sábado, 25 de janeiro de 2014

A MOLECAGEM DA POLÍTICA OU VICE – VERSA



A MOLECAGEM DA POLÍTICA OU VICE – VERSA
Aquela anunciada novidade novidadeira, a ¨política de olho no olho ¨ parece que durante algum tempo foi assim como algo hipnotizador. Olho no olho não é exatamente uma técnica usada para a hipnose, mas, aquela espécie de mantra repetido, repetido, e por quem tem  esperteza e ousadia,  para cantarolar mais ou  menos assim: Poder, poder, influencia,  lucros, lucros.  Isso, dia a dia, hora a hora escutado, e, ainda mais com o  ¨olho no olho¨, é algo hipnótico ,  que pode levar algumas pessoas a um estado de transe alimentado  pela expectativa do paraíso posto ao alcance da mão.  Mão esperta é verdade.
Rapidamente  porem, o encanto se desfez, o mantra tornou-se enjoativo, vazio, fajuto, e alguns episódios que geraram insatisfações e desencontros entre  aqueles que acreditaram na política do  ¨olho no olho ¨, começaram  a desfazer a ideia de que a conquista do paraíso estava próxima de tornar-se realidade.
Então, diante do precoce descrédito da ¨política  do olho no olho ¨, que significa exatamente nada vezes nada, tratou-se, rapidamente,  de colocar em cena  nova estratégia, que pode ser eficaz e simplesmente definida,  como política da molecagem,  ou molecagem da política, tanto faz . O termo molecagem é,  não há duvidas, pesado, contundente, até deselegante, mas, em alguns momentos  a insensatez  e o engodo precisam ser  definidas com um certo sentimento de raiva,  uma ira cívica,   que,  por  justa  indulgencia da cidadania, pode ficar neste caso, fora dos 7 pecados que a Igreja de Roma aponta como capitais .
 A  espichada novela do PROINVESTE, o Big Brother os irmãos Amorim,  exigiu de um doente  já desesperançado,  o governador Marcelo Déda, algumas maratonas de superação , uma Via Crucis do físico e da alma.  Déda saiu a buscar forças  que o corpo castigado pelo câncer já lhe negava.  No roteiro da poesia de Fernando Pessoa  foi descobrindo   o tamanho da alma para uma causa que valia a pena.  Causa de Sergipe, do povo sergipano, e por ela,  renunciou  à urgência do tratamento, sabendo que abreviava o tempo da vida que lhe restava.  Indo ao  fundo da sua alma que não lhe era pequena, Déda foi ao extremo da humildade.  Arquivou todas as malquerenças e saiu a estender as mãos.
  Diante da chicana,  da mesquinhez, da seboseira   daquela forma egoísta  de colocar  política a   reboque exclusivamente dos interesses pessoais, a sociedade  sensibilizou-se com a obstinação e o sacrifício de Déda, e começou a reagir.   Sergipe unanimemente se uniu .  Os autores e líderes da  picuinha,  da  conspiração contra Sergipe, então recuaram.
A picuinha  todavia não cessou, permaneceu nas infindáveis manobras  protelatórias, tendo como palco a Assembleia, a Casa do Povo, momentaneamente desvirtuada, quando se transforma em instrumento  dos interesses de um grupo obcecado pela  vontade egoísta de  tornar-se dono de Sergipe.  Isso, agora, pode retardar ou inviabilizar  recursos para garantir a construção  do Hospital do Câncer,  já iniciada na sexta-feira dia 24. O que acontece ainda na Assembleia desmerece  uma bonita  história de vida, da deputada, em primeiro lugar médica, Angélica Guimarães, que  preside o Poder Legislativo.
 A conspiração também chegou ao clímax da insensatez, ao absurdo de ameaçar um investimento de 4 bilhões de reais, que vai gerar 14 mil empregos. O crime contra Sergipe, diante do qual o senador Eduardo Amorim cala e consente,  sem duvidas,   causará, se consumada a  desistência pela Vale do projeto Carnalita,  uma dolorosa frustração no governador Jackson Barreto, todavia,  os grandes perdedores serão os jovens sergipanos .Deles,  a ignomínia agora em andamento retirará uma  promissora perspectiva de futuro.  Um liderado do grupo político-empresarial ao qual fraternalmente o senador Eduardo Amorim se prende,  o prefeito de Capela, que encontrou  pretexto  ridículo para sabotar o projeto. Sabotar Sergipe. 
Não restam duvidas, estamos  vivendo  agora  a era da  molecagem transformada em arma para a prática de  uma malsinada  e devastadora política.

