Joaquim Levy deixa o Ministério da Fazenda. Acabamos de
perder o grau de investimento. A economia deteriora-se dia a dia, o desemprego
vai aumentando. O país despenca num abismo e nenhum técnico detentor de alguma
credibilidade aceitaria assumir o cargo vago. Principalmente, depois que o
ministro Jacques Wagner anunciou , aliás
com satisfação, que Levy saía, e deu o recado assustador:¨ a presidente Dilma é
quem banca a economia .¨ Reduziu o ministro
a um simples executor de ordens. Se as ordens anteriores da presidente Dilma
houvessem sido acertadas e não estivéssemos hoje vivendo este desastre, nem
precisaríamos de um ministro competente, porque Dilma, sozinha, exercitaria os seus rudimentos de
economia adquiridos sem brilho numa faculdade sem renome. Dilma é, portanto, a causadora do fracasso atual, e não
só na condição de presidente, porque sua passagem pelo Ministério das Minas e
Energia nos deixou o legado absurdo do sistema elétrico pendurado nos cofres públicos para não
quebrar, e das contas assustadoras que
estamos a receber.
Joaquim Levy não foi, como ficou demonstrado, o homem
adequado para o cargo tão complexo, que exigiria, alem da capacidade técnica que ele tem, a
habilidade política que ele não possui. Além do mais, comunica-se pessimamente, e é
destituído de qualquer carisma. Mas a sua saída se dá no pior momento possível.
Nesse exato instante de tanta
vulnerabilidade política e econômica nenhum ministro levará a bom termo suas
iniciativas se não merecer a confiança do mercado. Do mercado sim, essa palavra
que no capitalismo, (aliás, o sistema em
que vivemos,) adquire uma força inimaginável e perigosa , principalmente,
quando é contrariado de uma forma improducente , incompetente, ou, mais
exatamente, burra, como está a acontecer.
Nelson Barbosa vai
apenas aprofundar a crise que atravessamos, exatamente em conseqüência de uma
economia desgraçadamente conduzida por uma senhora teimosa, que faz política estudantil em vez de
fazer política de Estado.
Não resta a Dilma nenhum resquício de credibilidade, e um ministro da economia por ela monitorado, não se fará merecedor de confiança.
O dólar explode, a
bolsa desaba, a inflação acelera, o desemprego galopa, a recessão se amplia. Neste momento gravíssimo,
pretende-se uma mudança de rumo na economia, antes dos ajustes indispensáveis, das reformas
urgentes, arrostando-se o risco de uma aventura rumo ao imprevisível.
Ou, ao contrário, rumo ao absolutamente previsível: vamos mergulhar no caos.
Apertemos o
cinto, a queda no abismo apenas começa.
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