segunda-feira, 18 de março de 2013

O BENTO DESASTROSO E O FRANCISCO PROMISSOR



O BENTO DESASTROSO E O FRANCISCO PROMISSOR
Convenhamos, o papado do alemão foi um tempo desastroso para a Igreja Católica.  Tempo de retrocesso, de isolamento e desmandos. Bento XVI patrocinou um retorno à Idade Média, começando pelo figurino espalhafatoso que adotou,  depois de retirar a pátina e a poeira do báculo de ouro puro, da tiara de ouro e brilhantes, ornamentos custosos, que passaram a fazer parte inseparável do aparato papal. O alemão rígido nas suas ideias envelhecidas,  teve  palavras ofensivas e preconceituosas contra judeus e muçulmanos, reintroduziu o latim na liturgia,  e enquanto isolava a Igreja ,  e  apegava-se à tradição, mostrou-se totalmente incapaz de controlar a licenciosidade que se espalhou das alcovas aos cofres vaticanos. A renuncia deve ter sido mais uma fuga do que um  ato de desprendimento
Quando,  depois da fumaça anunciadora, surgiu no balcão a figura  franciscanamente despojada do Maradona da fé, ¨La mano de Dios¨ estaria querendo revelar ao mundo que a Igreja retomava os caminhos daquelas colinas que rodeiam  Assis, onde um outro Francisco, precursor, inspirador e guia, dividia o manto com um quase despido andrajoso, recomendação que mais de um milênio antes ouviram discípulos acompanhando um andarilho  da Galileia.
Habemus Papam,   Francisco 1.   Logo se viu, reapareceu a simplicidade de João XX111, de João Paulo, desapareceu a grife .
 Quem um dia,  como sucedeu com o agora Papa emérito, mesmo forçadamente, gritou Sig Heil , Heil Hitler, saudando de braço erguido um  ditador assassino, teria,  tornando-se Papa, até para redimir-se,  de espalhar  o ecumenismo,  as palavras de paz, de entendimento, de humanismo, acima das divergências e dos preconceitos.

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