domingo, 23 de dezembro de 2012

SECA, A CALAMIDADE MAIOR AINDA ESTÁ A CAMINHO



SECA, A CALAMIDADE  MAIOR
AINDA ESTÁ A CAMINHO

Trata-se de algo assustador. A seca que já  faz mandacaru secar, parece que apenas começa. Apontam, todas as previsões meteorológicas, para um prolongado tempo sem que nuvens carregadas surjam sobre  as terras  estioladas do nordeste.  E isso entra pelo ano que já chega, atravessa o verão e vai até o inverno,  que ainda é coisa incerta. Uma conjugação de fatores, entre eles o principal,  que é o esfriamento de uma grande extensão do Atlântico sul, causa  esta, que poderá ser a pior estiagem de todos os tempos.   A enorme massa fria do oceano aquieta a atmosfera,    e os tímidos ventos úmidos e frios deslocando-se para o norte, fraquejam ao encontrar a barreira de calor do  semiárido brasileiro, e assim, as chuvas não acontecem. O  meteorologista Overland Amaral que acompanha esses fenômenos atmosféricos com a precisão competente do cientista, e mais a preocupação do nordestino que também convive com as agruras do semiárido, confessa que não vê sinais capazes de gerar alguma dose de otimismo. Mas , há do outro lado das Américas, no oceano Pacífico, configurações climáticas que também interferem diretamente no nosso regime de chuvas. São os fenômenos conhecidos pelo nome de  El Niño, que acontece por volta do Natal, e o outro, o La Niña. O aquecimento ou esfriamento das águas do Pacifico em diferentes períodos, influencia o regime de chuvas no nordeste. Dependendo de variações que irão ocorrer, ainda se poderá salvar o inverno, com chuvas   de média intensidade a partir de maio. Caso isso não aconteça, a estiagem atravessará o verão,  sem a ocorrência de trovoadas,  e virão chuvas magrinhas,  magrinhas, entre maio e julho.  Seria o quadro mais assustador da calamidade.

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