sábado, 25 de maio de 2013

A BARRAGEM E AS CHUVAS



A BARRAGEM E AS CHUVAS
A barragem do Poxim está enchendo mais rápido do que se esperava. Quando o governador Marcelo Déda    emocionado, e ele tem doloridas e fortes razões  para isso, acionou  o mecanismo que fez as águas do diminuto filete d` água começarem a ser represadas, o engenheiro Sérgio Ferrari, diretor-presidente da DESO, projetava o enchimento completo para quando viessem as trovoadas do próximo verão, mas, agora, diante da continuidade das águas invernais, a portentosa barragem poderá ficar quase cheia já no final dessa temporada de boas chuvas. A barragem do Poxim Mirim  é uma obra fundamental para a segurança do abastecimento  de Aracaju. A ousada obra da adutora do São Francisco, realizada por Augusto Franco,  há mais de trinta anos, já se tornou insuficiente para garantir o abastecimento de uma cidade que se expande,  e a demanda das indústrias que se instalam em torno. Hoje, não se pode fixar prazos, mas a barragem do Poxim agora afasta o medo do racionamento. A construção levou tempo, muito mais do que o anteriormente previsto. Apareceram sucessivos problemas ambientais que tiveram de ser vencidos, houve  também  redução do dinheiro em caixa, mas, finalmente, a obra está pronta. Barrar rios é o melhor exemplo de como se pode vencer o problema da escassez de água. Esse exemplo precisa ser levado ao semiárido, onde  os pequenos cursos de água são intermitentes, mas,  nas grandes trovoadas se  avolumam com rapidez,  e com rapidez igual logo  voltam  a exibir os leitos  ressequidos. Precisa-se, também, e com urgência, que se descubra uma fórmula capaz de compatibilizar a existência do homem com o meio ambiente, e, no sertão, para que o homem sobreviva, a água é indispensável. Por isso, os meios de obtê-la não devem ficar proscritos por metodologias  distantes da realidade.

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