sábado, 7 de março de 2015

A CONJUNTURA EXIGE UMA RECICLAGEM DA ESQUERDA

A CONJUNTURA EXIGE UMA
RECICLAGEM DA ESQUERDA
No mundo da virtualidade em que vivemos, quando as idéias de bilhões de pessoas interagem em rede global,  é impossível manter a virgindade das ideologias diante do estupro inevitável do convívio com a multiplicidade de comportamentos.
O tempo do fascínio e da prevalência das ideologias passou na janela e só a esquerda  e a extrema direita  não viram.  Sendo extremismo de direita que se confunde com o fascismo  uma insanidade, melhor tratar apenas da insensibilidade que vai levando a esquerda a um gueto ou a um beco sem saída.
 Tem gente de esquerda lúcida há bem pouco tempo, atribuindo agora ao  ¨imperialismo ¨  e à  ¨privatização ¨  a culpa pelo assalto aos cofres do Estado em geral e aos da Petrobrás em particular.
Tomam-se argumentos envelhecidos e absolutamente impróprios diante das circunstancias para justificarem um calamitoso erro, e ao mesmo tempo, defenderem  teses ideológicas que caducaram.
As ideologias para não se transformarem numa camisa de força aplicada ao pensamento, deveriam ser submetidas a uma cláusula pétrea: terão de se reciclar no espaço de uma ou duas gerações.
 Assim, dariam liberdade para o livre pensar.
Há professores que se definem como    ¨ de   esquerda ¨ que,  orientando cursos de mestrado ou doutorado exigem que o aluno interprete a realidade do mundo através do modelo marxista- leninista.
Estariam querendo reviver a União Soviética, onde a Universidade servia para experimentos bizarros, como o de enquadrar a História, a economia, a biologia, a física, até a matemática, mos parâmetros do materialismo dialético.

Entre uma espécie de pragmatismo que a desfigura e a necessidade de preservar idéias e propósitos contidos nas motivações generosas que a inspiraram,  a esquerda,   e não só a terceiro-mundista,   estaria agora diante de um desafio que consiste em se aperceber da realidade mundial    e   saber interpretá-la      para além das    ¨ certezas  ¨       contidas nos manuais que restaram de séculos pretéritos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário