sábado, 19 de novembro de 2016

O HOSPITAL DO CÂNCER E AS MÁFIAS DA SAÚDE

Muito se tem discutido, muito se tem politizado ou partidarizado, o que é ainda um projeto: o Hospital do Câncer. A ideia surgiu em meio à comoção pela agonia de Marcelo Déda.

Nessa segunda-feira a OAB-SE promove um oportuno debate público sobre o câncer e os meios que o poder público disporia para enfrentar a doença insidiosa. É uma tentativa, também, de fazer um diagnóstico sobre o problema, apontar falhas e suas possíveis soluções.

Há quem assegure, com conhecimento de causa, que o câncer, além de problema grave de saúde pública, seria também um delito a merecer investigações da Polícia Federal. Suspeita-se que exista uma máfia envolvendo vários setores, faturando alto com os assombrosos preços de medicamentos e até fornecendo remédios a “pacientes” que já morreram, ou seja, haveria uma fraude imensa, contribuindo para tornar mais graves as consequências da doença.

Mas aqui tratamos apenas do caso do projetado hospital. A coisa começou mal, sendo de início politizada, alvo de disputas desnecessárias de prestígio, ou supostas autorias da ideia. Não se pensou ainda sobre o custo de um hospital que será frequentado também, por pacientes de vários outros estados.

No Recife, o Hospital do Câncer que já foi referência, está em crise. Outros semelhantes passam pela mesma situação. Sem desprezar a necessidade de melhorar o atendimento aos, cada vez mais numerosos, pacientes com câncer, talvez o debate pudesse tomar um caráter mais técnico, sobretudo, baseado em custos e a possibilidade de serem cobertos pelos cofres estaduais. Afirmam, técnicos, que a manutenção do hospital custará por mês algo em torno de 40 milhões de reais.

No HUSE, o tão criticado e eficiente hospital, já está concluído o sistema de tratamento nuclear, aliviando o drama dos pacientes sofrendo com as constantes panes nos equipamentos sucateados. Poderia ser instalado, no HUSE, um setor mais amplo, destinado somente ao tratamento oncológico. Seria, então, o passo seguro que poderíamos dar, com as nossas próprias pernas.

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