DA ORQUESTRA NA SÍRIA A CHANEL EM HAVANA
Uma Sinfônica tocando Bach e Prokofiev, tendo como cenário o
que restou dos edifícios milenares da cidade de Palmira, uma das mais antigas
do mundo, enquanto ainda se ouvia o troar de bombas explodindo ao longe,
significava uma exaltação da paz na infindável carnificina da Síria.
A orquestra era a de São Petersburgo, a mais bela e
civilizada cidade da Rússia que, como Palmira, também foi quase destruída por
guerras. As bombas, explodindo distantes, talvez fossem lançadas por moderníssimos
caças da força aérea russa intervindo na Síria, numa guerra já
internacionalizada, e onde a barbárie do Estado Islâmico deixa suas marcas de
bestialidades. A Rússia tem um PIB inferior ao do Brasil, mas consegue manter o
segundo maior aparato bélico do mundo, um nível de vida que é bem melhor do que
o nosso, e valoriza a educação, a cultura, a ciência, por isso, alcança imensos
avanços, entre eles a conquista do cosmos. A orquestra levada à Síria é uma das
centenas de excelente qualidade que lá existem. A mensagem política que se faz
através da arte, é um diferencial de Putin, o maldito pelo ocidente, o
governante da Rússia que faz parte dos BRICS, e está em situação econômica bem
pior do que o Brasil. Qual o milagre dos russos? Certamente, obedeceriam menos
ao cassino financeiro global.
Em Havana a Chanel fez desfile de moda. Por enquanto só
poucos cubanos assistiram ao evento para estrangeiros, realizado numa das
principais avenidas de Havana, o Paseo Del Prado. Houve protestos porque a
entrada não foi liberada a todos.
Com a flexibilização da economia na ilha de Fidel o
capitalismo vai se achegando para ganhar dinheiro. Enquanto isso, aqui no
Brasil, a voz da idiotice repete a besteira de que a nossa “bandeira nunca será
vermelha” e denuncia médicos cubanos que aqui estariam para “avermelhar” o
nosso verde e amarelo.
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