UMA NOTA RESPOSTADA CODEVASF
Apropósito de comentário aqui feito
sobre a atuação desastrosa da CODEVASF, o assessor de comunicação da estatal,
Fernando Pires, enviou a nota que publicamos:
¨ A CODEVASF empresa criada no ano de
1974 ,tem prestado relevante papel de
fomento ao desenvolvimento regional nas bacias do São Francisco, Parnaíba,
Itapecuru e Mearim, uma extensão de 1, 09 milhão de km²( 13 % do território
nacional) onde vivem 26 milhões de pessoas, ou 14, 05 % da população
brasileira. Diferente do que foi afirmado em artigo publicado por esse respeitável
veículo de comunicação no último dia 28 de agosto, a produtividade no projeto
irrigado Betume praticamente dobroudesde a implantação do projeto pela CODEVASF
nas décadas de 70 / 80, passando de 5 tons. de arroz por hectare, para uma
média de 8 a 10 nos dias de hoje. Para a
safra atual a perspectiva é aumento em até 20 % da área plantada, devendo
alcançar, na próximamais de 4 100 há cultivados. Os perímetros Propriá,
Cotinguiba – Pindoba e Betume,geram mais de 6 mil empregos diretos e indiretos
e registram um valor bruto de produção de aproximadamente R$ 30 milhões ano , cumprindo sua função social de estímulo ao desenvolvimento da agricultura
familiar no baixo São Francisco sergipano..
Já o projeto Jacaré – Curitubatem
hoje 700 famílias assentadas e produzindo em lotes irrigados com assistência
técnica e extensão rural fornecida pelo INCRA. O perímetro está em plena
operação numa área deaproximadamente 1, 5 hectare, com sistema de irrigação
localizada, por gotejamento e microaspersão. Vale lembrar que a CODEVASF
assumiu a gestão do projeto Jacaré – Curituba somente em 2006. Por quase uma
década, de1997 a 2006 a implantação era conduzida pelo governo do
de Sergipe.
As manchas desolo salinizadas.às quais o
artigo se refere, são consequência de um sistema de irrigação praticado pelos
produtores até 2006 ,antes pois, do projeto passar à responsabilidade da
CODEVASF.
Em relação àadutora do Gualter , o
sistema foi concluído e entregue à DESO, órgão do governo de Sergipe, para operação. No entanto, foram
detectados problemas durante a operação,e a alternativa foi manter a operação do trecho até o povoado
Curituba, que não foi afetado pelas falhas, enquanto Codevasf e Desosanam,
juntas , o problema identificado no sistema, No que se refere aos sistemas de
esgotamento, infelizmente a Codevasf esbarrou em empecilhos junto à
administrações municipais, daí a paralização de algumas obras. Atualmente ,
estão em execução em pareceria com a
Deso os sistemas de esgotamento sanitário de Itabi, São Francisco, e Pacatuba, e por execução direta o de Brejo
Grande , este último com obras já finalizadas, restando apenas o fornecimento
de energia elétrica para a sua conclusão.¨
NOTA DO ESCREVINHADOR: Compreende-se,é
até mesmo louvável o esforço do jornalista Fernando Pires para isentar a
Codevasf de erros, até dourar a pílula
da empresa onde trabalha , e com responsabilidade exerce o seu digno ofício.
O questionamento aqui feito a
respeito das ações ou omissões da Codevasf,parece ter tido o mérito de suscitar
um debate sobre uma empresa que tem sido disputada por políticos como se fosse
uma das joias da coroa, oferecidas numa república que resiste em se tornar efetivamente republicana.
O panoramanão é exatamente o que foi
traçado na nota que acima publicamos. Para não entrar em detalhes que
oportunamente serão analisados caso a caso, o que se poderá de imediato indagar
é se o montante enorme de recursos dispendidos pela CODEVASF, guardariam alguma
relação proveitosa de custo beneficio,assimjustificando a existência de uma estatal que, ao longo do
tempo, consumiu um volume impressionante de recursos sem reverter a decadência de uma região onde os
índices de desenvolvimento humano são calamitosos.
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