sábado, 24 de maio de 2014

O BALÃO DE ENSAIO DO DEPUTADO ALMEIDA LIMA



O BALÃO DE  ENSAIO  DO
DEPUTADO ALMEIDA LIMA
 Almeida Lima de alma leve depois de ter refeito a relação de amizade e de sintonia política com o primo Jackson Barreto parece ter renovado o seu entusiasmo com a política, que teria diminuído depois de algumas decepções. Quer agora trocar o mandato federal pela Assembleia, esperando ser, no legislativo sergipano, um baluarte do governador Jackson. Almeida,busca fórmulas que possam  dar bons resultados na  alquimia política que terá de ser feita para que se chegue  à descoberta do ouro,  que seria uma aliança envolvendo o PMDB,PSB, DEM e PT.
Almeida deu tratos à bola e lançou ao ar um balão de ensaio. Levado pelos bons ventos de uma razoável receptividade o balão teria revelado um caminho a seguir entre nuvens de dúvidas, desconfianças e desencontros. A proposta de Almeida parece sera primeira vista simplória, mas, se analisada em todo o seu desdobramento pode ser a ideia capaz de aquietar políticos que cavalheirescamente agora ,  tratam a todos com deferência na esperança de uma oportunidade onde melhor possam conquistar o espaço do tamanho das suas ambições. Na propostaa chapa majoritária seria formada por Jackson governador e Maria do Carmo candidata à reeleição. Note-se que entre o PMDB e o DEM também agora com o PSB não existem impedimentos para alianças estaduais, mesmo havendo palanques diversos abrigando candidatos à presidência. Haveria então a infatigável pergunta: E o PT onde ficaria nesse arranjo? Ai é onde entra a engenhosidade da ideia almedina. O senador Valadares seria convidado a deixar o supremo conforto da sua cadeira senatorial onde deve permanecer por mais 4 anos e 6 meses, e vir  compor a chapa de Jackson como vice-governador. Acontece que José Eduardo, ex-senador, é agora primeiro suplente de Valadares e assim,havendo o sucesso eleitoral, retornaria ao Senado por  4 anos, assegurando ao PT, a presença na Câmara Alta de um político experiente,  leal ao partido e aos amigos e que teve um desempenho brilhante durante o seu mandato.
Em política é sempre temeráriofazer  acordos que envolvam compromissos futuros,
osacertos  entre quatro paredes embutidos além   da fórmula inicial e pública que possibilitou o entendimento. Não há como se pensar a longo prazo diante das variáveis complexas da vida política.  Assim, é possível imaginar-se o desdobramento futuro dessa chapa,sem que isso passe do mero exercício de futurologia.
Almeida, claro, não consultou antes o senador Valadares,para saber o que  pensaria de tal proposta que para ele significaria um sacrifício, deixando a posição confortável que hoje desfruta como senador e tendo ao seu lado na Câmara,   Valadares Filho. Um, está no prédio côncavo,o outro bem perto,  no convexo. O DEM manteria em Brasíliaa senadora Maria e o deputado Mendonça Prado, cotado para receber agora uma votação maior do que a alcançada em 2010.
Havendo o entendimento, na hipótese de Valadares aceitar a troca da mais confortável cadeira da República pelo gabinete de Vice – Governador de Sergipe, que eleocupou  quase no inicio da sua vida pública, alguns mimos  poderiam ser feitos ao senador, como o oferecimento da primeira suplência de Maria para que ele indicasse alguém, preferentemente    o ex-vice  governador Belivaldo Chagas.  Valadares e o seu PSB sergipanonão seriam alijados do plano federal porque há excelentes perspectivas de reeleição do deputado Valadares Filho.
O que Lula e a presidente Dilma achariam disso? Não é difícil imaginar que estariamextremamente contentes com o retorno de Jose Eduardo ao Senado, não esquecendo que ele é, depois do desaparecimento de Déda, a principal referência em Sergipe para a cúpula nacional petista.

