PREPARAR, APONTAR, FÔGO..............
Começou o fuzilamento público da PETROBRÁS. A
ordem para a execução sumária partiu de
um ou de alguns pontos deste globalizado planeta, envolvido todo, pelos
tentáculos firmes do insaciável polvo, o cassino financeiro que hoje manipula a
economia mundial. A Hidra, que é
causadora de todas as desgraças espalhadas pelo mundo, corroendo,
inclusive, as mais importantes
conquistas da chamada ¨sociedade afluente ¨.
Antes, diria a esquerda: ¨As ordens para a desmoralização da Petrobrás partiram de Washington¨. Isso poderia valer até que a reformulação capitalista posta em prática pela radicalização do liberalismo, esvaziasse os governos , transferindo às corporações a responsabilidade pelo comando do sistema e dos destinos do mundo. Não é apenas por interesses eleitorais que a direita republicana encurrala Obama. A coisa tem raízes mais profundas . Está em causa o dogma da intocabilidade das regras do mercado, onde Obama, negro enxerido, andou querendo meter o dedo, que não é branco, muito menos anglo-saxão.
Quem seria ele para ousar desobedecer um só item do credo neoliberal , aquele, elaborado exatamente para demolir as estruturas do Estado, substituindo-as pela supremacia do capital ?
A grande mídia, por equivoco identificada como brasileira, aproveitando-se do instante desfavorável da queda das ações da Petrobrás, começa a preparar suas agourentas pompas fúnebres para o apressado sepultamento da empresa.
O Petrobrás não desceu de todo pelas gargantas de boa parte da elite brasileira, que ainda não deixou aquela sala colonial onde, nas paredes, estão emoldurados seus avôs, de afilados cavanhaques, bastas suíças, e olhares mortiços sobre cafezais imensos. Herdeiros do baronato, nostálgicos sempre de um passado onde em pensamento ainda habitam, investiram, no século passado, na incipiente imprensa que surgia, forma mais eficiente para assegurar prestígio e influencia política. Evoluíram no acompanhamento das novas tecnologias da informação, mas se mantiveram tão rançosamente conservadores no resto, e logo descobriram que o comércio da opinião poderia ser rendoso negócio.
Outros, desenraizados, sem pátria definida, trazendo suspeitíssimos cabedais, onde até a máfia se faria presente, se tornaram poderosos bucaneiros à serviço das tenebrosas transações.
Há um dilema a ser resolvido em relação à Petrobras. Ela deverá ser exclusivamente uma empresa como tantas outras, empenhada em garantir cada vez mais lucros aos seus acionistas, entre eles, brasileiros, estrangeiros, fundos de pensão, e agir exclusivamente voltada para as regras do mercado, ou, se a Petrobras deve ser vista, também, como um braço estratégico dos interesses maiores do país?
Lula, no governo, preferiu a última alternativa. Com Jose Eduardo na presidência, se fez, entre outras coisas, a opção prioritária pelo interesse nacional. Assim, navios, plataformas, que eram contratados no exterior a preços menores, foram substituídas por equipamentos semelhantes, produzidos aqui a custo um pouco maior, mas, gerando empregos para tantos trabalhadores antes obrigados a emigrar em busca de trabalho no Japão, na China, na Coreia do Sul, na Malásia, como qualificados operários, montando, nos estaleiros de lá, os navios e plataformas encomendados pelo Brasil. Nossos estaleiros estavam desativados, sem encomendas. Durante o governo militar os estaleiros brasileiros trabalhavam à plena carga, mas, nos 8 anos de FHC descobriu-se que era mais barato comprar tudo no exterior.
Valeria a pena desempregar milhares de trabalhadores, acabar uma atividade rentável que gerava impostos e divisas, para que a Petrobrás fizesse um acréscimo de caixa. ?
Essa é a pergunta que deve ser respondida , e demonstrado, também, se a Petrobrás tem fôlego para enfrentar o desafio de explorar as jazidas do pré-sal.
O
aumento da renda a ascensão da classe
C, dinamizaram o consumo, então, aumentou a frota de veículos, cresceu a demanda por combustíveis. A
Petrobras não conseguiu garantir a autossuficiência
e passou a comprar no exterior a
gasolina, o diesel, o querosene de aviação. Subiu o dólar, esses produtos encareceram. Os
custos, dentro da lógica do mercado, deveriam ser repassados aos consumidores, mas
ai a inflação entraria em cena, e em meio a uma crise mundial, era preciso manter dinâmico o
mercado interno, para que milhões de trabalhadores não ficassem desempregados.
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