sábado, 27 de junho de 2015

UM PITO DE QUEM FALA COM AUTORIDADE



UM PITO DE   QUEM
 FALA COM AUTORIDADE
 A deputada Ana Lúcia que se veste vez por outra de aiatolá, chegou, numa dessas manhãs da semana passada na Assembléia, imaginando-se, mais uma vez equivocadamente, um Khomeini de saias. E foi dar, em voz exaltada e dedo em riste, lições raivosas de ética  e coerência política. Só que ela errou o alvo da sua  pedagogia desatinada. Aquele de quem ela pretendia fazer aluno submisso, ou liderado subjugado, era o velho e combativo líder sindical, o deputado Francisco Gualberto. Calejado nas lutas, homem que enfrentou tantos desafios bem piores e muito mais arriscados do que greves protegidas pelo manto da democracia, Gualberto ficou calado, até que a paciência lhe faltou, depois de tanto desafiada a sua capacidade para enfrentar desrespeitos e arrogâncias.
E ai,  sob os olhares um tanto surpresos do civilizado Venâncio, e da calma itabaianice do presidente Luciano Bispo, surgiu o velho Gualberto de guerra.
O  líder sindical, o militante petista que sabe ser coerente sem perder a sensatez, despejou, forte, a sua indignação e repulsa.  Os adjetivos que usou não foram nada lisonjeiros para a deputada Ana Lúcia. E a aiatolá vestindo jeans, saiu célere, procurando a porta, serventia da casa.
E aquela por vezes transtornada senhora, ainda pensa em ser prefeita de Aracaju. Com o voto do companheiro Gualberto, sem duvidas, ela não será.

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