sábado, 27 de setembro de 2014

OS AMORINS À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS



OS AMORINS À BEIRA DE
UM ATAQUE DE NERVOS
 No QG político instalou-se um clima de ansiedade e quase desespero. Depois de uma tensa reunião em que diversas interpretações para explicar o malogro da campanha foram surgindo,  ficou decidido que seria desfechada uma forte ofensiva de ataques mirando o adversário Jackson Barreto. Além da desconstrução do governo, para  fazer surgir a imagem de um desgoverno, ficou resolvido, também, que haveria ainda uma bateria de ataques pessoais. A artilharia pesada foi acionada apesar de não haver na equipe de marketing um consenso a respeito da nova estratégia . Houve, na reunião, a cena patética  protagonizada pelo líder do grupo  que definiu a disputa como um enfrentamento maniqueísta, a luta entre o bem e o mal . Em seguida,  pediu que todos rezassem um Pai Nosso de mãos dadas . Transformaram a oração numa quase paródia: ¨Pai Nosso que estais no céu santificado seja o Vosso Nome, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje,  e não nos deixei perder esta eleição, nos dando a vitória, Amem¨.
Todos se deram as mãos, e contritos,   suplicaram ao Pai Nosso que  Ele se transformasse num eficiente Cabo Eleitoral e revertesse a tendência revelada pelos eleitores sergipanos.
Como o Pai Nosso evidentemente não toma partido a  favor de uns e em detrimento de outros, a oração desvirtuada não surtiu efeito , e  as cifras continuaram sendo adversas.
 Então, não houve Lexotan que amenizasse o nervosismo, e  Edivan  atropelou  advertências  dos marqueteiros , afastou o irmão  candidato considerado tímido e assumiu o papel central também nos programas eleitorais.
Apresentou-se como ficha limpa desde que conseguiu registrar a sua candidatura, e detalhou como dividiu o seu patrimônio entre os parentes mais próximos, ficando, ele mesmo ,  com uma parcela ínfima que não daria sequer para  cobrir uma pequena parte do montante das ações trabalhistas movidas sem sucesso pelos  trabalhadores daquela empresa que desapareceu,  e seus registros contábeis  foram consumidos por um incêndio. Assim, não restou um  só caminhão, uma só carreta, nada mesmo que pudesse ser levado a leilão para ressarcir os trabalhadores .
As pessoas  começaram a tentar compreender   os  motivos reais que levariam alguém a pulverizar um patrimônio.  A  tentativa de explicar  transformou-se numa suspeita   maior .
Um tanto anódino nos debates dos quais participa, o candidato Eduardo  se deixa substituir pelo irmão Edivan.    O que deveria ser um debate político  civilizado transformou-se numa chuva  desastrada de impropérios.
Com a inteligência ao que tudo indica agora nocauteada pelos números das pesquisas, os Amorins , nervosos e impacientes ,  também se desesperam, constatando que os empresários sergipanos, entre eles, cidadãos assim tão respeitados, como Luciano Barreto e Walter Franco, numa atitude evidentemente de precaução e desconfiança,  se recusam a jogar dinheiro ganho honestamente numa aventura  arriscada .

NÚMEROS DAS PESQUISAS CAUSAM DIARREIA DE ÓDIO



NÚMEROS DAS PESQUISAS
CAUSAM DIARREIA DE  ÓDIO
Uma sucessão de resultados adversos que as pesquisas vão revelando  deixam os Amorins à beira de um ataque de nervos.   No caso particular do líder do grupo, Edivan Amorim , os efeitos das pesquisas se mostraram   devastadores, provocando-lhe uma doença estranha: a diarréia de ódios. Esse tipo de infecção é o resultado   da conjunção de revolta  com  inconformismo e frustração. Em seguida, surge o  descontrole psíquico,  e a raiva escorre como um fluxo incontrolável. Para essa diarréia de ódio não há  Imosec que resolva.
Edivan Amorim resolveu tomar a frente da campanha, e na quinta- feira, dia 25, mobilizou a sua rede de emissoras, ( ou melhor as rádios que ele doou a familiares) para, num  ostensivo desrespeito à legislação eleitoral,  atacar virulentamente o adversário Jackson Barreto. O ódio era tanto que dele não escapou a viúva de Marcelo Déda,  Eliane Aquino e as filhas do ex-governador,Yasmin,  Marcela, e Luisa. Nem mesmo Marcelo Déda, já morto, foi poupado.
 A diarréia de ódio é um transtorno mental que leva os doentes a perderem  completamente a noção de dignidade humana , e então, o ímpeto para destruir, difamar, caluniar e ofender a todos  aqueles que enxergam como inimigos, aproxima-se da insanidade característica dos sociopatas.
Marcelo Déda foi um homem cujo apego ao comportamento ético, que incluía um zelo intransigente com os recursos públicos, o  fez recusar qualquer auxílio  saído dos cofres do estado para custear as despesas com o tratamento da doença que o levou à morte.  Seus bens,  depois de 6 anos como prefeito de Aracaju e 6 anos como governador de Sergipe, e ainda três mandatos parlamentares, resumiam-se a um apartamento  ainda não totalmente pago, e um veículo com cinco anos de uso. Talvez Edivan Amorim  e o seu irmão candidato ao governo de Sergipe,  não enxerguem, no exemplo de Déda,  aquele patrimônio moral que todo homem público deveria ter o propósito de construir ,  para depois legar ao seu povo e aos seus familiares.
Por isso, Edivan,  diante da silêncio omisso do irmão candidato  agride os familiares do morto  cuja memória os sergipanos, os sergipanos dignos, que representam a absoluta maioria da nossa gente, respeitam e reverenciam.
  Tanto Yasmin, Luisa, Marcela, e sua mãe  Bel Barreto,  como os menores João Marcelo e Mateus    e sua mãe Eliane Aquino, não receberam de Déda doações patrimoniais feitas para ocultar fraudes e impedir que trabalhadores lesados viessem a receber  os seus direitos. Eles não possuem rádios, fazendas, rebanhos, imóveis, nem serviram de instrumento para manobras financeiras escusas. Mulher, ex- mulher, filhas e filhos de um homem digno, de um político cuja dimensão humana o coloca num patamar que jamais será alcançado  por essas agressivas vítimas  da diarréia do ódio,  possuem agora, todos eles,  uma singular e raríssima herança,  cuja privilegiada riqueza  aqueles  que  os ofendem,  por serem medíocres e cegos pela ambição, jamais conseguirão compreendê-la .

