terça-feira, 11 de outubro de 2011

UM INTELECTUAL JUDEU E O ESTADO DE ISRAEL

O escritor judeu  Yoram Kaniuk é muito conhecido em Israel. Tem 20 livros publicados,  e muitos traduzidos para várias línguas, o que faz dele um nome internacionalmente referenciado. Yoram  ganhou na Justiça o direito  de ter a nacionalidade judia, mesmo sem ser religioso. Na sua carteira de identidade, ele,  que é judeu e emigrou para Israel onde vive com sua família também discriminada, é registrado apenas como ¨sem religião¨,  e quem não tem religião não pode ser judeu. Sobre a histórica decisão da Corte israelense, disse Kaniuk:  ¨Cansei  do controle da religião neste país. É um ciclo perigoso: os religiosos se fortalecem politicamente e impõem mais e mais a religião sobre nós. Há um controle inaceitável sobre a vida das pessoas. Querem transformar Israel num Estado religioso. Decidi que quero ter a nacionalidade judia, mas não a religião. Mas Israel não reconhece isso. O primeiro Ministro fala o tempo todo que os palestinos devem reconhecer o caráter nacional judeu  de Israel, mas o próprio Estado não reconhece a nacionalidade judia sem a religião.
Israel tem de decidir: pode ser  país democrático ou país judeu religioso. Não pode ser os dois. Religião é dogma, não aceita a democracia. Se em um ou dois anos não acontecer uma mudança, este país está perdido. Se tornará um estado religioso, e sem mão de obra, sem soldados para defendê-lo nem gente capacitada para desenvolver alta tecnologia.
 Sustentamos centenas de milhares de parasitas.  Quase 50% dos alunos de classes primárias são ortodoxos, e a maioria não se integrará ao Estado.
 Além de tudo, a falta de separação entre Estado e religião permite que o fascismo se espalhe. O incêndio criminoso da mesquita no norte de Israel é só um exemplo.
Há fascistas nos assentamentos que fazem o que querem, e o governo não faz nada. Atacam árabes, arrancam suas oliveiras, vandalizam mesquitas ,e o governo faz vista grossa, pois teme perder seu apoio político ¨.

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