segunda-feira, 29 de julho de 2013

O NOME DE ROGÉRIO NA TUITADA DE DÉDA



O NOME DE ROGÉRIO NA TUITADA DE DÉDA
Retornando às redes sociais, agora  reanimado pelas boas perspectivas de uma cura mais próxima, Deda procurou desfazer o clima causado em face da sua tuitada anterior, onde manifestou mágoas que deixariam frágeis sua relação política com o vice. Reafirmou então com clareza e lucidez sua afinidade com Jackson,  e o incentivo para que ele se torne de fato e de direito, enquanto estiver no governo, o protagonista decisivo das ações políticas  e administrativas que se fizerem necessárias e inadiáveis. 
Déda fez outra referência, dessa vez ao que tudo leva a crer, dirigida aos setores  internos do PT, que, como é sabido, se agrupam no organismo partidário em tendências que disputam a hegemonia. O nome citado como interlocutor do partido junto ao governador em exercício foi o do deputado federal Rogério Carvalho, que agora tenta continuar na presidência do PT, tendo como opositor mais direto o atual Chefe da Casa Civil Sílvio Santos, um dos amigos históricos de Deda. Deputado, detentor assim de um mandato e portador de influencias na cúpula nacional petista, Rogério  mostra-se perfeitamente afinado com a visão de Jackson para 2014.
No dia seguinte,quando o bloco governista e até aqueles que se dispõem a dar suporte na    enfraquecida base parlamentar, festejavam a manifestação de Déda, o Chefe da Casa Civil Sílvio Santos em entrevista a jornalistas no ¨ Cabaré¨ , vergasta, ou seja, condena, desaprova, amaldiçoa, denuncia, exclui, e mais sinônimos existam, qualquer forma de aproximação com o DEM. E foi surpreendentemente mais longe ainda: acenou com a possibilidade concreta de uma Nova Aliança ( não no sentido bíblico naturalmente) com o PSC, do empresário Edivan Amorim, cuja obsessão é eleger governador o atual senador Eduardo Amorim, o mais provável adversário de Jackson .  Parece  que o deputado Augusto Bezerra do DEM, agiu precavidamente ao rever a participação no governo da sua irmã, a qualificada educadora Ada Augusta. Certamente e le pressentia manifestações assim tão surpreendentes vindas do próprio PT, que  deixariam a ele e à sua irmã em situação desnecessariamente  constrangedora, isso para não falar nos constrangimentos agora causados ao próprio Jackson.
Enfim, a palavra é um direito de todos, ainda mais quando se é personagem política da cúpula de um partido e que se ocupa o cargo notoriamente importante e estratégico  de Secretário Chefe da Casa Civil.  Diante do que sucedeu a pergunta a merecer resposta pronta seria:  Qual a condição que terá o vice em exercício Jackson Barreto para prosseguir nas suas até agora bem sucedidas tratativas visando reconstruir a fragilizada base.

A SAFRA RECORDE DE MILHO




A SAFRA RECORDE DE MILHO
                                                                                                                                      
Sergipe deu a volta por cima,  foi mais forte do que a intempérie, a adversidade da seca que   reduziu ano passado a menos da metade a safra de milho. E o milho é hoje o principal produto da renovada agricultura Sergipana. Zezinho Sobral, Secretário da Agricultura, um construtor permanente do otimismo fundamentado  em muito trabalho, alimenta a perspectiva realista de uma safra de milho ultrapassando um milhão de toneladas, o que nos deixaria seguramente na posição já conquistada de segundo produtor de milho na região nordeste. A cultura do milho  hoje se expande do sertão, passando pelo  agreste, chegando até os massapés úmidos da região da Cotinguiba, e é o resultado do fortalecimento da agricultura familiar, consequência direta da reforma agrária e da participação de agro empresários  que acreditaram na produção em escala do milho, antes restrita em Sergipe aos pequenos roçados. Agora resta a adoção de práticas ecologicamente recomendáveis para que com o tempo se aposentem os agrotóxicos e os herbicidas.                                  

