O RETORNO DE LUCIANO BISPO
Sentença proferida tantos anos depois,aplicada
numa situação absolutamente diversa daquela em que os supostos crimes teriam
ocorrido, ainda mais com uma dosimetria desproporcional,
dada às novas circunstancias vigentes,
não deixa de gerar um sentimento
de duvidas. Isso foi exatamente o que aconteceu com o
deputado Luciano Bispo, ao ser condenado à perda do mandato , à perda da
condição de presidente do Poder legislativo sergipano, já reeleito para novo
mandato, e ainda mais à suspensão dos seus diretos políticos. Ele seria ,assim,
quadruplamente castigado, tendo invalidadas três
eleições: a direta,em que conquistou o mandato , as indiretas na qual foi eleito quase pela
unanimidade dos seus pares, e da mesma forma ,já reeleito para novo mandato a partir de 2017. Ouseja , invalidava-se,
também, via Justiça Eleitoral , duas
decisões soberanas do Poder Legislativo
o sergipano. O que seria, no mínimo, um menosprezo ao voto
e às prerrogativas de um Poder, que é o mais legítimo entre todos, porque
sustentado na soberania do voto popular , onde seus integrantes duram, enquanto durar
a confiança que o povo neles deposita. Isso, pelo menos, éo que se
esperaria acontecer numa democracia menos imperfeita do que a nossa.
Por unanimidade o Tribunal Superior
Eleitoral revogou a decisão inicial . Luciano Bispo devereassumir na próxima
terça- feira.
Vai continuar o delicado e persistente
trabalho que iniciou ,visando recuperar a imagem e a operacionalidade do Poder
legislativo, e prosseguir o diálogo construtivo entre os Poderes.
Ponto para o deputadoGaribalde Mendonça, que exerceu a presidência com o recato e o comedimento de quem tinha noção
perfeita da interinidade.
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