preso e teve bens confiscados. Ele contou, emocionado e firme. como foi alvo do ódio descontrolado  oficial Eduardo Pessoa Fontes, Capitão dos Portos  e Chefe da Comissão Geral de Investigações , um aparato de feição totalitária que  mandava e  desmandava.    O oficial matou-se   no Arsenal de Marinha no Rio de Janeiro. Era acometido por surtos psicóticos, e  foi o sátrapa terrível de uma satrápia chamada Sergipe.
A deputada Maria Mendonça  filha do líder itabaianense  Chico de Miguel, falou emocionada,  indo as vezes às lágrimas ao lembrar dos tempos tormentosos que viveu a sua família. Teve palavras duríssimas em relação aos regimes autoritários e alertou os jovens para o perigo de se deixarem encantar pelo equívoco pernicioso  das soluções buscadas nos quartéis.
Uma filha do grande sergipano  Jaime Araujo, a engenheiro Selma, recebeu das mãos de João Augusto Gama, o diploma de deputado que tiraram do seu pai, porque ele foi sempre a voz corajosa e lúcida que nunca calou diante do arbítrio .
  Outros igualmente punidos pela mesquinharia    do regime estavam representados pelas famílias naquele  momento  que eles não viveram para participar:  Baltazarino Santos, Edson Oliveira,  Santos Mendonça e Durval Militão.
O líder lagartense Rosendo Ribeiro , em solenidade anterior,  recebeu  de volta, ele próprio,  o diploma, das mãos do seu neto o deputado Gustinho Ribeiro.

O exemplar instante de civilidade política, foi o gesto do  presidente da AL, deputado Luciano Bispo, adversário   de Chico de Miguel. que deixou de lado antigas animosidades,  participando  da entrega  do diploma confiscado ao filho do homenageado ,  o ex-deputado federal e estadual Jose Teles  Mendonça .

EDUCAÇÃO, AINDA QUE TARDIA ( 1 )

EDUCAÇÃO,  AINDA QUE TARDIA ( 1 )
 ¨ Liberdade, ainda que tardia ¨  foi  o lema da Inconfidência Mineira, todavia em latim, no século 18, quando  a parcela ínfima da população que tinha o privilégio de freqüentar  escolas  dali  saia com um bom conhecimento da língua portuguesa ,   do latim,  de aritmética, álgebra e geometria.
 Dois séculos depois, agora, todos têm acesso à escola pública  mas, dos que concluem o curso fundamental  30% não fazem a passagem para o segundo grau, e dos que prosseguem ou ficam pelo caminho, quase 30 % mal sabem ler e não 
conseguem elaborar as 4 operações .
Em Sergipe  esse  verdadeiro descalabro é bem pior.
A revelação dos números desenxabidos da nossa educação pública,  e também o projeto para fazê-los menos decepcionantes, foi feita quarta – feira dia 16 pelo  professor doutor em Educação, o Secretário Jorge Carvalho, em almoço com jornalistas , professores e pedagogos.
Sem ter coragem moral, competência técnica, responsabilidade social e política, ninguém se atreveria  como o fez Jorge Carvalho, a  desenhar, publicamente, o perfil realista   da nossa educação pública. Em nenhum momento o Secretário deixou que o pessimismo contagiasse o seu discurso realisticamente elaborado.
 Sergipe, na avaliação nacional da eficiência  da escola, ocupa um dos últimos lugares.  A evasão e a repetência correm paralelas, numa estatística frustrante, enquanto o orçamento da educação é consumido quase inteiramente pelo pagamento de salários, e só restam 2 % para investimentos, mas, nas escolas estaduais funciona um gigantesco ¨ restaurante ¨ que serve cerca de 150 mil refeições por dia. Entre a escola e a cozinha houve a opção pela licitação para escolha da  empresa que se encarregará de encher o prato.
O número de analfabetos em Sergipe é superior à media brasileira.   Sem uma mudança nos cursos de alfabetização, os números tendem a piorar, e dentro de uns 5 anos, a continuar no mesmo ritmo, Sergipe será campeão  brasileiro de analfabetismo. Título mais deprimente não poderia existir.
O projeto quadrienal para reformar e dar eficácia à rede escolar, já aprovado pela Assembléia, começa a ser posto em prática.
Diante do diagnóstico apavorante, o plano Sergipe Educa Mais,é uma espécie de dístico que poderia parodiar o lema da inconfidência, tornando-se: Educação Ainda Que Tardia. O plano é a prioridade absoluta do governador   Jackson Barreto, que o acompanhou passo a passo.  Seguramente,  é  o melhor conjunto de idéias já apresentado em Sergipe para reverter as expectativas e energizar a batalha coletiva pela educação eficiente.

