DO OUTRO LADO DO RIO
Quem conta o caso é o
memorialista Murilo Mellins.
O interventor Augusto Maynard Gomes deslocou-se do seu
palácio em direção ao local onde hoje existe a ponte de Pedra Branca, sobre o
rio Sergipe. A estrada era horrorosa, e cobertos de poeira chegaram à beira do rio, o interventor, seu secretário
Nicanor Ribeiro Nunes ( pai de Zé Peixe e Rita Peixe), e outros que se deslocaram num segundo automóvel, coisa raríssima naquele tempo, década dos trinta. O interventor pensava em construir a ponte no local, e quis
olhar o outro lado, atravessando o rio, mas o canoeiro que usualmente fazia a
travessia não estava com o seu barco. Um
dos integrantes da comitiva que conhecia bem a canoa,
avistou-a ancorada na margem oposta, e começou
a chamar o canoeiro gritando alto. O barqueiro fazia suas necessidades
fisiológicas protegido por uns matos, e devia estar também
embriagado, ouviu os gritos, viu do outro lado
o grupo, e sem saber de quem se tratava respondeu:
- Me deixem c.......
seus merdas. Vá todo mundo pra p q p........
Um ajudante de ordens
indignado com a afronta, perguntou ao interventor: Excelência
posso prender o canoeiro?
E Maynard respondeu:
-Só se você for até lá nadando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário