terça-feira, 13 de setembro de 2011

NÃO QUEREM MARCHAR E A SOCIEDADE DANÇA


Repetindo a costumeira bateria de ameaças, lideranças dos policiais civis e militares aproveitaram a proximidade do dia 7 de Setembro para, mais uma vez, externar as costumeiras insatisfações e traçar o roteiro dos protestos que poderiam fazer. Tolerância Zero seria um deles, mas, não se imagine que a intolerância anunciada se voltaria pesadamente contra bandidos, nada disso, seria apenas uma espécie de operação padrão ou corpo mole; uma outra seria a recusa de participar do desfile da independência. Este ano os professores de Aracaju se negaram a colaborar. Por isso, as escolas municipais ficaram fora da parada de 7 de Setembro, como antes se chamava o desfile do Dia da Pátria. Não se trata aqui de evocar coisas do passado para enfeiar o presente, muito menos de descrer do futuro. Não há pessimismo ou saudosismo quando se relembram episódios que eram marcantes, que motivavam a sociedade, e em torno deles existia uma intensa e espontânea mobilização.
Não havia menino ou menina estudante que não quisesse sair no desfile, que era à tarde, depois do militar de manhã, logo cedo. Os pracinhas, ex-combatentes, dez, quinze anos depois da guerra, ainda marchavam com o mesmo ímpeto forte daqueles jovens que atravessaram o Atlântico para derrotar o nazi-fascismo. Eram ovacionados pelo povo. E isso ocorria em tempos democráticos, sem aqueles absurdos de um patriotismo impingido goela abaixo durante os períodos autoritários. Naquele tempo, era constrangedor comparar o fardamento lustroso, as armas reluzentes do 28 BC, com a penúria da nossa Polícia Militar, objeto tantas vezes de chacotas do público ou de cáusticas observações feitas depois  pelos jornais oposicionistas, que sempre culpavam o governo pela deplorável imagens dos policiais  vestindo fardas desbotadas, calçando coturnos em frangalhos, portando armas que  fariam boa figura como peças de museu.
Mesmo assim, a carreira de policial militar nunca deixou de atrair os jovens, principalmente do interior, e há municípios, como é o caso de Porto da Folha, de onde saíram tantos que chegaram ao coronelato da PM.
 As duas polícias eram vítimas da contaminação dos interesses eleitoreiros, e nelas sempre eram encontrados os esbirros valentões, prontos a cometer todas as barbaridades a mando de chefes políticos truculentos.
Desse aspecto deplorável do passado é pedagógico lembrar, porque desconhecê-lo ou ocultá-lo seria também negar toda uma sequência de ações realizadas para que fossem corrigidos erros e modernizado o sistema policial.
Nos últimos quatro anos os policiais tanto militares como civis, alcançaram um patamar de remuneração que os fazem invejados por quase todas as outras categorias de servidores públicos. É bom não esquecer que existem economistas, engenheiros, contadores, jornalistas, agrônomos, que se aposentam com vencimentos inferiores e mil e quinhentos reais. Por isso, quando lideranças dos policiais anunciam protestos, a sociedade não os vê com bons olhos, a sociedade se põe a perguntar por que está ainda tão exposta à violência, que não é só um problema sergipano, mas, com o qual ninguém quer conviver como se fosse inevitável e terrível maldição. Se salva, sem dúvida, a reputação da polícia, porque não cessam de ocorrer exemplos de eficiência, apesar dos episódios que,tantas vezes repetidos, produzem descrédito e decepção. São sempre lembrados nomes como ode alguns que já se foram, o coronel Barreto Mota, o tenente Aragão, (assassinado por um bandido) os delegados Clélio Lins Baptista, João Sacramento, Chico Vilanova, entre tantos outros.
 Agora mesmo um trio de delegadas mostra agilidade e competência no episódio da prisão de um bandido que carregava às costas o peso de onze assassinatos. As mulheres mais uma vez estão em destaque, exatamente numa área que, faz pouco tempo, era exclusivamente reservada a quem usasse cuecas. Aliás, os homens precisam se cuidar, porque é voz geral entre os que procuram delegacias, que se sentem melhor atendidos onde as mulheres são as titulares.
Nos últimos dias ganhou especial destaque o nome de um jovem delegado, André Baronto. Ele comandou diligências que resultaram na prisão de um e a morte de dois dos integrantes de uma quadrilha que andava pelo sertão fazendo mais volumosas suas aterrorizantes folhas corridas. Em Itaporanga, relatam moradores que o delegado Baronto limpou o município de meliantes no tempo em que por lá esteve. Há delegados assim, que deixam por onde passa um rastro de ações valorizando a polícia. E estes não ganham mais do que os outros. Não vamos aqui escolher nomes como se fossem eles os únicos merecedores de reconhecimento, porque há inúmeros que igualmente mostram zelo e eficiência. Constata-se assim, através de casos individuais, que é possível fazer muito mais, desde que cada um demonstre entusiasmo com a profissão que escolheu.  No interior, onde ocorrem assaltos frequentes, há delegacias que não funcionam nos finais de semana, deixando a população com um certo sentimento de abandono. Lá, são muito lembrados nomes como o de um policial militar que durante algum tempo desempenhou as funções de delegado, o subtenente Cardoso. Apelidado de Satanás pela bandidagem, ele limpava o sertão com uma eficiência incomum. Hoje, respondendo a processos, embora não seja um atrabiliário, apenas rigoroso, deixou de receber as promoções que mereceria pelos serviços prestados à sociedade. Há sempre boas referências a delegados como Antonio Passos, Kledson Ferreira, e tantos outros. Na PM, quando se trata de enfrentar bandidos perigosos e subjugá-los, logo surge o nome do coronel Yunes. Quando se precisa de um negociador hábil para evitar confrontos com os movimentos sociais, sempre é lembrado o coronel Luiz Fernando. Os que agem, fazem, são operantes, demonstram que a eficiência é uma meta capaz de ser atingida, desde quando se esteja interessado em persegui-la. Não se quer dizer, com isso, que o aparato policial do estado seja omisso, mas, sem duvida, essa cantilena repetida de reclamações, de ameaças, faz com que o povo que trabalha, que paga impostos, que ganha baixíssimos salários, e espera pelo menos ter segurança, se sinta menosprezado e até agredido. Aquela sensação de que alguém não marcha e, por isso, nós dançamos.
Certamente se os bons exemplos de dedicação e eficiência se espalhassem por todo o aparato da segurança pública, ficaria mais suportável o peso carregado penosamente pelo Secretário João Eloy e pelo coronel Rezende.

