A ARTE DE LEONARDO
NA BUATE SEGREDO
Pascoal Maynard, jornalista, militante
em tempo integral pela causa da cultura, mexe e remexe e sempre vai descobrindo
coisas que podem ser feitas. No seu programa na TV Aperipê ele com as suas
entrevistas vai despertando memórias, reunindo depoimentos, assim, construindo
o acervo dinâmico sobre o seu tempo, sobre a vida sergipana. Um dia desses, conversavam
,após o fim do expediente no Tribunal de Contas, o presidente conselheiro
Clóvis Barbosa, o historiador, pesquisador incessante Gilfrancisco, o
jornalista Marcos Cardoso, e Pascoal Maynard, quando foi lembrado que o pintor
Leonardo Alencar estava internado num hospital. Pascoal lembrou então que
acabara de visitar o quase escombro do restaurante Catavento e Buate Segredo,
na área onde funcionava a Associação Atlética de Sergipe.
Pascoal foi conferir o estado em que
estavam as inovadoras xilogravurase placas de bronze em relevo, criadas por
Leonardo há 50 anos. Três anos antes Pascoal relatara o estado de
abandono do trabalho de Leonardo ao Subsecretario do Patrimônio
Histórico e Cultural, o professor e antropólogo Luiz Alberto dos Santos, um
nome que sempre merece ser lembrado com saudade e respeito. Ele tomou imediatas
providências, e uma equipe formada pelas professoras Ana Conceição Sobral de
Carvalho, Rosina Fonseca Rocha e o fotógrafo Edson Araujo foi ao local fazer
observações e documentar os painéis. Foi elaborado um relatório técnico
primoroso, mas logo em seguida o professor Luiz Alberto adoeceu e tudo ficou
como estava.
Pascoal falou sobre a urgência para
salvar a obra, então, o conselheiro Clóvis Barbosa sugeriu que numa ação
conjunta Tribunal de Contas- Governo do Estado, os murais possam ser
transferidos para o espaço cultural Carlos Britto, na ampla sala de entrada do
prédio do TC. O tempo urge e é preciso salvar uma parte expressiva da obra de
Leonardo .
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