UM SALTO LIVRE PARA 2014
Quando, o empresário e
articulador político Edivan Amorim, se viu sem rumo pela carência de conteúdo
eleitoral em Aracaju e dirigiu-se, mansamente, para juntar-se ao bloco de João
Alves, candidato líder nas pesquisas, ele sabia que naquele instante poderia
estar renunciando ao seu acalentado projeto de transformar o irmão senador
Eduardo Amorim em governador do estado. Edivan nunca retirou do seu foco a
eleição de 2014. Nela, se vem concentrando desde que elegeu Eduardo deputado
federal em 2006, e o levou ao Senado em 2010. Toda a sua tática de composições
eleitorais, de arquiteturas de laços econômicos, de estratégia de comunicação ,
com o fortalecimento da sua rede de emissoras, sempre foi voltado para o
objetivo de chegar ao palácio Olímpio Campos. Quando assumiu o calculado risco
de romper com Déda, Valadares, Jackson, e todo o bloco situacionista, foi por
pressentir que a perda do comando da Assembleia poderia causar-lhe problemas
para o futuro. Não fez um bom cálculo e de lá para cá tem se empenhado em
consertar estragos , todavia, mantendo uma influencia preponderante entre os
deputados e sobre expressiva quantidade de líderes em todos os municípios.
João Alves eleito prefeito de
Aracaju, tendo o engenheiro Jose Carlos Machado como vice, a não ser que
aconteça algo desastroso, se tornará candidato ao governo em 14. Nele,
permanece vivo o sonho de conquistar o quarto mandato de governador, e talvez
imaginar uma reeleição para o quinto mandato, já tendo ultrapassado, com folga,
a faixa dos oitenta anos. Chegaria perto dos noventa ocupando o Olímpio Campos.
Amorim sabe disso, evidentemente, porque, sobre política, tal e qual a
praticamos, poucos poderão dar-lhe lições a respeito de desconhecidas matérias.
Mas, apesar de tudo, topou o acordo com o ex-sogro. Ele já teria um plano
alternativo para o caso de um irresistível crescimento de João como prefeito e
candidato ao governo. Desistiria do governo, mas não desistiria da sua fixação
na conquista do poder, resignando-se, todavia, a desfrutá-lo numa fatia menor.
Indicaria o vice de João, que poderia ser o empresário Laurinho Menezes, hoje
primeiro suplente do senador Amorim. Isso faria subir para a primeira suplência
o engenheiro Kaká Andrade, líder político em Canindé, amigo pessoal de Edivan,
inteiramente integrado ao seu projeto para 2014, mas, que toparia, certamente,
juntar-se ao grupo interessado em levar João ao quarto mandato, desde que,
garantisse maior espaço para assumir o Senado, como já foi feito com Laurinho.
Para o Senado, Edivan indicaria o atual deputado federal André Moura. Não teria
ainda chegado a sua vez de alcançar o governo, mas, continuaria mantendo um
vasto espaço de poder.
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