TERNO, GRAVATA E DESERTO

Quem assistiu pela TV ao eletrizante show da Esquadrilha da Fumaça no dia 7 de setembro, em Brasília, na manobra final, quando foi desenhado um coração no espaço, deve ter notado que naquele céu sem nuvens e intensamente azul, a figura rapidamente desfez-se, com a fumaça dissipando logo, em virtude da extrema secura dos ares. Todo o planalto central brasileiro, a enorme região centro-oeste, os sertões nordestinos nesta quadra em que as chuvas estão ausentes, em alguns casos, há mais de cem dias, exibem nos higrômetros índices alarmantes de baixa umidade do ar,  as vezes rondando os dez por cento, nível inferior aos observados no deserto de Atacama,  o mais seco do mundo. Além da baixa umidade, há o calor, e tudo isso causa uma sensação de desconforto, de sufocamento. Mas em Brasília, templo maior da protocolar burocracia brasileira, estão todos os personagens desse cenário tropicalista, absurdamente envergando o traje que o protocolo impõe: terno invariavelmente escuro, pescoço apertado com o colarinho rígido, e a gravata inseparável.
Na América Latina somos o único país de clima quente que usa esse figurino. Em todo o Caribe reina a goyabera, vestimenta leve, uma calça e blusão folgado, sempre de tecido branco. Aqui, quem veste branco é cafona ou pai de santo. Na Venezuela, em Cuba, na Colômbia, no Peru, Equador, veste-se a goyabera, tanto para ir a um palácio como ao cabaré. Sem dúvidas, em qualquer um desses locais as pessoas sentem-se mais confortáveis, suam menos, produzem melhor.
Jânio Quadros usava um blusão semelhante à goyabera, começou a ser imitado, mas a experiência durou tanto quanto o efêmero mandato do caricato presidente.
Somos macaqueadores de hábitos europeus. Quando a fugitiva corte portuguesa desembarcou mareada no Rio de Janeiro em 1808, tratou logo de livrar-se dos piolhos e das vestimentas pesadas que aumentavam a transpiração e exalavam o insuportável fortum de europeus nos trópicos, que tanto  repugnava aos indígenas, sempre nus e prontos a mergulhar em todas as águas límpidas que encontravam.
O português tão bem se adaptou aos calores tropicais porque se esqueceu das vestes da sua terra fria. Meteu-se naquela camiseta com os sovacos à mostra.
No parlamento de Israel, país bem menos quente do que o nosso, os representantes do povo nem precisam de tanta pompa e circunstancia, e muitos jamais usaram paletó e gravata.
Tanto gostamos de imitar, que, conta Euclides da Cunha em Os Sertões, as tropas do exército brasileiro durante a Guerra de Canudos, enfiando-se pelas caatingas do Raso da Catarina, exibiam coloridos uniformes, como se fossem granadeiros austríacos, e foram alvo fácil, vistoso, mostrando-se no matagal desfolhado para a jagunçada entrincheirada no topo de morros pedregosos que ia dizimando os batalhões com suas lazarinas, sem serem localizados, porque a intensa luminosidade e o ar seco impediam a formação de fumaça.
    Se os ingleses nos houvessem colonizado, estariam agora os nossos magistrados, os nossos senadores, suando debaixo daquelas ensebadas perucas brancas que usam os aristocratas da Câmara dos Lordes. No deserto das nossas irrealidades o protocolo goza de precedência sobre bom senso.