DA CARNALITA À REFINARIA



 DA CARNALITA À REFINARIA
Jose de Oliveira Junior, até pouco tempo  Secretário do Planejamento, agora deslocado para a Assessoria Especial de Minérios, analisa os prejuízos que poderão ser causados a Sergipe diante do   impasse criado pelo Prefeito de Capela em relação ao andamento do Projeto Carnalita.  A motivação real do obediente prefeito está muito mais ligada a objetivos eleitoreiros do que  ¨`à defesa  dos interesses de Capela ¨como ele tão inconsistentemente argumenta. Oliveira Junior  participou  das alongadas tratativas entre o governo do estado, o governo federal, a Petrobrás e a Vale, para  afastar os empecilhos que azedavam as relações entre a petrolífera estatal e a mineradora Vale. Oliveira conhece bem a dimensão dos problemas que foram enfrentados, o caminho longo e difícil percorrido, até que se chegou ao acordo  que,  da presidente Dilma, recebeu até  prazo para ser concluído.  Ele não esconde a decepção com o nível em que colocaram um debate,  que não disfarça as verdadeiras intenções de um imbróglio artificial, elaborado exatamente para fazer fracassar tudo o que foi construído com esforço, capacidade técnica,  sobretudo, muita vontade de acelerar o desenvolvimento sergipano.
Sobre outra ofensiva político-eleitoreira, esta, visando depreciar o projeto da refinaria de pequeno porte, Oliveira Junior postou  em rede  um artigo intitulado: A  refinaria é um meganegócio.
  É uma análise sintética e precisa sobre o   quadro atual do refino  de petróleo no país, os entraves  surgidos para a construção de novas refinarias, os problemas de caixa da Petrobras diante da magnitude dos investimentos necessários para viabilizar o pré-sal , e mostra  que, para Sergipe, o essencial  é a manutenção dos investimentos da Petrobrás  na produção de óleo e gás, no pré-sal e em outras áreas, enquanto a oportunidade para agregar valor ao petróleo aqui produzido surge com a refinaria de pequeno porte, que, por outro lado, representa a solução criativa e imensamente menos custosa para ampliar,  quase a curto prazo, a capacidade nacional de refino.
Um trecho do artigo:  ¨Assim, plantas menores, mais próximas do mercado consumidor, capazes de reduzir o custo logístico e os desperdícios da operação na escala Petrobras, podem ser capazes  de preencher uma lacuna importante no mercado e assegurar lucratividade ao segmento.
Essa é a aposta que os empreendedores querem fazer. É essa aposta  que, felizmente, teve lugar agora em Sergipe.
Esqueçamos pois o provincianismo que nos faz ter inveja dos projetos grandiosos, para buscar a eficácia da refinaria, que não é mini, mas é pequena sim e não precisa ter vergonha desse fato. Só que, mesmo pequena, é um grande negócio e terá muito a contribuir com o desenvolvimento de Sergipe ¨.  
Para quem estiver interessado no assunto, a leitura do artigo de Oliveira Junior é imprescindível.

