SUCESSO
DA UFS
FRACASSO
DO IFS
No
começo do ano passado o governador Jackson Barreto saiu de uma audiência com o
então Ministro da Educação Aloísio Mercadante anunciando a boa nova.
Parecia inacreditável, tal a rapidez entre o pedido e o atendimento. O
Ministro autorizava a criação do Campus do Sertão da UFS. Um êxito
pessoal para Jackson, a sensação de vitória para tantos que se envolveram
na luta visando criar um pólo de educação superior no castigado semiárido
sergipano. Participaram da luta os estudantes, o pessoal do MST, os
prefeitos Heleno Silva de Canindé, Roberto Araújo, de Poço
Redondo, Chico do Correio, de Glória, Tonhão, de Monte Alegre, os
deputados João Daniel, Francisco Gualberto, o Frei Enoque, e tantos
outros.
Na disputa pela localização do campus, venceu Glória, o que seria esperado, por
ser um município quase centro do semiárido, e com melhores condições de
infraestrutura.
No
episódio, destaca-se a atuação equilibrada e eficiente do Reitor da UFS,
Ângelo Antonioli. Ele acolheu a idéia do campus sertanejo, empenhou-se em
demonstrar sua plena viabilidade. Definido o local, o Reitor entrou
rapidamente em cena. Começaram os cursos na semana passada, o campus do sertão
já funciona, e será também um centro de pesquisas voltadas para a região.
Enquanto
isso, fracassou redondamente o projeto do IFS em Poço Redondo.
Onde se instalaria o campus, tão badalado, restam os escombros das
edificações demolidas.
Então,
cometeram a insanidade, a barbaridade perdulária, e colocaram abaixo o
prédio, por sinal arejado e amplo que abrigava uma escola e a Fundação
Dom Jose Brandão de Castro, criadas pelo Frei Enoque. Parece que tinham
pressa na demolição, e logo todo o material sumia. Tijolos, madeirame, telhas,
portas, janelas, instalações sanitárias, elétricas, hidráulicas, tudo
veio abaixo. Ninguém pensou na alternativa sensata de instalar os
cursos do IFS no próprio prédio que já existia. Seriam poupados
recursos para aplicá-los em equipamentos tecnológicos que dariam mais qualidade
aos cursos do IFS.
Não
se sabe quando haverá o campus, o vestibular, e os alunos da escola
destruída estão prejudicados.
Anunciaram
que o novo campus custaria 9 milhões de reais, e esse dinheiro todo dava
coceira nas mãos.
Responsável
e criterioso , o professor Ângelo Antonioli instalou o campus da UFS
provisoriamente, em edificações modestas, conseguidas com apoio do
estado e da prefeitura de Glória. Em Poço Redondo as instalações
existiam, poderiam servir para o campus do IFS. Mas foram demolidas.
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