COMO FICARIA A AL SEM
LUCIANO BISPO?
É verdade, ninguém é insubstituível, mas, se a medida extrema
da cassação do mandato do atual presidente do Legislativo Luciano Bispo for
mesmo efetivada, haverá uma espécie de vácuo a ser preenchido depois de
exaustivas e não muito confortáveis negociações políticas. Luciano recebeu a
Assembléia no limbo do desprestígio, até da desmoralização pública, e conseguiu
restabelecer o protagonismo e o prestigio, do Poder Legislativo, mesmo com a
maioria dos seus integrantes sob enquadramento da Justiça, e dois deles
impedidos até de pisarem na calçada do prédio da Assembléia. Luciano transita
bem entre os poderes, mantém um relacionamento respeitoso que lhe permitiu
solucionar impasses, entre eles o do polemico caso das subvenções. Ele teve,
para isso, o pleno apoio político de todos os colegas, e o Legislativo tem
vivido dias de tranqüilidade, o que permite a votação de matérias de interesse
público.
Se for cassado Luciano receberá uma punição que ficou
atrasada por 13 anos, e chegaria agora quando já deveria ter sido suspensa, se não
por direito, pelo menos pela inoportunidade, e algum viés de incoerência, visto
que Luciano, que não participou dos atos que derrubaram a imagem do Legislativo,
está agora, exatamente, empenhado em reconstruí-la. Quem inspirou e motivou a
derrocada, está contando tranquilamente os seus bois pelas veredas das Minas
Gerais.
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