VEM AÍ A MULHER BOMBA E QUEM IRÁ RECEBÊ-LA?
Já está devidamente agendado. Será no dia 25 deste.
Vem aí a mulher bomba. Aquela que foi preventivamente
afastada, e agora na solidão de um palácio enorme e quase vazio, sem ter nada produtivo para fazer, gira em
torno do próprio umbigo, e vagueia pelo
país repetindo a cacofonia enjoativa: foi golpe, foi golpe.
Ninguém mais presta atenção aquele rito monótono do
impeachment levado avante pelo Senado com desfecho absolutamente certo, mas a mulher bomba quer apoio popular, numa
tentativa desastrada de reverter o rumo já traçado do seu destino.
Com um nível acachapante de impopularidade, alguém possuindo um mínimo de bom senso
poderia imaginar-se capaz de reunir apoio suficiente para reverter um quadro político que lhe é totalmente adverso?
Quem imaginaria encontrar na dureza pétrea da cabeça da mulher
bomba algum vestígio de sensatez?
Se houvesse esse resquício, por mais ínfimo que fosse, a
empedernida estaria ainda ocupando o lugar onde lhe colocaram tantos milhões de
eleitores.
A avalanche devastadora que a mulher bomba permitiu que
desabasse sobre o país, fez com que a figura de um cafajeste que deflagrou o
processo do impeachment fosse, equivocada e indevidamente, decorada com uma auréola de heroísmo. O cafajeste agora renuncia à presidência da
Câmara. Trata-se de mais uma manobra ao que se diz, combinada numa reunião com
o presidente Temer. Coisa vergonhosa e deplorável.
Resta saber se irá alguém ao aeroporto de Aracaju receber a
mulher bomba, ou lhe fazer as honras imerecidas de uma Chefe de Estado saindo
pela porta dos fundos. Saindo e deixando um rastro de desemprego, falências,
estatais sucateadas, fundos de pensão esvaziados, a economia em recessão, um
povo desesperançado, indagando, sem receber resposta decente: por que nos
transformaram em carniça suculenta para tantos abutres?
Mesmo assim, em busca
de apoio e afagos, vai chegar por aqui a mulher bomba. Quem a teria convidado? Certamente
não seria alguém que estivesse interessado nos resultados dessa próxima eleição
agora, já, no dia dois de outubro.
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