UM PITO DE QUEM
FALA COM AUTORIDADE
A deputada Ana Lúcia
que se veste vez por outra de aiatolá, chegou, numa dessas manhãs da semana
passada na Assembléia, imaginando-se, mais uma vez equivocadamente, um Khomeini
de saias. E foi dar, em voz exaltada e dedo em riste, lições raivosas de
ética e coerência política. Só que ela
errou o alvo da sua pedagogia
desatinada. Aquele de quem ela pretendia fazer aluno submisso, ou liderado
subjugado, era o velho e combativo líder sindical, o deputado Francisco
Gualberto. Calejado nas lutas, homem que enfrentou tantos desafios bem piores e
muito mais arriscados do que greves protegidas pelo manto da democracia,
Gualberto ficou calado, até que a paciência lhe faltou, depois de tanto
desafiada a sua capacidade para enfrentar desrespeitos e arrogâncias.
E ai, sob os olhares
um tanto surpresos do civilizado Venâncio, e da calma itabaianice do presidente
Luciano Bispo, surgiu o velho Gualberto de guerra.
O líder sindical, o
militante petista que sabe ser coerente sem perder a sensatez, despejou, forte,
a sua indignação e repulsa. Os adjetivos
que usou não foram nada lisonjeiros para a deputada Ana Lúcia. E a aiatolá
vestindo jeans, saiu célere, procurando a porta, serventia da casa.
E aquela por vezes transtornada senhora, ainda pensa em ser
prefeita de Aracaju. Com o voto do companheiro Gualberto, sem duvidas, ela não
será.
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