domingo, 10 de abril de 2011

SUPERMERCADOS E SHOPPINGS FECHADOS AOS DOMINGOS UMA BURRICE PROVINCIANA


Fechar supermercados e shoppings aos domingos e feriados é uma adesão ao atraso. Deixar que supermercados e shoppings funcionem todo tempo sem fiscalização, é capitulação ao atraso. Não se gera emprego criando-se obstáculos às atividades produtivas, o que se faz necessário é a presença fiscalizadora do Estado para que as leis trabalhistas sejam cumpridas. Nossas leis trabalhistas já andam um tanto caducas, mas, no que se referem à proteção do trabalhador, enquanto coisa melhor não vier a ser feita pelos nossos legisladores, teremos de conviver com elas e, sobretudo, fazê-las eficazes. Fechar shoppings e supermercados, impedi-los de funcionar normalmente preenchendo horários noturnos, também nos dias de domingo e feriados, é grave demonstração de incapacidade para tirar proveito de oportunidades disponíveis para gerar mais empregos. Não se gera emprego reduzindo-se as oportunidades de trabalho. Se os supermercados e shoppings exploram os trabalhadores, os submetem a uma jornada excessiva, não pagam horas extras, não convocam outros trabalhadores para que ocupem as etapas ampliadas, então, faliu o Ministério do Trabalho que não tem condições para exercer seu papel fiscalizador. Alegam que aquele Ministério anda um tanto sucateado, não tem funcionários suficientes para que possa bem cumprir suas atribuições. Se isso for verdade, então, que se lute para tornar eficiente o ministério semi-paralisado.
Shoppings e supermercados fechados aos domingos é atitude provinciana e ausência de compreensão da lógica econômica que move o capitalismo. Pode-se questionar essa lógica. Em relação à tantas coisas, inclusive o futuro do planeta, ela é extremamente perversa, mas, enfim, é no capitalismo que vivemos, por isso para que empregos sejam gerados, a máquina da economia deve ser posta a andar, e se ela não para aos domingos e feriados tanto melhor. Para tornar possível a contratação de novas turmas de trabalhadores apenas para preencherem os espaços de domingos e feriados, seria indispensável uma mudança na legislação trabalhista no que se refere ao trabalho temporário. Isso dificulta tudo, mas, é sempre possível um acordo com a interveniência dos sindicatos, desde que a geração de empregos fosse o foco do entendimento. Pergunte-se a um taxista o que ocorre quando supermercados e shoppings fecham, e ele mostrará quanto se perde, quanto dinheiro deixa de ser injetado, de girar na economia. O taxista, somente a título de exemplo, é uma das vítimas de uma insensatez que se comete sob o disfarce de proteção aos direitos dos trabalhadores. É possível a proteção desses direitos, como se faz, por sinal, em todo o mundo e pelo Brasil a fora, onde não existem restrições ao funcionamento de qualquer forma de comércio, desde que gere emprego, remunere decentemente os trabalhadores e respeite os seus direitos.
O resto é demagogia, ou burrice mesmo.

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