JACKSON E O PRAGMATISMO DA POLÍTICA



 JACKSON E O PRAGMATISMO DA POLÍTICA
 Na interinidade em que se encontra Jackson Barreto defrontou-se com uma situação que exigia, para ser enfrentada, uma equilibrada dose de sensibilidade política e coragem para tomar decisões.  Era preciso deixar bem claro que ele não usurpava atribuições do
governador,  apenas o substituía  enquanto durassem os problemas de saúde enfrentados por Déda. Jackson evitou tomar decisões de maior  amplitude enquanto entendeu que a conjuntura político-administrativa permitiria adiá-las.  Mas a interinidade se foi alongando em  virtude do tempo requerido para a cura do câncer, uma dolorosa batalha que Déda vem progressivamente vencendo. Já  tendo deixado o hos pital, mas permanecendo em São Paulo aguardando ordens médicas para o retorno, tudo leva a crer que no máximo em 60 dias Déda reassuma  o governo.
 Com mais de dois meses de interinidade, Jackson admitiu publicamente que o estado não poderia parar e que era impossível governar sem ter maioria na Assembléia.  Desde que ocorreu em fevereiro do ano passado o inesperado e surpreendente rompimento com o grupo do empresário-político Edivan Amorim,  Déda passou  a viver a estressante situação, inédita em Sergipe, de um governo em minoria no legislativo .  No mesmo mês do rompimento Déda   começou as tratativas com o intuito de  desatar  o complicado cipoal de  ressentimentos   e interesses políticos em choque, Ele tentava sair das cordas  numa luta que lhe estava sendo  desvantajosa,  e que, pior ainda, engessava a administração.
 Aconteceu a rejeição do PROINVEST e, em setembro,  Déda  outra vez doente, teve de viajar a São Paulo para submeter-se a   sucessivas sessões de quimioterapia.  Apesar da intensidade do tratamento, nos intervalos  em Sergipe, Déda  empenhou as energias que se tornavam escassas na tentativa de  convencer os deputados da maioria oposicionista  manipulada pelo político-empresário Edivan Amorim,. Tentava fazê-los   mudar de comportamento, procurando enxergar, antes das desavenças, os interesses de Sergipe. Não foi fácil. Depois de muitas  articulações, longas conversas, uma  batalha travada na mídia, apelos pessoais e emocionados   ao próprio Edivan, se fez a reformulação do projeto, corrigiu-se o erro  de não ter sido submetida antes aos   deputados a proposta inicial,  e o PROINVEST  reapresentado em 2013 foi aprovado.  
 A estressante luta que durou meses, agravou os problemas de saúde, e o governador teve de permanecer  hospitalizado em São Paulo. 
Nesse ínterim  as ruas começaram a transmitir o  recado que os governantes  teriam de ouvir, e também,  rapidamente,  providenciarem  as respostas possíveis.
Jackson já começara a agir bem antes,  no sentido de assegurar a governabilidade. Retomou negociações com categorias em greve, desfez o alongado mal-estar  entre professores e governo,   aquietou  ânimos, dialogou intensivamente  e  ampliou contatos políticos que se tornavam indispensáveis e inadiáveis. Ao mesmo tempo, manteve uma agenda cheia e concentrou-se na inauguração de obras,  visitou indústrias   instaladas nos últimos anos com incentivo do governo. Mostrava que o estado não parou, enquanto fazia  articulações bem sucedidas,  q ue  sinalizaram a possibilidade concreta  de reconquista da maioria perdida no Legislativo. 
 Sabendo-se como são díspares, difusos, os interesses que compõem um parlamento, e ainda mais, no caso da nossa Assembléia, sendo bem conhecidas as influencias externas que sobre ela atuam, não é tarefa fácil  a reconquista de uma maioria perdida. Jackson passou a agir com absoluto pragmatismo, o mesmo que levou Lula a fazer alianças e vencer duas eleições, a manter a base política do seu governo e, até, mais recentemente, no caso da eleição paulistana, a visitar Paulo Maluf,  indo afagar-lhe o ego na sua mansão, para dele  receber o apoio que precisava para  eleger Fernando Hadad. Lula antecipou-se à  visita que Jose Serra acabando as hesitações, já se dispunha a fazer. Somando tudo e calculand o as perdas que poderiam ocorrer, Lula assegurou para o PT a improvável vitoria na capital paulista.
Déda,  para vencer sucessivas eleições em Sergipe  trocou a nitidez  única da coloração ideológica  pela pragmática composição de tonalidades variadas. Na arte da pintura  a monocromia    é desapreço à estética. Na política, que é também arte, o predomínio  de uma cor exclusiva  é desapreço à democracia.
A maioria na Assembleia é um quadro  que,  sendo essencialmente democrático,  terá de ser pintado com uma diversidade de cores. Jackson vem usando pragmaticamente o seu pincel.