SERGIPE O ATOLEIRO DE AÉCIO



SERGIPE O ATOLEIRO DE AÉCIO
 Aécio Neves vem reagindo subindo sempre de uma pesquisa para outra, mas o tempo é curto e dificilmente  conseguirá atropelar Marina nesta ultima semana antes da eleição. O ex-governador mineiro  deverá ficar mesmo como uma carta fora do baralho não chegando ao segundo turno.
  Com  desempenho razoável em alguns estados e ruim em outros, Aécio tem em Sergipe uma performance abaixo do que se poderia definir como pífia. Não consegue chegar aos dois dígitos, e, se mantida essa situação, será o pior resultado em Sergipe de um candidato potencialmente forte em nível nacional. Instalou-se na campanha um clima de cada um por si e a eleição presidencial passou ao segundo plano, tanto para os Amorins   como para o DEM, que, tendo a senadora Maria a liderar as pesquisas, não quer  associar-se ao  evidente naufrágio de Aécio. Na semana que passou um dos coordenadores da candidatura tucana, o deputado alagoano Aloísio Nonô veio tentar injetar um pouco de animo no tucanato local, aqueles remanescentes do outrora vistoso PSDB. À reunião, nem esteve presente o ex-governador Albano Franco, que, além da reeleição  ao Senado de Maria do  Carmo da qual seu filho Ricardo é suplente, por quase nada mais demonstra interesse; o mesmo acontecendo com a aguerrida Leonor Franco, que se tem  concentrado em pedir votos exclusivamente para Maria. O antigo ninho, ou fortaleza do tucanato, o agora esquálido PSDB, sobrevive apenas pela expressão política que tem   o vice prefeito de Aracaju Jose Carlos  Machado. O que será do  altissonante Partido da Social Democracia Brasileira a partir do próximo ano?