O  Sergipe Educa Mais pela sua abrangência e importância estratégica para o nosso futuro não pode ser assunto exclusivo do Governo do Estado. Ele terá de ser, principalmente, um objetivo da sociedade sergipana.

CUNHA GUERREIRO DO POVO BRASILEIRO

 CUNHA GUERREIRO
DO POVO BRASILEIRO
Aquele entusiasmado coro de dezenas de vozes acompanhando o deputado Eduardo Cunha ao entrar, triunfante, na sede da Força Sindical,  que o homenageava, foi, constata-se agora, um dos momentos mais vergonhosos do sindicalismo brasileiro, que padece em muitos casos, de uma síndrome histórica de picaretagem explícita. Ao lado do deputado federal e picareta  , Paulinho da Força, o presidente da Câmara dos Deputados sentia-se como um verdadeiro herói, ouvindo o que a música  estimulante para o projeto que acalentava, de expandir ilimitadamente o poder político  dia a dia mais fortemente consolidado. E o coro prosseguia: ¨Cunha,  guerreiro, do povo brasileiro, Cunha, guerreiro, do povo brasileiro, Cunha, guerreiro, do povo brasileiro.
Fiel aliado e devotado amigo, o deputado sergipano André Moura,   demonstrava  entusiasmo com a possibilidade de o ¨ guerreiro do povo brasileiro ¨ vir a tornar-se candidato à Presidência da República, ou  assumi-la em caráter provisório, após a defenestração da presidente . 
 Homem impoluto, decidido,  verdadeiro líder que comandava as decisões da Câmara e pautava as ações da política e do governo,   Cunha seria apresentado como a figura providencial do político com a coragem suficiente para tomar  decisões  que o povo brasileiro estava a exigir. Seu caminho para o Planalto  estava traçado. Para alguns setores evangélicos e fundamentalistas religiosos diversos, muito preocupados com a ¨ deterioração moral  que ameaça as famílias brasileiras ¨, Cunha seria uma espécie de ¨ mensageiro  da    salvação ¨.
As bênçãos recairiam sobre  Cunha, e os brasileiros  formariam um coro entusiasmado de aprovação, repetindo: Aleluia, aleluia, aleluia.
O ousado e incorruptível  ¨guerreiro do povo brasileiro , fiel seguidor dos mandamentos de Deus¨,  sabe-se agora, com absoluta certeza,  trata-se  de um reles  picareta, chantagista, farsante.    Fantasiado de homem público,   na Suiça tirava a fantasia,  aumentando sempre o saldo  nas contas secretas. 

  Desmascarou-se mais um golpista,  e se constata a dimensão  da fraude escandalosa,  transformada num desses ¨ projetos  políticos ¨ nos quais embarca uma grande parcela de brasileiros sempre vulneráveis às enganações, mesmo aquelas, clamorosamente evidentes.

