A internet que possibilitou as redes sociais, tornou possível a simultaneidade do fato e da sua divulgação em escala planetária, essa extraordinária ferramenta posta a disposição de tanta gente em todas as partes do mundo, fez frágeis as mais ferozes ditaduras, fez desmoronar antigos conceitos de segurança, também, quase tornou impossível a privacidade.
A manipulação da Internet está a exigir não só uma legislação especifica e inteligente, como também, um a reflexão sobre os valores que teremos de buscar, sobre o comportamento ético que deverá ser exigido dos que se intitulam internautas.
As redes sociais, os espaços dos endereços eletrônicos, não podem ser entendidos como territórios livres, absolutamente fora de qualquer controle, não exatamente delimitados pela censura, o que é impossível e inadmissível, mas, em primeiro lugar, pela responsabilidade de cada um em preservar o sentimento de respeito ao ser humano. Se a Internet vier a transformar-se num veículo de propagação da selvageria, retornaremos à idade da pedra, cercados de todo esse aparato tecnológico ao nosso dispor. Tablets, iPods ,
iPads, Book Reader, Blackberry, essa parafernália eletrônica, poderá ser apenas um lixo a serviço da desumanização, muito pior ainda do que conquistas tecnológicas colocadas a serviço da destruição e da guerra. Com a perigosa diferença de que os brinquedinhos de última geração em todas as vitrines, e por todos acessados, potencializam o mal, se usados por alguém destituído de escrúpulos, por alguém destituído de vestígios da dignidade que deve ser inerente ao ser humano.
Pelas circunstancia que cercaram aquela tragédia ocorrida semana passada na Aruana, a extrema violência do acidente, as condições em que ficou a jovem vítima, houve na cidade uma consternação, uma dor por todos compartilhada.
Alguém, movido por instinto mórbido ou desconhecimento absoluto do que venha a ser respeito humano à dor inconsolável de pais, parentes, amigos, revolveu colocar as fotos terríveis na Internet. Nesses instantes, perpassa em todos nós, aquela dúvida sobre o merecimento do ser humano em exibir a privilegiada condição de animal inteligente e racional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário