sábado, 2 de abril de 2016

A POLÍTICA MORREU MESMO ?



 A POLÍTICA MORREU MESMO ?
Definiu muito bem o ministro Luiz Roberto Barroso, uma das togas mais respeitadas do STF:  ¨  ¨No Brasil a política morreu.¨ Disse isso numa reunião fechada, que foi gravada, e a Globo a exibiu no Jornal Nacional. O ministro discorria sobre a situação que o país atravessa, considerando lamentável o fato de que toda a política é centralizada no objetivo único: o dinheiro. E disse mais que aquela cena dos integrantes do PMDB de mãos ao alto comemorando a ruptura com o governo, pelos personagens em cena, revelava  que não temos mesmo alternativas para uma renovação, não apenas de figurantes, mas, sobretudo, de métodos e comportamentos.
 O que poderíamos dizer no caso de Sergipe, em relação à morte ou sobrevivência da política? Vinte e dois deputados estaduais estão na mira da Justiça, dois deles  proibidos até de pisarem na calçada em frente ao prédio do Legislativo. Dois deputados federais estão também na mesma situação, e
agora  ,  15 vereadores de Aracaju são investigados, suspeitos de terem cometido peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.   Estariam envolvidos  em transações suspeitas com uma empresa e o escritório do advogado e ex-vereador Alcivan Menezes. A polícia  varejou a Câmara de Vereadores, a residência e o escritório do ex-vereador. Fez isso sem a espetaculosidade que vem marcando ações semelhantes em outros estados e sob a supervisão direta do MP através do promotor de Justiça Henrique Cardoso, e o comando da  delegada Daniele Garcia, que deu à SSP um protagonismo novo e eficiente nas investigações policiais sobre desvios de recursos públicos.
O prefeito de Aracaju  transformou-se em réu  no caso da Operação Navalha. Depois de  tanto tempo já se imaginava que a Navalha   estivesse arquivada. Duas conselheiras do TC e ex-deputadas também  estão sob o crivo da Justiça.
A política não morreu  mas as instituições políticas estão absolutamente desmoralizadas.
Não se imagine, contudo, que uma transformação ocorra sendo mantido o mesmo modelo das dezenas de partidos, de doações, de campanhas  tocadas por marqueteiros, onde sempre prepondera o engodo e ficam ausentes as idéias.

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