O NOVO
¨ CAVALO¨ DOS VAQUEIROS
EM SERGIPE NÃO PAGA IMPOSTOS
Quase não há mais cavalos e vaqueiros a tanger gado pelas pastagens e caminhos do interior. O que
se vê agora são campeadores motorizados, acelerando suas motos , sempre de 125 cilindradas. As motos invadiram
cidades e campos. Cantou Luiz Gonzaga
que ¨no sertão de Canindé ( é o Canindé
cearense ) quem é rico anda em burrico, quem é pobre anda a pé ¨. Agora,
o pobre, vai deixando de ser tão
pauperrimamente pobre, e anda montado,
supimpa, em reluzentes motos. A
moto tornou-se parte inseparável da vida das pessoas saindo da pobreza antiga, assim como o celular, a antena parabólica, e um sofá na sala para
ver a televisão. Mas, como tudo não chega de uma só vez, quem comprava
as motos ficava sem poder pagar os impostos estaduais, o emplacamento. As dividas cresceram, também as multas, e
havia as apreensões. As motos transportam leite, pão, mercadorias diversas. É a criatividade do brasileiro
descobrindo jeitinhos para ganhar a vida. A moto tem importância econômica fundamental. Era preciso um olhar sensível sobre o
problema. Teve esse olhar o governador Marcelo Déda, e ele
anunciou que iria buscar uma solução. Conversou com secretários, assessores,
constatou que não seria tão fácil . Pediu ao seu vice, Jackson Barreto, sempre tão
disposto a tratar de problemas sociais,
que fosse o coordenador. Semana passada, recebendo o relatório final de
Jackson, Déda mandou fazer o projeto de lei que vai à Assembleia. Motos até 125 cilindradas ficam livres de impostos devidos, das multas, e nada
mais pagarão. Motos com cilindrada
superior, terão prazo dilatado para que sejam pagas as dívidas, e sem multas.
No interior houve cidades onde motoqueiros saíram em desfile comemorando o que chamavam de a Lei de
Déda.
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