domingo, 31 de julho de 2011

DO COMPADRE LULA A PRESIDENTE DILMA

Houve quem garantisse que Déda havia perdido prestígio em Brasília, que a presidente Dilma não gostava dele e tudo lhe negava.  Durante os dois mandatos de Lula, o governador quando ia a Brasília, era sempre convidado pelo compadre presidente a hospedar-se no Alvorada. Agora, acomodava-se em hotéis, e até teria dificuldades para agendar audiências.
João Alves, opositor atento e implacável, com fina ironia, fustigava: Ah, se quando eu fui governador tivesse um compadre presidente, e dormisse com ele no Palácio. Certamente, não estaria insinuando que a presidente convidasse Déda para dormir com ela. Mas a coisa de certa forma pegou, e até foi feita uma estatística das idas e vindas do governador a Brasília, e dos resultados obtidos.
Na virada de junho para julho o governador demorou-se em Brasília mais do que o usual. E foi recebido pela presidente em duas audiências. Numa, com outros governadores de estados, tornou-se o porta-voz deles e destravou o penoso diálogo sobre a distribuição dos royalties do pré-sal. Noutra, conseguiu o que os jornais do país estão agora noticiando: a segunda frente de produção do potássio a ser aberta em Sergipe. Investimento de um bilhão e meio de reais a ser feito pela Vale. O negócio estava emperrado porque, na Petrobrás, existiam resistências em permitir a perfuração de poços buscando a carnalita, alegando razões de natureza técnica para preservar suas jazidas de óleo e gás.
A presidente ouviu Déda atentamente, concordou com a sua exposição e garantiu-lhe que o problema seria resolvido. Ato quase contínuo, chamou o Ministro das Minas e Energia, o presidente da Petrobras.  Agora o acordo só falta ser assinado e o dinheiro da Vale começará a irrigar Sergipe, na montagem da  nova planta de produção do potássio a partir da carnalita

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