sábado, 6 de abril de 2013

A BARRA OU A MARGEM ESQUERDA DE ARACAJU



A BARRA OU A MARGEM
ESQUERDA DE ARACAJU
As imobiliárias descobriram,  e agora não há mais quem  segure. A Barra dos Coqueiros,  margem esquerda do rio Sergipe, será também o lado esquerdo de Aracaju.  Grandes investimentos estão mudando a face da ilha. Primeiro,  chegou a paulista Alfaville, depois, outra paulista,  a  Darhma.  Agora vem um grupo italiano. Os empreendimentos da Alfaville e da Darhma estão adiantados. Serão dois grandes condomínios, dotados de completa infraestrutura.  No projeto italiano haverá casas e  prédios. Segundo o prefeito da Barra Airton Martins, existe a possibilidade de se alterar o plano diretor e permitir que edifícios até 12 andares sejam construídos. Por enquanto, o limite é de 4 andares. O  grupo italiano vai também construir um Shopping Center na  área que já adquiriu. Era o antigo Sítio Tinguí, do falecido empresário Benedito do  Espírito Santo, que construiu o Hotel da Ilha, hoje Prodgy Resort, operado pela CVC.  A área cruza lateralmente a ilha,  vai do Oceano às margens do rio, onde será construída uma marina,  Na Barra já funciona também um Parque Eólico com 23 aerogeradores. 
A Construtora Celi  tem um bom estoque de terrenos na Barra e começará a construir já no segundo semestre .
 Segundo o prefeito Martins, que parece entusiasmado com  a explosão imobiliária,  antevendo o IPTU crescendo, e mais ainda,   os royalties do petróleo, não há riscos de degradação ambiental. Os dois empreendimentos iniciais possuem sistemas de tratamento de esgotos, quer passarão a ser operados pela DESO. O outro seguirá o mesmo padrão. Mas, e o coqueiral extenso da Barra?  Em pouco tempo, dele só restará a lembrança.    Ainda segundo o prefeito, as empresas construtoras estão  arrancando uma parte dos coqueiros com as raízes, e os replantando de acordo com um projeto paisagístico.   
A Barra dos Coqueiros tem gravíssimos problemas sociais, porque se vai tornando uma cidade dormitório para aonde acorrem  pessoas em situação de miséria, e também muitos marginais.
As favelas começaram a crescer e aumentou a criminalidade.  Aquela fotografia de uma Barra dos Coqueiros verdejante, bucólica,   vai amarelando. O que se espera em nome da qualidade de vida na região,  é que os empreendimentos que surgem   não eliminem, por completo, a tão ameaçada convivência do progresso com a natureza.  

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