sexta-feira, 8 de julho de 2016

VEM AÍ A MULHER BOMBA E QUEM IRÁ RECEBÊ-LA?



VEM AÍ A MULHER BOMBA E QUEM IRÁ RECEBÊ-LA?
Já está devidamente agendado. Será no dia 25 deste.
Vem aí a mulher bomba. Aquela que foi preventivamente afastada, e agora na solidão de um  palácio enorme e quase vazio,   sem ter nada produtivo para fazer, gira em torno do próprio umbigo, e  vagueia pelo país repetindo a cacofonia enjoativa: foi golpe, foi golpe.
Ninguém mais presta atenção aquele rito monótono do impeachment levado avante pelo Senado com desfecho absolutamente certo, mas  a mulher bomba quer apoio popular, numa tentativa desastrada de reverter o rumo já traçado do seu destino.
Com um nível acachapante de impopularidade,  alguém possuindo um mínimo de bom senso poderia imaginar-se capaz de reunir apoio suficiente para  reverter um quadro político que  lhe é totalmente adverso?
Quem imaginaria encontrar na dureza pétrea da cabeça da mulher bomba algum vestígio de sensatez?
Se houvesse esse resquício, por mais ínfimo que fosse, a empedernida estaria ainda ocupando o lugar onde lhe colocaram tantos milhões de eleitores.
A avalanche devastadora que a mulher bomba permitiu que desabasse sobre o país, fez com que a figura de um cafajeste que deflagrou o processo do impeachment fosse, equivocada e indevidamente,     decorada com uma auréola de heroísmo.  O cafajeste agora renuncia à presidência da Câmara. Trata-se de mais uma manobra ao que se diz, combinada numa reunião com o presidente Temer. Coisa vergonhosa e deplorável.
Resta saber se irá alguém ao aeroporto de Aracaju receber a mulher bomba, ou lhe fazer as honras imerecidas de uma Chefe de Estado saindo pela porta dos fundos. Saindo e deixando um rastro de desemprego, falências, estatais sucateadas, fundos de pensão esvaziados, a economia em recessão, um povo desesperançado, indagando, sem receber resposta decente: por que nos transformaram em carniça suculenta para tantos abutres?
 Mesmo assim, em busca de apoio e afagos, vai chegar por aqui a mulher bomba. Quem a teria convidado? Certamente não seria alguém que estivesse interessado nos resultados dessa próxima eleição agora, já, no dia dois de outubro.

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