DA REFINARIA À TERMOELÉTRICA
Andou por aqui um
senhor chamado Paulo Roberto Costa. Trazia sócios. Fariam em Sergipe parte de um projeto de mini-refinarias em 4
estados nordestinos. As refinarias de porte mínimo, dizia ele, eram a solução
prática, menos custosa, mais rápida, para suprir a lacuna no refino do
petróleo.
Paulo Roberto Costa,
deixando a diretoria rendosa da Petrobras, entendeu que era hora de aplicar o
seu dinheiro lavado tocando as mini-refinarias. Não fosse a Operação Lava Jato que o levou para a cadeia ele concluiria mesmo o seu projeto em Sergipe e
nos outros estados. Certamente, depois , venderia as mini-refinarias à Petrobras com um imenso lucro. Sergipe perdeu a refinaria, e mais uma vez
amargou a frustração de um projeto sonhado e não concretizado.
Semana passada, silenciosamente, o governador Jackson Barreto
andou a percorrer os centros decisórios em Brasília.
Talvez, ressabiado com o malogro da refinaria, Jackson nada
antecipou, nada falou, apenas agiu.
Conseguiu superar os fortes entraves que impediriam a inclusão de
Sergipe no certame em que consórcios de grandes empresas disputariam a concessão
para termoelétricas no Brasil.
Sergipe ganhou uma delas, anunciou Jackson ao retornar. Será
a primeira de uma cesta de três, e também a maior. A termoelétrica de Sergipe vai consumir gás
natural. Será assim uma usina quase limpa. Nesse tempo de crise e de contaminação provocada por um devastador vírus que se chama
pessimismo, a noticia vale como uma injeção de ânimo. Não se acha, ali na esquina, um investimento
de mais de três bilhões de reais, que levará uns 4 anos para ser concluído, e
gerando empregos.
Os projetos da
termoelétrica e o da fábrica de cimento do grupo Brenand, em Santo Amaro, a ser
iniciado no próximo ano, totalizam um investimento da ordem de 4 bilhões e 200 milhões de reais.
Se a Vale se decidir mesmo a tocar o Projeto Carnalita, ai vamos para mais de dez bilhões de reais.
O secretário do Desenvolvimento e Tecnologia Chico Dantas, afirma
que a atuação de Jackson foi decisiva para a inclusão de Sergipe no leilão .
Três dias antes Sergipe não figurava
entre os estados selecionados.
Jackson, diz Chico Dantas, conseguiu incluir Sergipe na
disputa e terminamos contemplados com 3 termoelétricas. O grupo vencedor é
sólido, conceituado, e poderia escolher outros estados onde se localizaria o
empreendimento. Jackson convenceu os
executivos demonstrando que Sergipe
seria a localização mais vantajosa.
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