AS COMITIVAS DE
AÉCIO E REQUIÃO
Essas duas comitivas de
senadores da república que foram à complicadíssima Venezuela interceder
pela liberdade de presos políticos, demonstraram, de um lado, a sensatez de
quem viajou para conhecer efetivamente os dois lados do problema, do outro, o vedetismo daqueles que apenas queriam a luz
dos holofotes sobre eles. Uma, foi a caravana do senador Aécio, o trêfego rapaz que encontrou uma brecha no vácuo de liderança em que vive o país,
para aparecer vestindo uma roupagem de estadista que absolutamente não lhe
cabe. Nesse caso, a genética lhe foi inútil.
A outra caravana, sem
alardes ou sensacionalismo, chefiada pelo senador Requião, foi ao cerne do
problema. Ouviu a todos, dialogou nas ruas, não chegou com a deliberada
intenção de se fazer de vítima, para ganhar, no Brasil, os dividendos eleitorais
que a mídia ajuda a recolher.
Em relação aos desatinos chavistas-madurenhos, uma coisa qu a
esquerda brasileira já deveria rapidamente ter aprendido a desvencilhar-se, é
de países que, a qualquer pretexto, mantêm na cadeia presos políticos. Por si
só a expressão ¨ presos políticos ¨ ,
desqualifica e torna repugnante qualquer regime, esteja ele vestindo vermelho,
azul, verde ou qualquer cor da fantasia.
No caso, porém, a caravana aecista para nada serviu, nada
ajudou a construir, ao passo que a outra, a de Requião, pôde elaborar um
diagnóstico mais próximo da realidade venezuelana, e deve até ter contribuído para
que Maduro comece a rever suas deploráveis inclinações autoritárias.
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