COMO DESGOVERNAR COM OS 25 PARTIDOS
Quando estava em vias de sofrer impeachment, Collor fez uma mudança radical na sua equipe
de governo. Não consultou partidos, até
porque não os tinha, e conseguiu formar, talvez, o Ministério mais qualificado
que já houve na República. Eram nomes respeitados, capazes e íntegros. Naquele
tempo ainda não tínhamos essa enxurrada calamitosa de partidos. Desses 25, pelo
menos 15 são legendas onde se refugiam picaretas. Partidos criados para receberem o fundo
partidário, e os seus dirigentes fazerem chantagens e exigirem dinheiro em
todas as eleições.
Temer dificilmente escapará do cerco desses “líderes”. São os que assinam agora o descarado
manifesto, protesto contra o STF, que, por unanimidade, retirou o indecente Cunha
da Câmara Federal. A facção de Cunha é quase toda formada por parlamentares
fichas-sujas. Só um mafioso como ele poderia liderar tantos outros mafiosos,
com o disfarce cínico de homens públicos.
Temer já fez boas escolhas, como a de Henrique Meireles para
a Fazenda. Se Dilma houvesse escutado os conselhos de Lula e chamado Meireles,
certamente não estaria se despedindo da presidência, e o Brasil não teria
mergulhado nessa tragédia.
Há a indicação de Jose Serra para o Ministério das Relações
Exteriores, que acoplaria o comércio exterior, isso daria à nossa diplomacia
aquela característica que lhe faz falta, que é exatamente a de abrir pelo mundo
bons mercados para o Brasil.
Mas há nomes que geram suspeitas ou mesmo indignação, tal como
o de Gedel Vieira Lima, outros, que estão indiciados na Operação Lavajato, e
mais outros que, pelas suas posições extremadas de direita ou fundamentalistas,
só viriam a acirrar conflitos sociais, despertar aversões, exatamente em áreas
onde não seriam bem vistos, como na Educação, na Cultura, na Ciência.
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