A ARTE DE BEM GOVERNAR ENSINADA POR MAQUIAVEL



A ARTE DE BEM GOVERNAR
ENSINADA POR MAQUIAVEL
Nicolo Maquiavel discreto amanuense florentino, viveu numa época em que o  feudalismo entrava em agonia e o surgimento do sistema mercantil, vestibular do capitalismo, exigia a criação de uma nova forma de Estado, aparelhado para governar, para fazer a guerra e garantir a ordem sobre o seu território. No lugar dos feudos dominados por senhores poderosos que desafiavam o poder dos príncipes, era preciso um poder centralizado e forte.  Maquiavel,também historiador que escreveu a longa e épica saga  da sua terra , Florença, centro de comércio e berço das artes renascentistas, tornou-se então o que hoje presunçosamente  se intitula ¨cientista político ¨. Ele, frequentador das salas e alcovas dos príncipes, bem conhecia o que nelas se passava, e jamais se intitularia  ¨cientista de uma coisa que é tão fluida, tão inexata, tão imprevisível, que nunca poderia ser tratada como se fosse algo semelhante  às ciências exatas.
Maquiavel resolveu então escrever um pequeno livro,que ofereceria ao Príncipe como contribuição para que ele,  com eficiência, exercesse  e presservasse o seu poder. Maquiavel, tão incompreendido, porque não o situam na época em que viveu, época dos punhais, dos venenos, terminou sendo adjetivado, e maquiavelismo tornou-se sinônimo de esperteza ou maldade permeando os atos da política. Na verdade a partir de O Príncipe, o miúdo opúsculo, surgiram as bases do Estado moderno.
Os que estudam a repercussão da obra de Maquiavel através dos tempos, assinalam o interessante detalhe de que, na cabeceira de tantos poderosos o livro era um manual permanente de consulta, e  revelam que em todos se encontra sublinhada  a frase sucinta: ¨Governar é gerar expectativas ¨.   Isso aconteceu nos opúsculos que estiveram nas cabeceiras de Napoleão, de Gaulle, Churchill, Stalin, Lênin, Mussolini,Catarina da Rússia, até Hitler. Raquel de Queiroz,  boa escritora, muito amiga do ditadorzinho marechal Castelo Branco, primeiro de uma série, insistia em nele identificar traços de um intelectual.  Dela Castelo teria recebido um exemplar de O Príncipe, não se sabe se o folheou e, se o fez, certamente ficou no capítulo referente aos venenos e punhais.
Maquiavel tem razão, nada melhor para um governante do que criar expectativas, e lutar para realizá-las, sem esquecer de despertar  outras novas. Foi o que fez Lula, ele próprio uma expectativa, por ser operário,oriundo do movimento sindical e criador de um partido de esquerda.  O sindicalista soube transitar muito bem, tanto entre os pobres como entre banqueiros e outros magnatas. Mas o pobre sem duvidas foi beneficiado no seu governo. Concorde-se ou não com os programas sociais, eles na verdade mudaram o Brasil para melhor e deram mais folego à economia. Dilma entrou sem gerar expectativas a não ser a de que seria a gerente eficaz que tocaria adiante os projetos de Lula. Veio a crise, começaram as dificuldades, e uma presidente no inicio bem avaliada começou a desabar. A encruzilhada em que nos encontramos agora é que,no momento maquiavélico que o país atravessa, parece não existir nenhum personagem capaz de gerar expectativas, ou seja, de entender os ensinamentos ainda válidos de um homem do século 15, que moldou a imagem do estadista, válida hoje , desde que evidentemente atualizada.
Em Sergipe, Jackson Barreto parece ter sublinhado também a frase de Maquiavel, e não tem feito outra coisa senão gerar expectativas, que  alimenta com a intensidade da dedicação absoluta  ao cargo,  que não imaginava viesse a ocupar nas circunstancias tão dramáticas que se sabe.

