segunda-feira, 3 de agosto de 2015

OS AMORINS, DO PROINVESTE À CARNALITA

 OS AMORINS, DO PROINVESTE À CARNALITA
Os Amorins, quando se fala neles, o principal mesmo é sempre o homem de negócios Edivan.  O senador parece    uma espécie de andróide  que apenas consegue recitar um predeterminado script.  Os Amorins,  como todos lembram, empenharam-se para inviabilizar o chamado PROINVESTE. Aquele empréstimo pelo qual Déda tanto batalhou, e nessa luta final abreviou o seu tempo de vida. A Assembléia, essa mesma onde agora revela- se toda a dimensão das peripécias da hoje Conselheira Angélica e seus associados, naquela época, a serviço dos Amorins, somente  autorizou o empréstimo depois  que os apelos dramáticos de Déda nos dias finais de vida começaram a criar na sociedade um sentimento de repulsa à atitude dos deputados, principalmente à presidente Angélica, que trancou na sua gaveta o projeto. O que desejavam os Amorins: inviabilizar o governo e tirar disso vantagens eleitorais. Política não é exatamente isso, política não pode ser a prevalência do interesse pessoal sobre o coletivo. Mas vá convencer disso quem tem a ambição de chegar ao poder ainda que seja pisando sobre escombros.
Agora, surge o senador dando  a noticia de que a Vale desistiu do Projeto   Carnalita. E  ninguém esqueceu ainda da sabotagem, montada exatamente pelo grupo dos Amorins, para retardar o Projeto Carnalita.  Finalmente, o senador fez agora o que mais almejava:  tornou-se porta –voz  não autorizado  da notícia do cancelamento e também de criticas que o presidente da Vale, Murilo Ferreira, teria feito ao governador Jackson Barreto, acusando-o de omisso. Não houve esse tipo de afirmação, e assim o senador mentiu.
 Na verdade o Projeto Carnalita há muito tempo já havia saído das prioridades da Vale. Com a queda dos preços internacionais do minério de ferro a empresa tem amargado uma redução no faturamento,  agravada pela vertiginosa desvalorização dos seus papeis na Bolsa.
Além de tudo, há o custo Brasil, que torna mais atraente importar o potássio do Canadá, onde a Vale tem minas, do que comprar o produto nacional.

 Há,  todavia, algo de pertinente no que deve ter dito o presidente da Vale ao senador, que é o caso das questões tributárias em Sergipe, afetando  a produção e a comercialização dos fertilizantes. É assunto que deve ser tratado com urgência, porque já existem empresários falando em paralisar ou transferir suas indústrias. A própria Vale tem visto crescer aqui os seus estoques. Essa é uma pauta que se torna  extremamente delicada numa fase em  que as receitas despencam, e o governo faz acrobacias para pagar a folha de pessoal. Vivemos uma crise que não é apenas um ¨ período de transição  ¨ como disse a presidente Dilma.  O povo brasileiro deve preparar-se para  escutar uma enxurrada de más notícias. E sem perder a confiança neste país, que é sempre maior do que o buraco onde querem jogá-lo. O que não precisamos é das hienas e abutres que, para sobreviver, necessitam da putrefação dos organismos.

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