O SEXAGENÁRIO BIQUÍNI

Faz agora sessenta anos. Na praia de Saint- Tropez, a primeira francesinha ousada apareceu vestindo um maiô de duas peças. Era o biquíni, ainda excessivamente grande, mas os umbigos ficavam à mostra e isso causou escândalo. Brigitte Bardot logo aderiu, e ela que não precisava mostrar nada além do que os lábios sensualmente carnudos, generosamente exibiu muito mais. O estilista que cortou pelo meio em dois pedaços o conceito antigo de maiô inteiro deu à novidade que surgia o nome de uma ilha perdida no pacífico sul, arrasada por uma bomba atômica experimental que lá os americanos fizeram explodir. Quase sumiu do mapa o Atol de Biquíni, mas o nome nunca mais seria esquecido, e espalhou-se pelo mundo, ou melhor, foi vencendo aos poucos a tenaz resistência da masturbação conservadora. Mostrar o corpo com o biquíni tornou-se, para as mulheres de boa parte do mundo, uma forma de demolir a opressão do preconceito, o castrador puritanismo dos castos hipócritas.
 Em Copacabana,e na Ipanema que começava a aparecer, o biquíni foi tomando novas formas em dimensões ousadamente minúsculas. No país tropical os corpos se desnudavam em sintonia com o clima, e tanto minimizaram o biquíni que o transformaram em tanga, depois, no antiestético fio-dental.  Jânio Quadros proibiu o biquíni e conseguiu apenas ser ridicularizado, mas isso já foi em 61, dez anos depois da estreia em Saint-Tropez. 
 Na praia de Atalaia em Aracaju, o biquíni fez sua avant-première no verão de 57/58. Foi uma linda e suave jovem que mostrou o seu corpo escultural num biquíni timidamente discreto. Era uma manhã ensolarada, e ali, bem em frente ao antigo balneário, hoje um prédio em ruinas, havia um cais de cimento protegendo um pedaço da orla recentemente asfaltada das ondas que às vezes vinham nele quebrar fortes. Vinte a trinta jovens curiosamente cúpidos, aglomerados sobre o cais, fitavam embevecidos a musa bronzeada embaixo, sobre a areia da praia, fingindo alheamento ao frisson causado à sua volta. No dia seguinte, o promotor público e cronista social Carlos Henrique, o Bonequinha, comentava em seu programa na Rádio Liberdade: Silvinha Simões exibindo um biquíni azul tornou ainda mais azuis o céu e o mar da Atalaia.
 Na península ibérica, onde dois soturnos ditadores, Franco na Espanha e Oliveira Salazar, em Portugal, disputavam o troféu do obscurantismo, o biquíni foi ferozmente combatido. Suecas, inglesas, francesas, que vinham aquecer-se ao sol do Estoril, da Costa Brava, da Biscaia, eram obrigadas sob ameaça de prisão, a cobrirem os corpos com uma toalha. Depois, os interesses de uma já expressiva indústria do turismose sobrepuseram ao moralismo dos dois energúmenos, e o biquíni venceu a vigilância da PIDE portuguesa e dos Raquetés  espanhóis.
 Foi recentemente lançado no Brasil um volumoso livro, Salazar uma Biografia Definitiva, escrito pelo historiador português Filipe Ribeiro de Meneses.  Há nele uma passagem curiosa e também elucidativa sobre o monástico e ferre o Presidente do Conselho de Ministros. Uma escritora francesa, Cristine Garnier, pouco conhecida, mas atraente e sensual nos seus trinta anos foi incumbida de fazer uma biografia de Salazar.  Teve a concordância do ditador, que pretendia exibir ao mundo uma imagem mais palatável. Cristine viajou várias vezes a Portugal, hospedou-se nas residências oficiais e venceu as resistências pudicas de um Salazar envelhecido, certamente cansado das secretas fornicações com  Maria,a sua  dedicada  e desgraciosa governanta . O biografado apaixonou-se pela biógrafa, mulher moderna, emancipada, que já andava pelo quarto casamento. A ela deu presentes, de ananases dos Açores, a vinhos do Dão, até um anel de brilhantes comprado em Paris, que custou 450 dólares, Muito dinheiro para a época. Cristine escreveu Vacancesavec Salazar, que em Portugal virou best-seller, e nele conta o episódio.  Estava hospedando Forte de Santo Antônio junto às areias alvas da praia do Estoril. Tomava sol no terraço quando chegou Salazar que se pôs a olhar a praia com um binóculo. Depois, virando-se para ela com voz de desgosto exclamou: - Ah, essas carnes, essas carnes pecaminosas!  Cristine acrescenta: Olhou depois para mim. Eu estava de biquíni. Não trocamos uma palavra, mas soube o que pensava. Nunca mais voltei a usar roupa de banho no terraço do Forte de Santo Antônio.
Quem enxerga carnes pecaminosas na volúpia do corpo revelado de uma mulher, certamente verá sempre o biquíni como a vitrine exígua e satânica do pecado imenso.
 Piedade, para eles.

