terça-feira, 17 de julho de 2012

O ASSALTO CONTINUA


O ASSALTO CONTINUA

A presidente Dilma tem feito o que é possível. Baixou os juros cobrados pelo Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o Banco do Nordeste e o BNDES. Os juros já estão agora no quase civilizado patamar de oito por cento ao ano. Mas o gangsterismo do sistema financeiro mantem o assalto diuturno contra a sociedade. Nas faturas dos cartões de crédito ainda estão quantificados os encargos anuais dos financiamentos que permanecem acima dos trezentos por cento ao ano. É coisa vergonhosa que se repete nos cheques especiais, em todas as operações financeiras que geram os astronômicos lucros do sistema bancário, lucros que os bancos deveriam até ter vergonha de exibí-los. Se em todo o mundo o sistema financeiro é perverso, é o grande vilão por trás da crise que nocauteou os Estados Unidos e agora corrói a Europa, se lá fora ele é assim tão maligno, aqui no Brasil é um câncer contra o qual nada significam as quimioterapias até agora aplicadas.
Houve um tempo, quando vigia a plena força o Ato Institucional número cinco, em que um Capitão dos Portos em Aracaju, tornou-se chefe de uma denominada Comissão Geral de Inquérito , anomalia de um a ditadura que ousou colocar-se acima da lei. E o jovem oficial cometeu o grave equivoco de imaginar-se dono do mundo. Prendia a torto e a direito, ameaçava, expropriava, e resolveu também fazer uma cruzada contra os agiotas, os que abusavam na cobrança de juros escorchantes. Nisso, até poderia ter acertado, se não acreditasse apenas no autoritarismo, na força de um regime que acreditava muito mais nas armas do que na lei. Alguns agiotas foram presos, mas, coitados, se ainda estivessem vivos, mereceriam agora algumas estátuas, porque os seus juros nem de longe se aproximavam dos juros e taxas cobradas hoje pelos bancos nas faturas dos cartões de crédito e dos cheques especiais.
O assalto prossegue...

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