ESGOTOS DESPEJANDO NO PARQUE AUGUSTO FRANCO

 ESGOTOS DESPEJANDO NO
 PARQUE AUGUSTO FRANCO
O  Parque Augusto Franco, a Sementeira é  lugar aprazível, área verde para sempre preservada, onde agora, ao lado de um bosque, está quase pronto o Memorial Marcelo Déda, criação do arquiteto inovador Ézio Déda, resultado do carinho de Eliane, de toda a família e dos amigos do grande sergipano que se foi tão cedo.
A Sementeira, criada pelo Prefeito Heráclito Rolemberg em 1981, é  também o resultado  do trabalho de sucessivos prefeitos,   jóia ambiental que Aracaju pode com orgulho exibir. Mas a jóia está ameaçada.  Há 2 anos, houve aquela mortandade horrorosa de peixes. Preocupado, o  Procurador de Justiça  Eduardo Matos, Secretário Municipal do Meio Ambiente, mandou fazer uma investigação para identificar as causas do desacerto ambiental  naquela área   de apacentação   da cidade com a natureza. O secretário adjunto,  jornalista, psicólogo,  e biólogo  Cezar  Gama, fez as pesquisas. A conclusão foi: esgotos clandestinos de prédios no entorno, prédios luxuosos, diga-se de passagem,   despejam toneladas de merda pura no plácido espelho d`água,  e envenenam os peixinhos. Esse tipo de crime ambiental repete-se por toda a cidade, e quem o quiser constatar de perto, basta seguir o curso horrivelmente fedido do riacho Tramanday, e de tantos outros.

Resta perguntar: O que se pode fazer ?

BOAS NOTICIAS EM CANINDÉ

BOAS  NOTICIAS EM CANINDÉ
O governador em exercício,  Belivaldo Chagas, foi a Canindé e assinou a ordem de serviço para inicio da  construção da Orla da Prainha. É um projeto arrojado, moderno com a característica de ser ecológico, acoplado a um sistema de tratamento de esgotos. A construtora Heca fará a obra. O prefeito Heleno Silva lembrou do empenho de Déda, agradeceu  a Jackson, a Belivaldo, ao Secretário de Turismo  Adilson Junior, destacou a luta de prefeitos anteriores, e disse que seu maior empenho é consolidar o pólo de turismo de Canindé , para isso, vai complementar a Orla com diversas outras ações, entre elas um Centro de Turismo.
Em Canindé chegou também a Justiça Restaurativa um conjunto de ações ágeis e práticas para solucionar infrações sem a necessidade da pena, criando-se o ambiente possível para o diálogo e o encontro entre antagonistas.  A coordenadora da Infância e da Juventude  Juiza Vânia Ferreira de Barros representou o desembargador Luiz Mendonça, presidente do TJ, e descerrou a placa assinalando o inicio do projeto ao lado do Juiz da Comarca Paulo Roberto Fonseca,  e do prefeito Heleno Silva.

Trata-se de mais uma ação a favor da paz social na região sertaneja.

GAMA NOS CORRIGE

GAMA NOS CORRIGE

João Augusto Gama é leitor incansável, desde quando, quase criança,  dividia o tempo entre a ajuda que dava ao pai na atividade comercial, com saídas, quando possível, para os contatos que o menino começava a fazer com a intelectualidade sergipana, inclusive, nas mesas do Cacique Chá, onde  ainda não podia tomar cerveja, ,abstinência que logo acabaria ao entrar na Faculdade de Direito. E Gama quem tem a História contemporânea na cabeça, nos corrige:   O escritor e filósofo Miguel Unamuno  não foi condenado a morte após desafiar o general, sacerdote do ódio e da morte Millan Astray. Afastado da reitoria da Universidade de Salamanca  ele viveu na desolação do ostracismo, assistindo o despedaçar da Espanha, e nisso, apressou a morte.

