A BARRAGEM E AS CHUVAS
A barragem do Poxim está enchendo
mais rápido do que se esperava. Quando o governador Marcelo Déda emocionado, e ele tem doloridas e fortes
razões para isso, acionou o mecanismo que fez as águas do diminuto
filete d` água começarem a ser represadas, o engenheiro Sérgio Ferrari,
diretor-presidente da DESO, projetava o enchimento completo para quando viessem
as trovoadas do próximo verão, mas, agora, diante da continuidade das águas
invernais, a portentosa barragem poderá ficar quase cheia já no final dessa
temporada de boas chuvas. A barragem do Poxim Mirim é uma obra fundamental para a segurança do
abastecimento de Aracaju. A ousada obra
da adutora do São Francisco, realizada por Augusto Franco, há mais de trinta anos, já se tornou
insuficiente para garantir o abastecimento de uma cidade que se expande, e a demanda das indústrias que se instalam em
torno. Hoje, não se pode fixar prazos, mas a barragem do Poxim agora afasta o
medo do racionamento. A construção levou tempo, muito mais do que o
anteriormente previsto. Apareceram sucessivos problemas ambientais que tiveram
de ser vencidos, houve também redução do dinheiro em caixa, mas, finalmente,
a obra está pronta. Barrar rios é o melhor exemplo de como se pode vencer o
problema da escassez de água. Esse exemplo precisa ser levado ao semiárido,
onde os pequenos cursos de água são
intermitentes, mas, nas grandes
trovoadas se avolumam com rapidez, e com rapidez igual logo voltam
a exibir os leitos ressequidos.
Precisa-se, também, e com urgência, que se descubra uma fórmula capaz de
compatibilizar a existência do homem com o meio ambiente, e, no sertão, para
que o homem sobreviva, a água é indispensável. Por isso, os meios de obtê-la
não devem ficar proscritos por metodologias
distantes da realidade.
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