quarta-feira, 13 de maio de 2015

DA REFINARIA À TERMOELÉTRICA



DA REFINARIA À TERMOELÉTRICA
Andou por aqui  um senhor chamado Paulo Roberto Costa. Trazia sócios.   Fariam em Sergipe  parte de um projeto de mini-refinarias em 4 estados nordestinos. As refinarias de porte mínimo, dizia ele, eram a solução prática, menos custosa, mais rápida, para suprir a lacuna no refino do petróleo.
 Paulo Roberto Costa, deixando a diretoria rendosa da Petrobras, entendeu que era hora de aplicar o seu dinheiro lavado tocando as mini-refinarias. Não fosse a Operação Lava  Jato que o levou para a cadeia ele  concluiria mesmo o seu projeto em Sergipe e nos outros estados. Certamente, depois ,  venderia as mini-refinarias à  Petrobras com um imenso lucro.  Sergipe perdeu a refinaria, e mais uma vez amargou a frustração de um projeto sonhado e não concretizado.
Semana passada, silenciosamente, o governador Jackson Barreto andou a percorrer os centros decisórios em Brasília.
Talvez, ressabiado com o malogro da refinaria, Jackson nada antecipou, nada falou, apenas agiu.  Conseguiu superar os fortes entraves que impediriam a inclusão de Sergipe no certame em que consórcios de grandes empresas disputariam a concessão para  termoelétricas no Brasil.
Sergipe ganhou uma delas, anunciou Jackson ao retornar. Será a primeira de uma cesta de três, e também a maior.  A termoelétrica de Sergipe vai consumir gás natural. Será assim uma usina quase limpa. Nesse   tempo de crise e de contaminação  provocada por um devastador vírus que se chama pessimismo, a noticia vale como uma injeção de ânimo.  Não se acha, ali na esquina, um investimento de mais de três bilhões de reais, que levará uns 4 anos para ser concluído, e gerando empregos.
 Os projetos da termoelétrica e o da fábrica de cimento do grupo Brenand, em Santo Amaro, a ser iniciado no próximo ano, totalizam um investimento  da ordem de 4 bilhões e 200 milhões de reais. Se a Vale se decidir mesmo a tocar o Projeto Carnalita,  ai vamos para mais de dez bilhões de reais.
O secretário do Desenvolvimento e Tecnologia Chico Dantas, afirma que a atuação de Jackson foi decisiva para a inclusão de Sergipe no leilão . Três  dias antes Sergipe não figurava entre os estados selecionados.
Jackson, diz Chico Dantas, conseguiu incluir Sergipe na disputa e terminamos contemplados com 3 termoelétricas. O grupo vencedor é sólido, conceituado, e poderia escolher outros estados onde se localizaria o empreendimento.  Jackson convenceu os executivos  demonstrando que Sergipe seria a localização mais vantajosa.

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