domingo, 11 de outubro de 2015

A BABA DO ÓDIO QUE SE DERRAMOU SOBRE O MORTO



A BABA  DO ÓDIO  QUE SE
DERRAMOU SOBRE O MORTO
É possível,   com raiva,  escrever um poema, compor uma música.   Até  Deus, se for Ele mesmo o responsável por tudo, na  obra suprema   de 6 dias,   descansou no sétimo, talvez, com a raiva sublime de quem, com infinito poder, sentisse , insatisfeito, que poderia ter ido muito   além da perfeição da flor , do beija-flor,  das galáxias , da luz.
 Raiva e amor tantas vezes se misturam, e nessa ambivalência procriam coisas e sensações, estas, por vezes até, e surpreendentemente, de prazer imenso.
 Raiva é sentimento humano, diferente do ódio , instinto animal, que  tudo contamina, corrói, aniquila, apodrece.
Quem agasalha o ódio envenena a alma e carrega o hálito nefasto, prenuncio de morte e destruição.
A Espanha conheceu esse hálito  terrível , e se foi despedaçar no  fratricídio gigantesco  que durou 3 anos 8 meses e 15 dias.
Quando a política se desencaminha,  é oportuno recordar para aonde levam os labirintos sinistros  que o ódio percorre.
Na tragédia imensa que foi a Guerra Civil Espanhola, o primeiro tiro aconteceu após uma longa semeadura de  ódios.
  Um mutilado de guerra, a quem faltavam uma perna um olho , um braço e parte dos dedos da mão restante,  exibia-se como símbolo heroico, porque ainda vestia farda e  espalhava terror. Chamava-se Millan Astray , era general.  Urrou durante uma solenidade na Universidade de Salamanca:  ¨Abaixo a cultura , abaixo a inteligência, viva a morte.  ¨ O reitor era  Miguel Unamuno,    ligado à direita, mas um humanista,  autor de O Sentimento Trágico da Vida. Ele  interrompeu o general:  ¨O senhor não é apenas um mutilado físico,  é também um aleijado moral. Nesse templo do saber não há lugar para o seu ódio.¨  Unamuno  foi condenado à morte.
Quando, num velório, um morto é insultado como aconteceu  ao ser velado o corpo de Jose Eduardo Dutra, fica-se a duvidar do que  acontece neste Brasil, onde  Sérgio Buarque de Holanda exaltou o povo que era cordial.
O que estaria acontecendo aqui,  entre nós sergipanos, que há muito tempo convivemos civilizadamente, mesmo nos instantes intensos da luta política, e agora assistimos, também, o derramar da baba do ódio contra um morto, que não era sergipano, mas aqui viveu, aqui foi eleito   senador ,  e dignificou o mandato que lhe conferimos em eleição livre, democrática e limpa. O que fez Zé Eduardo que foi presidente da PETROBRAS , mas não enfiou, como  outros o fizeram, as mãos ávidas nos cofres da empresa ? O que fez ele de tanto mal para ser o alvo   de um ódio virulento?    Um morto, não pode falar mais em defesa da sua  biografia insultada.  No caso de Zé Eduardo a sua biografia permanece inalterada porque ele a construiu com decência. Mas, quem derrama  a baba azeda do ódio, tem ,  se for jovem, uma biografia a ser construída. E não se conhece, felizmente, uma  só biografia manchada pelo ódio, que tenha merecido, pelo menos, a condescendência tolerante da História.
 No período mais repugnante da ditadura civil-militar a inteligência canhestra dos próprios marqueteiros do regime inventou a frase:    ¨Brasil,  ame-o ou deixe-o ¨.  O estilo era deplorável e o propósito abjeto. Criava-se a idéia nefasta de que era preciso distinguir duas categorias na população: a dos bons e a dos maus brasileiros.
 Não foi fácil desmontar a máquina trituradora do autoritarismo. E aqui, há uma aspecto que costuma ser  desprezado  quando se afirma que a ditadura caiu, vencida pelo combate  de uma oposição corajosa, que desafiou as prisões e a morte. Houve, sem duvidas, essa oposição corajosa, mas, sem que  no âmago da  ditadura ocorresse o surto de racionalidade que fez os seus próprios integrantes entenderem que chegara a hora de renderem-se aos argumentos da democracia, tudo seria mais difícil.   Nos quartéis se fez o indispensável e penoso trabalho de desinfecção das estruturas contaminadas pelo ódio. 
 Uma nação que conseguiu livrar-se, sem traumas irrecuperáveis,  de  duas ditaduras que geraram um pesado clima de odiosidades,  não pode  permitir que num regime de plena democracia a disseminação do ódio a transforme, agora, numa  desprezível rinha de galos furiosos.