PARA ENTENDER O VOTO DO ARACAJUANO

 Em A Sociedade Afluente, marco de uma época, que teve sua primeira edição com muito atraso no Brasil somente em 1987, John Kenneth Galbraith, no capítulo intitulado A Posição da Pobreza, afirma: Com a transição dos muitos pobres de uma posição de maioria para uma relativa minoria, houve uma mudança em sua posição política. Qualquer tendência de um político em identificar-se com os indivíduos das classes inferiores geralmente recebe a reprovação dos ricos. Logo surgem suspeitas de oportunismo político ou demagogia. Porém, aquele que era motivo destas suspeitas gozava da vantagem compensadora de estar ao lado da grande maioria. Hoje, qualquer político que fale em nome dos muito pobres estará falando para uma pequena minoria geralmente sem expressão. Como resultado, o político liberal moderno, se alinha não com os membros miseráveis da comunidade, mas com as pessoas mais numerosas que recebem uma renda muito mais afluente, sejam os trabalhadores sindicalizados ou os intelectuais. Os reformadores se preocupam agora com as necessidades das pessoas relativamente bem de vida. 
Isso foi escrito na década dos 50, quando os Estados Unidos em plena ascensão pós- guerra já se transformava numa sociedade afluente. Mas é, sem duvidas, um texto para ser lido e meditado pelos políticos interessados na eleição em Aracaju.
 A capital sergipana é caso especial, que merece ser historicamente analisado para que, em sintonia com as circunstancias do dia a dia político-administrativo se possa fazer um diagnóstico das mutações pelas quais passou a massa de cidadãos votantes. Se estamos ainda bem longe da sociedade afluente que Galbraith identificou nos Estados Unidos há mais de 50 anos, passamos sem duvidas por transformações, desde o início da exploração do petróleo e dos outros minérios, até a mobilidade social registrada forte nos últimos dez anos. Os muito pobres foram substituídos por uma classe média baixa que cresceu muito, e essa categoria estreante, junto com a classe média intermediária e o reduzido segmento da alta, incorporam novas aspirações, são menos receptivas ao discurso ideológico e tendem muito mais a privilegiar o lado prático da vida. Assim, para esse segmento social em forte expansão, o trânsito que flui desimpedido, a segurança publica eficiente, o lazer facilitado, o acesso à moradia de bom nível, a indústria chegando, o emprego se expandindo, a escola dando resultados, são fatores bem mais importantes do que a cesta básica distribuída na periferia para os que ainda passam fome. Nessa nova classe, começa até a ser identificado um certo preconceito em relação aos programas sociais mais abrangentes, vistos como ferramentas disseminadoras da preguiça. Visão sem duvidas deplorável, mas que existe e precisa ser adequadamente abordada.
O discurso da esquerda que teve eco quando disparava contra as elites, os donos do poder, que vocalizava as esperanças e as revoltas de pessoas extremamente pobres e desesperançadas, precisa ser revisto, atualizado, até porque, em grande parte, as mudanças sociais que aconteceram, passando por FHC, e muito mais fortes e abrangentes na era Lula,  são resultados práticos daquelas políticas públicas que a esquerda sempre defendeu. A esquerda parando de culpar as elites, e de cutucar o passado recente, precisa convencer que assume a paternidade dessas transformações. E aguardar para ver se dá certo.

