terça-feira, 17 de julho de 2012

UM PROJETO PARA A CAATINGA


UM PROJETO PARA A CAATINGA

A caatinga nordestina, bioma único no mundo, é a mais desprezada das formações florestais brasileiras. Na Constituição Federal estão relacionados como áreas de proteção, a Mata Atlântica, o Cerrado, a Floresta Amazônica, todos os demais biomas, e a caatinga nem foi lembrada. Condena-se diariamente, o diariamente perpetrado crime de devastação da amazônia, do cerrado, do pouco que resta da mata atlântica, mas a caatinga é dizimada sob o silencio indiferente dos meios de comunicação, dos ambientalistas. Para o nordeste ressequido, o desmatamento da cobertura vegetal do semiárido é o princípio de uma inevitável catástrofe, porque, derrubada a caatinga, logo começa a surgir o deserto. Sergipe tem hoje encolhidos no sertão, menos de vinte por cento da caatinga primitiva, e as cerâmicas, padarias, carvoeiros, estão rapidamente queimando o que resta.
O biólogo Genival Nunes, um ambientalista cuja consciência formou-se na luta pela preservação, nos tempos em que ecologia ainda era palavra quase desconhecida, quer marcar a sua passagem pela Secretaria do Meio Ambiente com um projeto voltado especificamente para a caatinga, criando instrumentos que possam evitar a sua extinção, e tratando, também, de recuperar áreas degradadas. Genival já teve êxitos com projetos semelhantes para a Mata Atlântica . Espera-se que na caatinga os repita.

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