DILMA , A LUZ NO FIM DO TÚNEL OU O CAPÍTULO FINAL



  DILMA  ,  A LUZ NO FIM DO
TÚNEL OU O CAPÍTULO FINAL
 No interior baiano a presidente Dilma numa das suas falas  confusas ,    disse que já  estava ¨ avistando a luz no fim do túnel ¨.  Faltou, na ocasião, um desses gaiatos esbanjando presença de espírito e humor para  adverti – la  : ¨ Cuidado  presidenta  deve ser o trem .¨
 Enquanto    a presidente  se fazia vidente ( ou seria videnta ?) prevendo a luz a clarear o túnel escuro em que se meteu e nos meteu com ela, no mundo real, que desafia a sua vidência e capacidade intelectiva, há o  prenuncio  do  desastre. Em vez de luz no fim do túnel, é    o trem que avança rápido, resfolegante e ameaçador.    Entre o equívoco da  alentadora luz   e a realidade concreta do trem esmagador se aproximando , céus e terras conspiraram para complicar a presidente, e demolir a esperança de uma próxima saída para a avassaladora crise que nos castiga.
Dilma, todavia, não é culpada sozinha. No meio desse canibalismo em que todos se entredevoram, incitados pela gula  insaciável , o interesse público está absolutamente ausente. Vivemos o festim da pusilanimidade, onde a  cupidez se mistura ao ódio, e a incompetência  junta-se ao desprezo pelo Brasil.  Dilma  parece isenta daquele defeito maior que é  a sofreguidão pelo dinheiro público. Já o Eduardo Cunha,
 é aquele contra quem surgem provas  irrefutáveis:   os  extratos  das  contas no banco suiço , a  sua assinatura , e ele , sentado na poltrona da presidência da Câmara , jurou não tê-las. Trata-se de um mafioso  perdulário.     Como revela a movimentação bancária, torrou 800 mil dólares   no exterior com a sua   felicíssima esposa,   ex-global.  60 mil dólares só numa academia de tênis em Miami. Cunha,  político, como se vê, muito preocupado com a sorte do povo, tem, declarado à Receita Federal,  patrimônio  de 1 milhão de reais.  
     Na visão deformada de  Aécio Neves,  Cunha,       chantagista, farsante, irresponsável e mentiroso, pode permanecer  deputado , apenas,  renunciando à presidência, mas Dilma, contra quem não existe nenhuma prova concreta de desonestidade, deve ser objeto de um impeachment,  ou, de preferência, a cassação da chapa, onde figura  o vice, para que ele, Aécio, assuma a presidência. O dinheiro suspeito que o partido de Dilma recebeu ,   ano passado, em outro mandato,  proveio das mesmas fontes que também abasteceram a candidatura de Aécio. São contradições  que desqualificam acusadores, e demonstram a insensatez e  o cinismo de quase todos eles.
   Enquanto isso, a economia desaba, o desemprego aumenta, empresas começam a falir, a fome bate à porta de quem já havia deixado de senti-la.
  Aécio quer ser a todo custo presidente,  Dilma se torna incapaz de continuar governando,  os políticos dançam, quase todos, na balada de escândalos em que se transformou a política brasileira.
Revela o Banco Mundial que, entre 2012 e 14, a miséria extrema no Brasil caiu de 12 % para 9 %. É  avanço que talvez tenha sido conseguido com o dinheiro da  ¨pedalada ¨  que garantiu  programas sociais.
Mas Dilma, absolutamente inábil, destituída de qualquer carisma,  vítima  dos conseqüências  do assalto dos  ¨companheiros ¨, e outros aliados, e de tantos erros cometidos, perdeu apoio popular, e  não enxerga as ¨sutilezas ¨ da política e do Poder. Com Dilma   a crise se espichará indefinidamente , e  seus efeitos   recairão  duramente sobre  os brasileiros.
É  injusto sugerir que a presidente renuncie, enquanto permanecerá a cafajestada que invadiu a política brasileira.  Diante do clima tempestuoso e hostil, a saída voluntária de Dilma não seria  solução , todavia, poderia aliviar as tensões dessa crise, cujo desdobramento  com ela, é imprevisível.