domingo, 10 de abril de 2011

BIOMBO NOS BANCOS UMA COISA SIMPLES E PRÁTICA


Em São Paulo agora é lei. Toda agencia bancária terá, obrigatoriamente, de instalar um biombo isolando os caixas do espaço onde ficam os clientes aguardando atendimento, Também entre os caixas, à semelhança do que existe em quase todos os mictórios masculinos deverá haver divisórias. Com essa tão simples providencia espera-se reduzir os assaltos que ocorrem nas saídas dos bancos. O marginal fica entre os clientes, acompanha quem está recebendo dinheiro, e telefona para o comparsa que está do lado de fora, e descreve as características da vítima. Na rua, acontece o assalto. O que impressiona nisso tudo ,é a total indiferença dos bancos. Todos, parece, estão se lixando para a sorte dos incautos clientes. Banco, quando é assaltado, nada perde, porque o seguro cobre tudo, já o cliente mesmo estando dentro de uma agencia, se for roubado terá de percorrer uma longa via de obstáculos, primeiro, a recusa do banco em indenizá-lo, depois, a enorme lentidão da Justiça. Os bancos deveriam ser obrigados a estender o seguro que fazem, também para cobrir os clientes no interior das suas agencias.
Em São Paulo, a lei do biombo que teve origem na Assembléia Legislativa foi sancionada pelo governador no dia 17 de março, mas, como ninguém escapa dos intrincados labirintos da burocracia, haverá ainda a necessidade da regulamentação, que não tem prazo para ser feita. Foi estabelecido no texto legal que a determinação somente entrará em vigor noventa dias após a regulamentação, Como ninguém sabe quando sairá a regulamentação, a lei existe, mas não vale nada, e os assaltos continuam acontecendo nas calçadas em frente aos bancos, depois que os clientes saem das agencias com dinheiro no bolso, sendo identificados pelo bandido que estava lá dentro a tudo assistindo, apenas, porque não existe o isolamento feito por um simples e baratíssimo biombo. Semana passada o ex-governador de Sergipe, João Alves teve o desprazer e o grande susto de presenciar a ação ousada de uma quadrilha que invadiu um banco num dos pontos mais movimentados de São Paulo, alguns clientes perderam o que levavam nos bolsos. Nunca serão ressarcidos do prejuízo, mas com o banco, no caso o Bradesco, tudo será diferente. Talvez por isso, por se sentirem assim tão solidamente seguros em meio a um clima de insegurança que a todos assusta, os bancos não tomam qualquer iniciativa para a proteção do cliente, aliás, são os próprios bancos os grandes desrespeitadores dos clientes quando os obrigam a uma exaustiva permanência aguardando um atendimento calamitoso.
Um biombo, algumas placas de isolamento entre os caixas, são coisas bem simples, custam uma ninharia, principalmente para quem exibe todos os anos astronômicos lucros, mas, é preciso que se faça uma lei para que os bancos sejam obrigados a instalá-los.
Algum vereador de Aracaju, poderia apresentar uma lei semelhante a de São Paulo, embora por aqui os bancos costumem desrespeitar todas as leis. Onde anda, por exemplo, aquela dos 15 minutos, prazo máximo para atendimento ao cliente ?
Para maior amplitude à lei dando-lhe dimensão estadual, seria melhor que um deputado tratasse do assunto.
Uma observação: o banco HSBC em Aracaju, já tem, há muito tempo, o biombo instalado na sua única agencia.

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