domingo, 13 de maio de 2012

DO OUTRO LADO DO RIO


 DO OUTRO LADO DO RIO

 Quem conta o caso é o memorialista Murilo Mellins.
O interventor Augusto Maynard Gomes deslocou-se do seu palácio em direção ao local onde hoje existe a ponte de Pedra Branca, sobre o rio Sergipe. A estrada era horrorosa, e cobertos de poeira chegaram  à beira do rio, o interventor, seu secretário Nicanor Ribeiro Nunes ( pai de Zé Peixe e Rita Peixe), e outros  que se deslocaram num segundo automóvel,  coisa raríssima naquele tempo,  década dos trinta. O interventor  pensava em construir a ponte no local, e quis olhar o outro lado, atravessando o rio,  mas o canoeiro que usualmente fazia a travessia não estava com o seu barco. Um  dos integrantes da comitiva que conhecia bem  a canoa,    avistou-a ancorada na margem oposta, e começou a chamar o canoeiro gritando alto. O barqueiro fazia suas necessidades fisiológicas   protegido por uns matos, e devia estar também embriagado, ouviu os gritos, viu do outro lado  o grupo, e sem saber de quem se tratava respondeu:
 - Me deixem c....... seus merdas. Vá todo mundo pra p q p........
 Um ajudante de ordens indignado com a afronta, perguntou ao interventor:  Excelência  posso prender o canoeiro?
 E Maynard respondeu: -Só  se você for até lá nadando.

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