DE BARACK PARA OBAMA
Quando Barack Obama foi eleito, existia toda
uma consciência política de que os Estados Unidos deveriam mudar de rumos.
Deveria sair do gangsterismo de George
Bush para ingressar numa era mais civilizada de convivência com o mundo, com as
suas contradições, os seus problemas, e sobretudo com a consciência de que o
Império estava decadente, e que seria preciso, em primeiro lugar, tapar os
rombos de uma economia devastada pelas aventuras guerreiras do presidente
desastrado e arrogante que saia. Obama
representou essa esperança de transformação que não se consumou, porque, para fazê-la, seria preciso mudar a
essência do poder no país, onde, de
fato, quem governa é a força do
complexo-industrial-militar. Mas Obama carregava a força de uma grande
esperança. Passados 4 anos, Barack se reelege , sem falar mais em esperanças, e
muito menos em transformações. Compreendeu, dentro das entranhas do monstro a
sua verdadeira estrutura, e com ela teve de conviver.
Agora não há mais mudanças à vista. Não há mais presidente a suceder. O poder sai de Barack para Obama, ou seja, do ingênuo ou
desinformado de antes, para o realista e pragmático de agora. Com
ele tendo renovado apenas o mandato, há,
pelo menos, a esperança de que as aventuras guerreiras sejam melhor avaliadas,
que não mais se invada um país, como o Iraque, com o falso pretexto de que
Saddam teria um arsenal poderoso de armas de destruição em massa. Na verdade, o
que ele tinha era muita sucata inservível. Mas, alguns trilhões foram torrados
na aventura, e hoje a crise americana é, em grande parte, resultante da
insanidade belicosa de Bush. Obama, pelo menos, sabe que passou o tempo em que
guerras poderiam ser feitas, e delas os
Estados Unidos sempre saiam vencedor, fosse pelas armas, ou, o que seria ainda
melhor, pelos lucros auferidos.
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