O BENTO DESASTROSO E O FRANCISCO PROMISSOR
Convenhamos, o papado do alemão foi um tempo desastroso para
a Igreja Católica. Tempo de retrocesso,
de isolamento e desmandos. Bento XVI patrocinou um retorno à Idade Média,
começando pelo figurino espalhafatoso que adotou, depois de retirar a pátina e a poeira do
báculo de ouro puro, da tiara de ouro e brilhantes, ornamentos custosos, que
passaram a fazer parte inseparável do aparato papal. O alemão rígido nas suas
ideias envelhecidas, teve palavras ofensivas e preconceituosas contra
judeus e muçulmanos, reintroduziu o latim na liturgia, e enquanto isolava a Igreja , e
apegava-se à tradição, mostrou-se totalmente incapaz de controlar a
licenciosidade que se espalhou das alcovas aos cofres vaticanos. A renuncia
deve ter sido mais uma fuga do que um
ato de desprendimento
Quando, depois da
fumaça anunciadora, surgiu no balcão a figura
franciscanamente despojada do Maradona da fé, ¨La mano de Dios¨ estaria
querendo revelar ao mundo que a Igreja retomava os caminhos daquelas colinas
que rodeiam Assis, onde um outro
Francisco, precursor, inspirador e guia, dividia o manto com um quase despido
andrajoso, recomendação que mais de um milênio antes ouviram discípulos
acompanhando um andarilho da Galileia.
Habemus Papam,
Francisco 1. Logo se viu,
reapareceu a simplicidade de João XX111, de João Paulo, desapareceu a grife .
Quem um dia, como sucedeu com o agora Papa emérito, mesmo
forçadamente, gritou Sig Heil , Heil Hitler, saudando de braço erguido um ditador assassino, teria, tornando-se Papa, até para redimir-se, de espalhar o ecumenismo,
as palavras de paz, de entendimento, de humanismo, acima das
divergências e dos preconceitos.
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