A QUEDA DA ATRIZ AS CALÇADAS E O TREM BALA



A QUEDA DA ATRIZ   AS
 CALÇADAS E O TREM BALA
Vez por outra, episódios corriqueiros ou incomuns,  quando chegam às manchetes  servem para  balançar a letargia conformista  diante de  mazelas ou impropriedades que resvalam da inércia, ou  até da insensata sofreguidão do poder publico, e desabam sobre a sociedade como se fossem inevitáveis castigos. As pessoas acostumaram-se a conviver com descasos,  erros,
 e até a permanente indiferença. Até o dia em que ouviu-se nas ruas a voz  da cidadania em processo rápido e tumultuado de afirmação. Quantas vezes pessoas enfiando os pés em buracos esborracharam-se na rua e saíram  caladamente, feridas  e conformadas? Nesses tempos, tão tempestuosamente imprevisíveis, uma atriz famosa, despenca numa mal-cuidada calçada da glamourosa  zona sul carioca e sai seriamente machucada. Beatriz Segall no dia em que completava 84 anos foi a vítima de um descaso que se revela em todas as cidades brasileiras. As prefeituras se omitem, os proprietários nem se dão conta da responsabilidade que lhes cabe, e pelas cidades as calçadas estão a revelar um, entre tantos outros aspectos da nossa inquietante incivilidade. Façamos um passeio rápido pela nossa Aracaju. Comecemos por um bairro  abastado,  a orla da 13 de julho. Al,i ao longo de quase 2 quilômetros a calçada é uma tira estreita que quase não dá para duas pessoas andarem lado  a lado. Um cadeirante  por ela não poderá transitar, há  ainda postes fincados no meio. Já na avenida Heráclito Rolemberg  ao lado do aeroporto, simplesmente não há calçada, existe um matagal sobre a terra que as chuvas transformam em lamaçal. Por que a INFRAERO não é obrigada a construir uma calçada decente?  É simples: aqui  as pessoas ainda  não agem como Beatriz Segall, qu e colocou a boca no mundo postou no facebook seu rosto fortemente arroxeado e anunciou uma ação judicial contra a Prefeitura do Rio.
Já na Espanha um trem muito veloz, mas que não chega a ser o ¨Bala¨,  descarrilou numa curva. O acidente, um dos piores ocorridos no país que possui um moderno sistema ferroviário, causou mais de 80 mortos. Os trens rápidos espanhóis  que alcançam 250 quilômetros por hora, estão longe dos seus congêneres mais avançados, os autênticos trens-bala, franceses,japoneses, e chineses, que  cruzam os trilhos a mais de 400 por hora. Aqui nas imensas extensões brasileiras, não temos ainda que nos preocupar com trens velozes, os nossos, os poucos que temos,  são ronceiros, nem chegam aos 80 km, apenas mais rápidos do  as máquinas movidas a vapor, usando lenha ou carvão que aqui começaram a rodar em meados do século dezenove, durante o Segundo Império, quando as ferrovias  que seriam abandonadas um século depois começaram a interligar o país. No quesito transporte ferroviário, paramos no tempo. Aqui em Aracaju a  quase arruinada Estação da Leste Brasileiro, é o testemunho do que precisamos fazer se quisermos sair em busca do tempo perdido. Existe a necessidade urgente de ampliar a nossa diminuta malha  ferroviária,  de nela  por a rodar trens mais modernos, mais rápidos, temos estradas de ferro em construção há mais de 20 anos e ainda longe da conclusão.  Em relação às ferrovias, até nos daríamos por satisfeitos se viéssemos a ter em 2020 um sistema comparável   ao que possuíam a Europa e os Estados Unidos há 40 anos. Apesar disso, a desmesurada idéia do ¨trem- bala¨  continua na agenda do governo federal que  insiste na licitação, já anunciando que excluiu da disputa a empresa  espanhola que construiu o trem rápido. O ¨trem- bala ¨ brasileiro  se deslocaria a 400 quilômetros por hora  apenas entre São Paulo e Campinas, servindo  quase somente para transportar passageiros.Para tão pouca e duvidosa utilidade, há quem assegure que não se gastará menos de trinta bilhões.
Querem dar um salto para o futuro a  bordo do trem- bala.Mas, pelo visto, ele descarrila antes mesmo de entrar nos trilhos. Parece mais uma viagem pela irrealidade quotidiana.

