MANOBRAS, AGONIAS,
E AS AÇÕES DO BANESE
Percorre Jackson Barreto um calvário
que não é só dele. Mais áspero é aquele dos que estão a depender de
salários ou pensões com atraso e parcelados. É evidente que nenhum governante a
não ser que fosse desequilibrado e absolutamente insensível, atrasaria salários
tendo dinheiro para pagar em dia. Alguns salários que Sergipe paga são superiores
à capacidade dos nossos cofres, mas,,enquanto havia crescimento da economia, a
carga era suportável. A estagnação das atividades econômicas a queda nos
repasses da União levaram o Estado a uma situação de insolvência. Andam algumas
obras,custeadas por recursos do PROINVESTE, aquele pelo qual Déda
encurtou a vida no sacrifício final para vencer as insensatas resistências. Há
ainda recursos do PRODETUR,com isso, ainda se consegue gerar empregos com obras
públicas. Essa situação não é bem compreendida por uma parte dos servidores que
pergunta: Se o Governo tem dinheiro para obras, porque não o utiliza para pagar
salários ?
Para que não houvesse duvidas como
essa, como tantas outras a respeito de Lei de Responsabilidade Fiscal, de
limite prudencial de gastos, de verbas especificas para determinados fins, todo
esse emaranhado que só especialistas entendem deveria ser bem explicitado, para
que não pairassem dúvidas. Da mesma forma, teria de ser explicada pela
Secretaria da Fazenda, essa manobra aprovada pela Assembléia,do remanejamento
de fundos de pensão para que houvesse recursos para pagar em dia ao
aposentado.
Essa seria uma tarefa do setor técnico,
não apenas do próprio governador ou do Secretario de Comunicação, que bate
diariamente numa tecla que teria mais força de convencimento, se fosse acionada
com a responsabilidade do Secretário da Fazenda, que tem nas mãos as
cifras exatas que devem sair da caixa preta.
O governador restabeleceu, por
iniciativa própria, o diálogo indispensável com os auditores fiscais e
pediu-lhes cada vez mais empenho, para dar eficácia ao mecanismo arrecadador.
Ao mesmo tempo encontra alternativas como essa já adotada.
Fala-se agora na possibilidade da venda
da conta do BANESE para outro banco. Essa,todavia, não parece ser a melhor
solução, porque reduziria o valor de mercado do banco .Existe ,todavia, uma
outra opção, que manteria íntegro o banco,e o tornaria mais
competitivo.Seria a venda para a iniciativa privada de uma parcela das
ações que detém o Estado , formando-se uma nova sociedade com gestão
compartilhada. O BANESE é rentável,tanto assim que o Itaú tem , no
fundo BANESE algo próximo dos duzentos milhões de reais. Como se sabe, banco
não costuma perder dinheiro. Uma chamada para a oferta de ações do BANESE
atrairia muitos compradores,talvez, as ações fossem todas adquiridas por
investidores sergipanos. O estado de Sergipe abriria mão do completo controle
acionário que não lhe dá muitas vantagens, e receberia, cash, um razoável
volume de dinheiro para irresistindo, e impondo menos sacrifícios aos
servidores, talvez até, conseguindo fazer mais algumas obras.
O estamento da cúpula burocrática do
BANESE,faz cara feia quando se trata de mudar para um modelo mais aberto
de economia mista, a atual estrutura do banco rigidamente estatal.
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