UM HONRADO SERVIDOR PÚBLICO

Faleceu semana passada o servidor público Manoel Celestino Chagas. Viveu sempre em Simão Dias, onde casou com Zilda, filha do jornalista e escritor Carvalho Déda, e teve cinco filhos. Na sua terra, era homem benquisto, cidadão respeitado, referencia como pai de família. Tudo o que na sua vida de homem simples ele mais queria. Devia ter um imenso orgulho dos filhos, uma sensação reconfortante do dever cumprido, de ter completado aos 86 anos, uma útil trajetória pela existência. Sobre Manoel Celestino disse um dos seus filhos, Marcelo Déda: Não só os que têm cargo e poder dão exemplo. Polícia Fiscal, ele tomava conta de corrente nos postos de fronteira. Criou cinco filhos sem faltar comida, sem faltar livro para estudar, sem atrasar uma prestação. O homem simples que deixou este plano, gostaria de ter podido assistir algo inédito na história da democracia. Ter um filho presidindo o Executivo e outro o Judiciário, já que o desembargador Cláudio Déda irá presidir o Tribunal de Justiça no próximo ano.
O desembargador Edson Ulisses, genro de Manoel Celestino, casado com a advogada Maria do Carmo, disse sobre o sogro: Era um homem dedicado à família e teve total sucesso naquilo que se propôs, proporcionando aos filhos o acesso aos livros, à cultura, ao ensino superior. Como servidor público, pai e cidadão Manoel Celestino nos deixa belos exemplos.

DONA CACILDA, UMA TABELIÃ DE ALAGOAS

Cacilda Damasceno Freitas faleceu semana passada depois de quase dez anos imobilizada por um AVC. Quem falar no nome de Dona Cacilda, a titular de um único Cartório em Piranhas, ouvirá dos interlocutores por toda a extensão do sertão sanfranciscano, referências carinhosas a ela como mulher forte, como uma liderança que nunca buscou a política para ter mandatos, mas sempre agiu decisivamente, mobilizando o povo para que votasse nos candidatos que ela considerava melhores para a sua terra.  Ouvirá também que ela junto ao marido, companheiro de toda a vida, o fiscal de rendas Rosalvo Damasceno Freitas, souberam construir uma família forte, unida, filhos que alcançaram elevadas posições em Alagoas.
Dona Cacilda é mãe do desembargador Washington Luiz, que foi antes promotor e também deputado estadual, do atual deputado estadual, o agrônomo, advogado e historiador Ignácio de Loyola, que já foi 2 vezes prefeito de Piranhas, do engenheiro civil Welington, ex-prefeito de Olho D´àgua do Casado. Dona Cacilda é avó de Melina Freitas, prefeita de Piranhas; é também sogra de Kátia, ex-deputada, e de Heloisa, ex-prefeita de Piranhas. Há quem garanta que todo esse sucesso político tem suas origens no carisma da respeitada e querida matriarca.

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