QUANDO A BUROCRACIA FAZ
VÍTIMAS
No governo de um
daqueles generais que viraram presidentes eleitos pelos quarteis, houve, sem
duvidas, muitas ações administrativas positivas. Uma delas foi a
desburocratização. Criou-seum Ministério especifico e temporário, o
da Desburocratização, comandado pelo competentíssimo Hélio Beltrão. Ao
fim da sua tarefa, a máquina estatal estava bem mais leve e desemperrada.
Suprimiram-se anacrônicos procedimentos, reduziu-se o gasto de tempo e papel.
Nas repartições públicas quase sumiu o som repetitivo dos carimbos sobre a
papelada.
Mas, a burocracia é um cancro
resistente, e foi voltando. Agora, assume proporções absurdas. Até os
organismos criados para o combate à corrupção, apegaram-se a uma burocracia
sobretudo desinteligente, que faz o inverso do que deveria fazer, e até
realimenta a corrupção.
Há, aqui em Sergipe, um caso
que pode ser o paradigma da estupidez burocrática. Tentemos resumi-lo:De 98 a
99 houve uma seca pior do que esta mais recente. Naquele tempo não
havia a rede social criada por Lula, fortalecida por Dilma, que evita a fome
entre os flagelados. As ruas de Aracaju andavam repletas de sertanejos
reduzidos à condição de esmoleres, o que agora não mais acontece. Jorge Araujo
era o Secretário da Agricultura. 30 municípios estavam em situação de
emergência. A SUDENE criou uma bolsa de emergência no valor de 48 reais para
sertanejos postos a trabalhar nas frentes. O governo federal entrava com36
reais , e o estado com 12. Não houve condições para a contrapartida do estado,
e então, Jorge determinou que fosse efetuado o pagamento dos 36 reais,
inclusive ao município de Canindé,que atrasara o pedido de reconhecimento da
emergência, o que depois ocorreu.
Agora,os sempre improdutivos
edeploravelmente insensatos burocratas da SUDENE, uma sigla que tornou-se
sinônimo de inutilidade, resolveram processar Jorge . Querem que ele devolva os
36 reais pagos a cada trabalhador, embora o pagamento tenha sido atestado pela
própria SUDENE, isso, porque faltaram os 12, que caberiam ao estado de Sergipe.
E querem, mais ainda, que Jorge seja condenado a pagar a verba destinada a
Canindé, porque o reconhecimento pelo governo federal foi feito depois da
liberação dos recursos.
A burocracia brasileira
entronizou o absurdo.
PARA QUE O POVO DIGA O QUE
QUER,PLEBISCITO JÁ.
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