UM PROJETO REATIVADO NO SERTÃO E A ÁGUA JORRANDO DO SUBSOLO



UM PROJETO REATIVADO NO SERTÃO
E A ÁGUA  JORRANDO  DO   SUBSOLO
O Projeto Califórnia, primeiro perímetro irrigado  a funcionar em Sergipe, foi projetado  e iniciado por João Alves no seu primeiro governo, e concluído no segundo ano do mandato de Antonio Carlos Valadares. Já tem, por conseguinte, 26 anos. Nesse período o sistema de bombeamento ficou quase sucateado, o canal que leva água aos lotes atravessando o centro da  cidade de Canindé do São Francisco, tem muitas rachaduras por onde a água se perde, e transformou-se, também, no local para despejo de lixo e até de esgotos. A água  que vem limpa do São Francisco torna-se  imunda e pestilenta no canal,  embora servindo ao uso doméstico dos irrigantes e de centenas ou milhares de pessoas abastecidas  pelos caminhões – pipas. A revitalização do perímetro e cobertura e recuperação do canal eram antigas reivindicações nunca atendidas da população canindeense, principalmente dos chamados ¨loteiros ,¨ que sofrem com a redução do volume de água que chega aos seus lotes. No verão canicular do semiárido, dois ou três dias com irrigação insuficiente determinam a perda da safra.
Eleito em outubro de 2012, o prefeito Heleno Silva já no dia 12 do mesmo mês, entregava a Jackson Barreto, que ocupava o governo na ausência de Marcelo Déda,  um minucioso documento contendo as reivindicações do município. Decorria então a longa batalha pela aprovação do PROINVESTE, torpedeado na Assembléia por interesses políticos. Quando  as lágrimas de Déda derramadas  pelo desespero de ver Sergipe perder, por mesquinharia politiqueira,  recursos imprescindíveis ao desenvolvimento, surgiu na sociedade uma crescente revolta contra a inexplicável procrastinação. O grupo político que comandava a sabotagem entendeu que sofreria um forte desgaste , e então houve a aprovação do empréstimo, todavia com cortes no seu valor inicial. Foi então que os projetos começaram a ser preparados . Jackson assegurou a Heleno que uma parte das suas reivindicações seria  imediatamente atendida. Promessa feita, na semana passada os Secretários da Agricultura, Francisco Dantas, e do Desenvolvimento Urbano, Carlos Melo,superavam obstáculos, demonstravam competência e davam início às obras,  que incluem, também,  a pavimentação a paralelepípedos da quase totalidade das ruas do Assentamento Cuiabá, o mais populoso do município. Pavimentar a paralelepípedos   é o que de melhor se pode fazer no sertão, onde há pedreiras desativadas e  trabalhadores em busca de emprego. Os dois canteiros de obras vão gerar mais de 50 empregos diretos, mas, a grande noticia é mesmo a revitalização do Perímetro Califórnia, que, tendo  farta disponibilidade de água produzirá muito mais, gerará   empregos e fará circular mais dinheiro no município. Há também a possibilidade, já em estudos na COHIDRO, de levar água a lotes de sequeiro que ficam no entorno do perímetro.
Mardoqueu Boldano, o dirigente da COHIDRO que  comandou  o ressurgimento da empresa  quase sucateada,  comanda agora, tanto a revitalização do Califórnia, como dos projetos de irrigação de Itabaiana, Lagarto e Tobias Barreto, que também estão recebendo novos equipamentos.  Enquanto isso, duas novas perfuratrizes adquiridas pela COHIDRO estão no sertão perfurando poços artesianos. Só em Canindé já fizeram jorrar água de boa qualidade em mais de 20 locais previamente definidos como favoráveis pela geóloga contratada pela Prefeitura para localizar os lençóis subterâneos, que, providencialmente, existem em alguns pontos do município.
Coisas assim só se tornaram possíveis porque foi aprovado, embora retirado a fórceps, o PROINVESTE, aquele empréstimo tão malsinado e combatido. Se a autorização para o contrato de financiamento houvesse sido aprovada antes, como Déda tanto implorou, as obras que estão sendo agora iniciadas já estariam, na sua maior parte concluídas, ou  em fase de conclusão.

LAURO MENEZES E A EMPRESA QUE CRIOU



LAURO MENEZES E A
EMPRESA QUE CRIOU
Lauro Menezes Silva era um jovem recém casado quando resolveu trocar as atividades de pequeno pecuarista pelas de empresário do ramo dos transportes. Comprou, faz mais de 50 anos a Bomfim, uma empresa falida que tinha somente três velhas ¨marinetes ¨. As pessoas que passavam de  manhã bem cedo pelo trecho da avenida Barão de Maruim, entre Lagarto e Simão Dias, podiam ver Lauro cuidando das suas marinettes estacionadas na frente da sua casa. Trocava pneus, fazia consertos, e muitas vezes substituía os motoristas nas viagens ao interior pelas estradas de piçarra. Em pouco mais de 20 anos Lauro criou uma das maiores e mais sólidas empresas de transportes urbanos e interestaduais do país. A linha Aracaju- Salvador era uma referencia de qualidade de serviço. Lauro entregou o comando total do conglomerado de empresas ao filho Laurinho, e ele se revelou um gestor dinâmico. Há cerca de  10 anos, porém, começaram a surgir problemas de caixa que não foram prontamente enfrentados, e instalou-se a crise. Laurinho deixou-se seduzir pela ambição política e tornou-se à revelia do pai, candidato a suplente de senador de Eduardo Amorim. Entusiasmou-se tanto com a idéia de tornar-se senador, com a hipótese vendida como certa de na próxima eleição Eduardo tornar-se governador de Sergipe, que perdeu o limite para os gastos, empenhou-se tanto na campanha que não teve tempo para dedicar-se às empresas, e então veio o colapso.
Lauro Menezes reassumiu o controle do grupo, renovou parte da frota de ônibus sucateada, mas não conseguiu evitar o desastre. Agora,  aproximando-se dos 80 anos, Lauro Menezes, que sempre foi um exemplo de lisura e transparência nos seus negócios, assiste o desmonte do sólido grupo que criou.  Sendo um homem  digno, que sempre manteve intocada a sua reputação, empenha o  patrimônio pessoal,  das suas duas filhas e da esposa, para honrar débitos e tapar buracos pelos quais não foi responsável.
Ainda existem pessoas como Lauro Menezes que colocam o sentimento de honra pessoal acima de quaisquer circunstancias.