sábado, 10 de novembro de 2012

DE BARACK PARA OBAMA



 DE BARACK PARA OBAMA
 Quando Barack Obama foi eleito, existia toda uma consciência política de que os Estados Unidos deveriam mudar de rumos. Deveria sair do gangsterismo  de George Bush para ingressar numa era mais civilizada de convivência com o mundo, com as suas contradições, os seus problemas, e sobretudo com a consciência de que o Império estava decadente, e que seria preciso, em primeiro lugar, tapar os rombos de uma economia devastada pelas aventuras guerreiras do presidente desastrado e  arrogante que saia. Obama representou essa esperança de transformação que não se consumou,  porque, para fazê-la, seria preciso mudar a essência do poder no  país, onde, de fato, quem governa é a  força do complexo-industrial-militar. Mas Obama carregava a força de uma grande esperança. Passados 4 anos, Barack se reelege , sem falar mais em esperanças, e muito menos em transformações. Compreendeu, dentro das entranhas do monstro a sua verdadeira estrutura, e com ela teve de conviver.
Agora não há mais mudanças à vista.  Não há mais presidente a suceder.    O poder sai de Barack para Obama, ou  seja,  do ingênuo ou  desinformado de antes, para o realista e pragmático de agora. Com ele  tendo renovado apenas o mandato, há, pelo menos, a esperança de que as aventuras guerreiras sejam melhor avaliadas, que não mais se invada um país, como o Iraque, com o falso pretexto de que Saddam teria um arsenal poderoso de armas de destruição em massa. Na verdade, o que ele tinha era muita sucata inservível. Mas, alguns trilhões foram torrados na aventura, e hoje a crise americana é, em grande parte, resultante da insanidade belicosa de Bush. Obama, pelo menos, sabe que passou o tempo em que guerras poderiam ser feitas, e  delas os Estados Unidos sempre saiam vencedor, fosse pelas armas, ou, o que seria ainda melhor, pelos lucros auferidos.

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