O QUE FAZER COM O CAMINHO DE FERRO



O QUE FAZER COM O CAMINHO DE FERRO
¨Caminhos de ferro,¨ eram assim chamadas  nos dois séculos passados as ferrovias pioneiras. Sergipe tinha um desses caminhos de ferro. Corria de norte ao sul, desde as margens do São Francisco, em Propriá,  atravessando ao sul, o Rio     Real, em demanda de Salvador,     cruzando território   baiano. O nosso  ¨Caminho de Ferro¨ era tortuoso, fazia inúmeras voltas para driblar acidentes geográficos, ou, ir de encontro a interesses  dos chefes políticos interioranos. Quem tem mais de 60 anos poderá até ter tido  a boa sensação de tomar um trem na Estação que ficava no Mercado Municipal, mais ou menos onde é hoje a Praça de Eventos, isso, pelas 16 horas, viajando com certo conforto, se fosse passageiro do Estrela do Norte, que tinha cabine, dormitório e restaurante.  Chegava-se a Salvador no dia seguinte por volta das 7 da manhã. Eram cerca de  15 horas para percorrer uns 300 quilometros, ou seja, uma velocidade média de pouco mais de 20 quilometros-hora.  Isso,  num trem considerado moderno, tracionado por locomotiva a óleo. Antes, o Maria Fumaça levava mais tempo, demorava-se nas sucessivas estações para receber água e lenha,  e descerem  e subirem passageiros e cargas. Na Europa nos Estados Unidos os trens ainda não eram  bala, mas, já corriam a mais de 120 por hora.
 O trem era  quase o único meio de transporte eficiente entre diversos municípios, e ligação principal entre o interior e Aracaju.  O  de passageiros desapareceu daqui no começo dos anos 60. Continuaram os cargueiros, depois operando apenas no  transporte  do petróleo, de combustíveis e da amônia e ureia produzidas pela Fafen, em Laranjeiras. O derradeiro desses trens deixou de circular faz mais de 10 anos.   Por outro lado, sumiu também, quase completamente, a navegação de  cabotagem. A exclusividade antieconômica do transporte via rodoviária,   é um tiro de morte nas nossas pretensões de melhorar o ineficiente desempenho da economia.
 Trata-se agora, de construir novos  ¨caminhos de ferro ¨, recuperar a malha  que o tempo quase sucateou, como é o caso dos  270  quilômetros de  ferrovias no território sergipano, número até considerável ,  em face do nosso tamanho exíguo e o descaso brasileiro em relação ao transporte ferroviário. Poderíamos ter muito mais estradas de ferro, caso houvesse sido concluída aquela, projetada  para ligar Aracaju, ( porto mais próximo ) ao local  onde se construía a usina hidrelétrica de Paulo Afonso.  O leito e as pontes onde seriam assentados os trilhos, ficaram prontos até  próximo de Simão Dias. Alí a construção parou. Aquela linha férrea, ja no sertão baiano, à altura de Jeremoabo,  se bifurcaria para ligar-se,  na estação de Queimadas, com a ferrovia que vinha de Salvador, e, em outro ponto, com  a linha projetada para interligar a capital baiana a Juazeiro. Completar-se-ia assim uma ligação por trens, importância estratégica para Aracaju, na condição de porto marítimo  mais próximo  de Juazeiro,  da hoje  florescente Petrolina, e de Paulo Afonso. Tudo empacou na displicência e na falta de verba, mais na displicência, com certeza. Agora, a ideia de fazer ressurgir o transporte ferroviário é  imprescindível, e em Aracaju chegam representantes da Agencia Nacional de Transportes Terrestres,  a ANTT. Eles querem, inicialmente, ouvir a comunidade para saber o que  imaginam que poderá  ser feito com os trilhos da antiga Leste Brasileiro, privatizada, surgindo como  Ferrovia Centro  Atlântica.  Aqui , nada   fez e agora devolve à União a  ferrovia imprestável.
As primeiras ideias voltam-se  para a mobilidade urbana, porque a linha corta Aracaju ao meio e liga a capital com o entorno onde estão cidades como São Cristovão e  Nossa Senhora do Socorro. Os trilhos são ingleses,  muito bons, ainda intactos, ao contrário daqueles , chineses, que agora importamos, depois de mandar para lá o nosso minério de ferro. Os trilhos são mesmo  péssimos,   entortam, quebram, ruins, como quase tudo o que a China nos manda, de automóveis a bugigangas de curtíssima duração, ou contendo materiais tóxicos como no caso das  toneladas de bijuterias letais que foram apreendidas.
O problema é que a bitola é estreita, não comporta trens capazes de alcançar alta velocidade. Mas estaríamos bem servidos se por aquelas linhas trafegassem  comboios com velocidade em torno dos 60 quilometros.  Isso, o Veículo Leve Sobre Trilhos, o VLT,  já consegue fazer com a utilização de tecnologias bem sucedidas. O VLT, relembramos, foi  proposta apresentada em 2012 pelo então candidato a prefeito,  o deputado federal Valadares Filho. Com os trilhos da ferrovia Atlântica que agora  ficam desimpedidos,  o assunto VLT poderia voltar a entrar em pauta.

O CLIMA DAS ELEIÇÕES E A PALAVRA DE CESÁRIO



O CLIMA DAS ELEIÇÕES 
 E A PALAVRA DE CESÁRIO
  Pelo clima quente do antecipado confronto eleitoral iniciado ainda em 2012, imagina-se o que será o decorrer deste ano, e o acirramento de uma campanha eleitoral  da qual, pelo que se observa, não se descartam baixarias. Acomodem-se  porém os que imaginam entrar sem consequências no terreno suspeito das malandragens, da molecagem  pela conquista a qualquer preço do eleitor. O desembargador Cesário Siqueira Neto, que sucedeu no Tribunal Eleitoral a  exemplar desembargadora Aparecida Gama, foi bastante explícito ao definir suscintamente, em entrevistas após a posse, como agirá no sentido de  garantir mais uma eleição tranquila em Sergipe. Pelo que se conhece do desembargador Cesário  a palavra será rigorosa e inflexivelmente cumprida.

ROSALBA OU A FEIÚRA COMPLETA



ROSALBA OU A FEIÚRA COMPLETA
O Tribunal Eleitoral do Rio Grande do Norte afastou a governadora Rosalba. O Ministro do Supremo,     Marco Aurélio de Melo concedeu liminar suspendendo a decisão. Rosalba continua. Ela não  apenas usou e abusou do poder durante as eleições, ela  está desmontando o Rio Grande do Norte, da mesma forma como faz a família Sarney no Maranhão,  Capitania Hereditária que lhes pertence. Dizem,  potiguares que detestam Rosalba, que ela é, na alma, muito mais feia ainda .