AS AGRURAS DE UM MUNICIPIO CASTIGADO
Canindé, embora sendo um dos mais atraentes cenários
paisagísticos do país, parece castigado por outros fatores adversos. O primeiro
foi a violência e o saque que lá se instalaram por um ex-prefeito, até que a
justiça e o Ministério Público puseram termo aos desatinos. Com a fuga do
ex-prefeito e a posse de Rosa Maria o clima melhorou, a civilidade voltou a
existir no município e na Prefeitura. Depois, foram eleitos Orlandinho Andrade
e agora Heleno Silva, o município permanece em paz, não há ameaças de gente
cercada por pistoleiros, todos vivem em paz, adversários se cumprimentam e
convivem em harmonia. Mas veio outro fator inesperado: a continuada queda na
receita que ocorre há dois anos. Canindé
tinha 7 mil habitantes, em pouco mais de 15 anos passou a ter algo em torno de
30 mil. A receita em média superior a 11
milhões de reais, caiu para algo abaixo de 8 milhões. Agora o Ministério Publico e a Justiça preocupam-se e agem para
que sejam sanados os atrasos no pagamento de servidores. Sem sucesso o prefeito
Heleno Silva luta na Justiça para recuperar a receita que depende em grande
parte da Usina de Xingó, e foi indevidamente retirada do município.
O
prefeito se vê num dilema: pagar aos servidores, atendê-los todos, ou deixar de
levar água à população, de comprar a merenda escolar, os medicamentos, de
manter em circulação os ônibus que servem a mais de 8 mil alunos no extenso
município, onde, em alguns casos para ir
e voltar da escola o trajeto é de 50 Kms.
O prefeito espera resolver muitos
problemas caso receba uma emenda do deputado Joni Marcos e alguns recursos
pendentes de repasse na Secretaria de Estado da Saúde, e ainda reduzir despesas
com transporte escolar, quando chegarem os ônibus prometidos pela Secretaria da Educação.
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