DO
DITADOR EMILIO
À
PRESIDENTA DILMA
O
general Emílio Garrastazu Médici tornando-se presidente, riscou o Emílio,
passou a ser o presidente Garrastazú Medici. Depois, suprimiu
o rascante Garrastazú, da sua origem basca, e passou a ser, apenas,
o Presidente Médici. Jornalista que grafasse,
Presidente Emílio, responderia por afronta subversiva . No último ano do seu
governo, quando dissolvia-se o chamado Milagre Brasileiro e a
crise do petróleo recomendava todas as cautelas possíveis, Médici,
continuou acreditando que o ¨Milagre ¨
seria eterno, e verdadeiro. A censura vigiava para que ninguém dissesse o
contrário. Seu sucessor, Geisel, enfrentou uma dura realidade, fez um radical
racionamento de combustíveis, travou a economia, mas criou o programa do
álcool.
Nos
tempos em que Médici, atritava-se com o próprio nome, e punia quem o
desgostava, uma jovem mineira andava de calabouço em calabouço, presa,
humilhada, torturada. Era a guerrilheira urbana Dilma Roussef, que teve a
suprema coragem de arriscar a vida, acreditando, talvez, que valeria a pena
sacrificar-se pela liberdade.
Hoje
presidente, Dilma embirra com uma palavra. Quer ser chamada de Presidenta, e
auxiliar que não o fizer, cai em desgraça. Dilma escondeu, enquanto
pôde, os sinais de que seu governo fazia água, por isso, não se
providenciaram as bombas hidráulicas que evitariam o naufrágio. Hoje, as
¨ bombas ¨ de um plano de realinhamento da economia vão nos custar
milhares de empresas fechando as portas, e milhões de desempregados
.
É o
que acontece quando o personalismo é grande, e a alma é pequena.
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