sexta-feira, 6 de maio de 2016

COMO DESGOVERNAR COM OS 25 PARTIDOS



COMO DESGOVERNAR COM OS 25 PARTIDOS
Quando estava em vias de sofrer impeachment,  Collor fez uma mudança radical na sua equipe de governo.  Não consultou partidos, até porque não os tinha, e conseguiu formar, talvez, o Ministério mais qualificado que já houve na República. Eram nomes respeitados, capazes e íntegros. Naquele tempo ainda não tínhamos essa enxurrada calamitosa de partidos. Desses 25, pelo menos 15 são legendas onde se refugiam picaretas.  Partidos criados para receberem o fundo partidário, e os seus dirigentes fazerem chantagens e exigirem dinheiro em todas as eleições.
Temer dificilmente escapará do cerco desses “líderes”.  São os que assinam agora o descarado manifesto, protesto contra o STF, que, por unanimidade, retirou o indecente Cunha da Câmara Federal. A facção de Cunha é quase toda formada por parlamentares fichas-sujas. Só um mafioso como ele poderia liderar tantos outros mafiosos, com o disfarce cínico de homens públicos.
Temer já fez boas escolhas, como a de Henrique Meireles para a Fazenda. Se Dilma houvesse escutado os conselhos de Lula e chamado Meireles, certamente não estaria se despedindo da presidência, e o Brasil não teria mergulhado nessa tragédia.
Há a indicação de Jose Serra para o Ministério das Relações Exteriores, que acoplaria o comércio exterior, isso daria à nossa diplomacia aquela característica que lhe faz falta, que é exatamente a de abrir pelo mundo bons mercados para o Brasil.
Mas há nomes que geram suspeitas ou mesmo indignação, tal como o de Gedel Vieira Lima, outros, que estão indiciados na Operação Lavajato, e mais outros que, pelas suas posições extremadas de direita ou fundamentalistas, só viriam a acirrar conflitos sociais, despertar aversões, exatamente em áreas onde não seriam bem vistos, como na Educação, na Cultura, na Ciência.

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