terça-feira, 17 de julho de 2012

UM SALTO LIVRE PARA 2014


UM SALTO LIVRE PARA 2014
Quando, o empresário e articulador político Edivan Amorim, se viu sem rumo pela carência de conteúdo eleitoral em Aracaju e dirigiu-se, mansamente, para juntar-se ao bloco de João Alves, candidato líder nas pesquisas, ele sabia que naquele instante poderia estar renunciando ao seu acalentado projeto de transformar o irmão senador Eduardo Amorim em governador do estado. Edivan nunca retirou do seu foco a eleição de 2014. Nela, se vem concentrando desde que elegeu Eduardo deputado federal em 2006, e o levou ao Senado em 2010. Toda a sua tática de composições eleitorais, de arquiteturas de laços econômicos, de estratégia de comunicação , com o fortalecimento da sua rede de emissoras, sempre foi voltado para o objetivo de chegar ao palácio Olímpio Campos. Quando assumiu o calculado risco de romper com Déda, Valadares, Jackson, e todo o bloco situacionista, foi por pressentir que a perda do comando da Assembleia poderia causar-lhe problemas para o futuro. Não fez um bom cálculo e de lá para cá tem se empenhado em consertar estragos , todavia, mantendo uma influencia preponderante entre os deputados e sobre expressiva quantidade de líderes em todos os municípios.
João Alves eleito prefeito de Aracaju, tendo o engenheiro Jose Carlos Machado como vice, a não ser que aconteça algo desastroso, se tornará candidato ao governo em 14. Nele, permanece vivo o sonho de conquistar o quarto mandato de governador, e talvez imaginar uma reeleição para o quinto mandato, já tendo ultrapassado, com folga, a faixa dos oitenta anos. Chegaria perto dos noventa ocupando o Olímpio Campos. Amorim sabe disso, evidentemente, porque, sobre política, tal e qual a praticamos, poucos poderão dar-lhe lições a respeito de desconhecidas matérias. Mas, apesar de tudo, topou o acordo com o ex-sogro. Ele já teria um plano alternativo para o caso de um irresistível crescimento de João como prefeito e candidato ao governo. Desistiria do governo, mas não desistiria da sua fixação na conquista do poder, resignando-se, todavia, a desfrutá-lo numa fatia menor. Indicaria o vice de João, que poderia ser o empresário Laurinho Menezes, hoje primeiro suplente do senador Amorim. Isso faria subir para a primeira suplência o engenheiro Kaká Andrade, líder político em Canindé, amigo pessoal de Edivan, inteiramente integrado ao seu projeto para 2014, mas, que toparia, certamente, juntar-se ao grupo interessado em levar João ao quarto mandato, desde que, garantisse maior espaço para assumir o Senado, como já foi feito com Laurinho. Para o Senado, Edivan indicaria o atual deputado federal André Moura. Não teria ainda chegado a sua vez de alcançar o governo, mas, continuaria mantendo um vasto espaço de poder.

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