UMA PRAÇA DE EVENTOS ONDE É PROIBIDO FAZER EVENTOS



UMA PRAÇA  DE EVENTOS ONDE
É PROIBIDO FAZER  EVENTOS
Temos  agora em Aracaju uma enorme praça de eventos onde  não há eventos, mas não é por falta de eventos que a praça está vazia. Na praça deserta os eventos estão proibidos.Agora procura-se um outro local onde realizá-los, abandonando-se a Orla da Atalaia, sem dúvidas o local mais apropriado e hoje interditado. O prefeito João Alves  estaria propenso a abandonar também a praça de eventos    do Mercado Albano Franco, analisando a possibilidade de construir uma nova praça na Coroa do Meio,  no local onde são instaladas as barracas de fogos.   
Na noite da última sexta-feira, um grande show promovido por Fabiano Oliveira teve de ser realizado exatamente na Coroa do Meio, numa grande área sem  infraestrutura  escondida nos fundos das concessionárias de veículos no começo da avenida Luiz Gonzaga. Impedido de usar o espaço propício da Praça de Eventos da Orla, Fabiano encontrou uma alternativa, instalando um grande aparato de tendas, arquibancadas  e camarotes sobre o lamaçal, e a festa, mesmo assim,  foi um enorme sucesso. Mas os problemas no transito mostraram que o traçado da Cora do Meio dificulta a mobilidade quando há grande concentração de gente e veículos. A explicação para o veto aos shows na Orla teria sido a estridência dos decibéis a perturbar o sossego público, sossego que, é aliás,  um item a ser analisado diferenciadamente  quando  se trata de áreas turísticas. Se o problema for barulho, estridências ruinosas para quem se propõe a ter um sono sossegado, então, existe algo mais a ser feito, que seria a interdição do Kartódromo também na Orla  um foco gerador de desassossego permanente. Os que sentem prazer em fazer de conta que pilotam bólidos das fórmulas 1, ou Indy,  naqueles desgraciosos  e preguiçosos  carrinhos parece que não fazem outra coisa na vida a não ser  brincar de ser piloto de mentirinha. Os karts são miúdos,  mas fazem um barulho  ensurdecedor,  e chato, incomodo, quase infernal,  quando começam a funcionar as seis da manhã,  e a noite ainda estão atazanando  a vida dos que moram em torno, num raio de mais de um quilometro. E isso acontece sem tréguas durante toda a semana, de domingo a domingo, seja inverno ou verão. Mas a Praça de Eventos, local, como o nome estaria a indicar, apropriado para festas, aglomerações, mesmo tendo apenas esporádicas atividades, foi interditada,  ao que se informa para  que se fizesse respeitada a lei do silencio. E cadê o  silêncio?