OS GRUPELHOS PARAM O PAÍS E AMEAÇAM A TODOS



             OS GRUPELHOS PARAM O
             PAÍS E AMEAÇAM A TODOS
Afonso Arinos de Melo Franco,um aristocrata na melhor acepção do termo, foi um liberal no sentido mais amplo da sua essência democrática que não se mistura com a sua depravação que é o liberalismo de mercado. Homem culto ,  jurista de primeira linha, colocou o saber a serviço da  ação política. Um dos fundadores da União Democrática Nacional, a UDN, nascida nos estertores do Estado Novo de Getúlio, Arinos não escapou dos erros cometidos por um partido que surgiu como ato de resistência cívica à ditadura e se prostituiu na guarita dos quarteis, como vivandeira  balofa em busca de árdegos e desmiolados  militares que topassem   participar de aventuras golpistas. Em 1947quando o marechal Dutra colocava seus preconceitos acima do respeito à democracia, Afonso Arinos escreveu um pequeno livro, História e  Teoria do Partido Político, no qual ele afirma:  ¨o grande problema era então como agora é, o da organização  constitucional da democracia. E explica em outro trecho: ¨a democracia não pode subsistir sem a permanência dos seus valores primaciais de caráter teórico, como também dos seus instrumentos de ação específicos, de caráter prático.¨ Afonso Arinos chegava a definir os partidos políticos como ¨o lar cívico que deve existir sempre ao lado do lar doméstico¨. Arinos, na sua pureza cívica, nunca chegaria a imaginar que partidos se transformassem em balcão de negócios, muito mais próximos dos lupanares nesse cenário de prostituição política em que vivemos.
Voltando ao problema da organização constitucional da democracia, considerado essencial por Arinos,quando se contempla aquele inacreditável cenário de motoristas destruindo os ônibus onde trabalham e os colocando a atravancar as ruas, ou policia de braços cruzados enquanto os marginais aterrorizam a população, fica-se a indagar se esta Constituição que temos,  enciclopédia de direitos,  e  folha de anotações sobre deveres,não estaria passando do tempo de finalmente ser regulamentada pelos senhores parlamentares dessas últimas legislaturas que têm sido vergonhosamente desastrosas para o país.   Teria chegado, agora, aquele momento crucial em que se precisa convocar uma Constituinte exclusiva, para legislar por um ano, formada por gente eleita fora dos quadros políticos tradicionais, que não quisesse se servir do mandato, mas nele servir   à nação ?

OS ¨MENINOS¨ DE ANTONIO CARLOS



OS ¨MENINOS¨ DE ANTONIO CARLOS
Antônio Carlos Franco, teve vida breve,  e deixou uma história bonita de trabalho e participação na vida pública. Adquiriu fama de ser homem decidido e de palavra firme. Foi, em muitos momentos, o esteio seguro do irmão Albano, de quem muitas vezes divergia sem deixar de ser solidário nos momentos mais graves. Herdeiro de Augusto Franco como os outros 8 irmãos, ACF era rígido na educação e formação dos filhos, como fora o pai que ele idolatrava, em relação a ele e aos demais filhos que, talvez por isso, se tornaram bem sucedidos em todos os empreendimentos  que tocaram, dos particulares aos políticos. ACF foi deputado federal constituinte e prefeito de Laranjeiras, sempre quis que pelo menos um dos seus filhos se tornasse político, e que os dois que ficaram, ( Albaninho morreu adolescente, uma  dor que ele nunca superou) se dedicassem com afinco às empresas criadas pelo patriarca, e em vida transferidas todas aos sete filhos e duas filhas. O filho Marcos foi deputado estadual, mas, decidiu que daria prioridade aos negócios, não  quis mais ser candidato, e, junto com o irmão Osvaldo, em pouco tempo multiplicaram  o patrimônio que receberam, eles e a mãe Tereza, como herança de Antônio  Carlos que talvez, em vida, não imaginasse que os filhos tivessem tanta capacidade e discernimento para gerir  empresas.
Os meninos de Antônio Carlos anunciam a construção de um novo Shopping, o terceiro da capital, o Parque Shopping Aracaju. É  investimento que chega à casa dos  200 milhões de reais, e com as vistas postas  confiantes no futuro de Sergipe. Pela sua localização no antigo Bairro Industrial, perto da ponte Aracaju- Barra, o Shopping é planejado para tornar-se também,a melhor opção da alta classe média,   que começa a povoar os condomínios da   Barra, construídos agora por grandes empresas nacionais e estrangeiras. Ao governo e à prefeitura de Aracaju resta garantirem que o poluído canal que passa próximo receba o devido tratamento e vias de acesso sejam ampliadas. Afinal, são milhares de empregos que serão gerados pela visão de Osvaldo e Marcos, os ¨meninos¨ de ACF. Tanto Jackson como João se comprometeram a fazer o que for necessário, as obras que também beneficiarão toda a cidade.

2 EXEMPLARES CORONÉIS



2 EXEMPLARES CORONÉIS
O coronel PM Luiz Fernando é agora Chefe da Casa Civil do governo do Estado. Assumiu o cargo substituindo o coronel PM Carlos Augusto de Lima Bispo. São dois coronéis , dois militares exemplares. Luiz Fernando tornou-se,na PM, um negociador de conflitos, sua interferência evitou choques criando através do diálogo espaços para o entendimento. O coronel Carlos Augusto que agora se aposenta foi na policia um defensor da ideia de que se pode  fazer segurança pública sem que a população enxergue a polícia como algoz do cidadão.