O BANESE SERIA MESMO O
BANCO DOS SERGIPANOS ?( 2 )
Comentamos, domingo último, sobre a
situação avassaladoramente ruim das finanças estaduais,e a respeito de medidas
que poderiam ser adotadas para superar, ou
amenizar a crise, as agruras e
sofrimentos , consequências daquilo que a sabedoria popular assim caracteriza :
¨Em casa onde falta o pão todos falam e ninguém tem razão ¨. No caso, razão há, e de sobra, para que sejam
adotadas medidas que venham a contrariar alguns, desde que reponham à mesa, o
insubstituível pão. Razão têm, e de sobra,os que reclamam dos salários
parcelados, os que são levados ao
desemprego pela desmobilização das
atividades econômicas, agravadas com a indigência dos cofres públicos.
É preciso que voltemos, no menor
espaço de tempo, a uma situação de normalidade das contas públicas estaduais, e
isso não será conseguido sem o aporte de recursos para estancar a sangria da
previdência, para normalizar a folha de pagamentos, para que se viabilizem investimentospúblicos. Dos cofres da União nada, ou quase nada sairá,
porqueestão exauridos. E não se pode simplesmente esperar que a economia do
país se restabeleça e revigore.A longo prazo estaremos todos mortos.
Devem ser desprezadoscertos pruridos,
agora inexplicáveis e anacrônicos,
quando se trata de abordar questões como a desestatização de alguns setores, a
venda de patrimônio público, que dizem
¨pertencerem ao povo ¨, mas deles o povo mesmo nunca recebeu nenhum
dividendo.
O BANESE épatrimônio até razoável, mas, não fará falta a ninguém
se for negociado por expressiva quantia, capaz de amenizar as agonias do presente.
Breve, o patrimônio material das
instituições financeiras começará a ser desvalorizado aceleradamente, e em seu
lugar crescerá o patrimônio imaterial, isto é, a tecnologia, o conhecimento.
Hoje , quase ninguém mais usa cheques, dentro de 15 anos quase ninguém mais irá às agencias. O BANESE
não tem tecnologia de ponta, não tem know-how que o qualifique nesse novo
mercado cada vez mais virtual, e sofisticadamente tecnológico. A hora de
vendê-lo é agora, para o Banco do Brasil, o a Caixa Econômica, ou até
parabancos privados, criando-se um
colchão de garantias de estabilidade para os seus servidores. No futuro próximo
um aglomerado de agencias e outras instalações físicas valerá muito pouco.
Valerá, tão somente, o preço médio fixado pelo mercado imobiliário. E então,
mais uma vez recorrendo aojargão popular: ¨Nem o mel, nem a cabaça ¨.
Sobre a DESO comentaremos no próximo domingo.
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