sexta-feira, 6 de maio de 2016

DA ORQUESTRA NA SÍRIA A CHANEL EM HAVANA



DA ORQUESTRA NA SÍRIA A CHANEL EM HAVANA
Uma Sinfônica tocando Bach e Prokofiev, tendo como cenário o que restou dos edifícios milenares da cidade de Palmira, uma das mais antigas do mundo, enquanto ainda se ouvia o troar de bombas explodindo ao longe, significava uma exaltação da paz na infindável carnificina da Síria.
A orquestra era a de São Petersburgo, a mais bela e civilizada cidade da Rússia que, como Palmira, também foi quase destruída por guerras. As bombas, explodindo distantes, talvez fossem lançadas por moderníssimos caças da força aérea russa intervindo na Síria, numa guerra já internacionalizada, e onde a barbárie do Estado Islâmico deixa suas marcas de bestialidades. A Rússia tem um PIB inferior ao do Brasil, mas consegue manter o segundo maior aparato bélico do mundo, um nível de vida que é bem melhor do que o nosso, e valoriza a educação, a cultura, a ciência, por isso, alcança imensos avanços, entre eles a conquista do cosmos. A orquestra levada à Síria é uma das centenas de excelente qualidade que lá existem. A mensagem política que se faz através da arte, é um diferencial de Putin, o maldito pelo ocidente, o governante da Rússia que faz parte dos BRICS, e está em situação econômica bem pior do que o Brasil. Qual o milagre dos russos? Certamente, obedeceriam menos ao cassino financeiro global.
Em Havana a Chanel fez desfile de moda. Por enquanto só poucos cubanos assistiram ao evento para estrangeiros, realizado numa das principais avenidas de Havana, o Paseo Del Prado. Houve protestos porque a entrada não foi liberada a todos.
Com a flexibilização da economia na ilha de Fidel o capitalismo vai se achegando para ganhar dinheiro. Enquanto isso, aqui no Brasil, a voz da idiotice repete a besteira de que a nossa “bandeira nunca será vermelha” e denuncia médicos cubanos que aqui estariam para “avermelhar” o nosso verde e amarelo.

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