MARCÉLIO , DO PAU DE ARARA
À HOMENAGEM NA ASSEMBLÉIA
Ele não guarda mágoas, muito
menos ódios, mas lembra, relembra, e
sobretudo ensina: Não há nada pior do que as ditadura, sejam de qualquer
coloração, surjam a partir de qualquer
ideia. Ele viveu num regime fechado em
Moscou, fugindo de um outro que o ameaçava. Aqui,
era subversão falar em justiça social, em Moscou, era perigoso falar em direitos humanos e liberdades democráticas.
Viveu, assim, as duas faces dos regimes
fechados de direita e de esquerda. Militante, idealista, forte, não perdeu a fé na evolução da humanidade, não
aposentou as ideias generosas sobre um mundo
com oportunidades iguais para todos, mesmo quando gemia sob a bestialidade de
torturadores.
O ¨velho¨ Marcélio Bonfim, cabelos brancos de sempre, e hoje
comprovadamente testemunhas de que se tornou mesmo o ¨velho ¨ , cada vez mais entusiasmado com a vida, mais
solidário a antigos e novos companheiros,
diz que não foi em vão aquela
jornada de sonhos, sacrifícios e riscos.
Ele tem agora a convicção de que
são imprescindíveis democracia e liberdade, para que se possa lutar pelas
transformações sociais, condenando-se,
da mesma forma, os paus de arara aqui,
ou os campos de concentração siberianos por lá, e a intolerância fascista, onde ela existir,
seja ao modo de Hitler, de Mussolini, de Médici, Pinochet, ou de um Marco Feliciano.
Marcelio , por
proposta do atuante deputado Garibalde, dia 6 de maio será homenageado pela Assembleia com a Medalha da Ordem do Mérito Parlamentar.
Em nome do Poder, a presidente Angélica Guimarães está convidando para a
solenidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário