quinta-feira, 5 de maio de 2016

O PERIGO DE TERMOS UM GANGSTER PRESIDENTE



O PERIGO DE TERMOS UM GANGSTER PRESIDENTE
Dilma até junho já se terá tornado ex-presidente. O impeachment, salta aos olhos que não é um golpe, mas, gera dúvidas sobre o seu embasamento constitucional. Todavia, preponderaram as razões políticas, e a maior parte da população brasileira apóia o afastamento da presidente, até sem demonstrar interesse em questionar a plena legalidade do ato.  O flagelo da economia que despenca, do desemprego, da insegurança em relação ao futuro, produz mais revolta do que a roubalheira monumental, e no rastro de uma delas a falência quase anunciada da nossa outrora portentosa PETROBRAS.
E então os nossos representantes, entre eles muitos que festivamente participaram da farra petroleira, se viram de repente canalizadores da enorme insatisfação que as ruas revelaram, e depuseram a presidente. Estamos escrevendo assim, usando o pretérito, porque a queda de Dilma é uma morte mais do que anunciada, na verdade, já consumada pela exaustão política.
Puniu-se, ao mesmo tempo, a inaptidão política e a incapacidade gerencial, embora a presidente não tenha sido desmascarada com a comprovação irrefutável de contas secretas mantidas em paraísos fiscais, tal como aconteceu em relação ao presidente da Câmara Eduardo Cunha, agora, o primeiro na linha de sucessão. Se Temer viajar, ou adoecer, ou, na pior das hipóteses morrer, Cunha, o gangster comprovadamente gangster, assumirá a Presidência da República. Na hipótese do afastamento definitivo do presidente, Cunha levaria a sua quadrilha para o Planalto por 90 dias, e convocaria eleições diretas, se este ano, ou indiretas a partir do próximo.
A hipótese de Cunha vir a tornar-se presidente da República, torna-se real e concreta, porque a Constituição assim prescreve.
  Não está escrito que um gangster não pode  tornar-se Presidente da República Federativa do Brasil. Nenhum constituinte imaginaria possível tal situação. Mas o absurdo impensável poderá acontecer. E dessa desmoralização o STF terá de nos livrar  .
Um presidente gangster seria o último e trágico capítulo dessa novela de horror que estamos desgraçadamente a viver.

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