sábado, 19 de novembro de 2016

O EQUÍVOCO NOSSO E A RESPOSTA DA CODEVASF

O jornalista Fernando Pires, diligente assessor de comunicação social da CODEVASF, enviou nota de esclarecimento a respeito de comentário aqui publicado, sobre aquela empresa e o pernicioso controle partidário eleitoreiro sobre ela exercido.

O equívoco foi em relação à nova presidente da CODEVASF, que identificamos como se fosse uma assessora do gabinete do senador Valadares. Na verdade, a servidora em questão foi sim, nomeada, mas, para exercer outro cargo que não a presidência.

Afirmamos também, que o senador, no período eleitoral, fez nomeações para aquela estatal de várias outras pessoas, inclusive de um cunhado seu, para cargo importante. Nomeou também familiares de cabos eleitorais que trabalhavam no comitê eleitoral do seu filho, então candidato a prefeito de Aracaju.

O equívoco, portanto, prende-se apenas ao caso específico da presidência, para a qual, segundo a nota, foi nomeada uma servidora de carreira, natural de Goiás. Ela é zootecnista, Mestre em Ciências Agrárias e Doutorada em Zootecnia. Tem, por conseguinte, as qualificações indispensáveis. Chama-se Kênia Marcelino e tornou-se a primeira mulher a dirigir a CODEVASF.

O senador Valadares, por ausência de quadros no seu definhante PSB sergipano, repetiu um resiliente procedimento da escolha sempre recaindo no agrônomo Paulo Viana, por sinal um técnico competente. Mas ele foi recusado, em virtude do veto a nome com filiação partidária. O que vem a ser, apenas, uma tola hipocrisia.

O lamentável é que o senador Valadares, representante de Sergipe, não tenha enxergado competência em nenhum gestor sergipano sem filiação partidária, para ocupar um posto no segundo escalão do governo federal, o que sempre, para nós, costuma sobrar.

Na nota elaborada pelo jornalista Fernando Pires, é destacado o trabalho realizado pela técnica da CODEVASF há 13 anos, a Doutora Kênia. Transcrevemos: “que lhe permitiu contribuir para transformar a realidade da população ribeirinha que habita os vales dos rios São Francisco, Parnaíba,  Itapecuru e Mearim, por meio de ações como as de revitalização hidroambiental das bacias, saneamento, desenvolvimento territorial e arranjos produtivos  locais”.

A propósito dessas ações citadas, lembramos que os ribeirinhos do baixo São Francisco estão a esperar que por ali elas cheguem, enquanto sofrem a falta de suprimento de água, convivem com esgotos despejados direto no rio e empesteando as suas águas, tudo isso, consequência de obras nunca concluídas corretamente pela errática CODEVASF.  

Os ribeirinhos do baixo São Francisco registram índices de desenvolvimento humano calamitosos, idênticos aos que existiam desde que, há 42 anos, foi criada a CODEVASF, que serve, sem dúvidas muito bem, a objetivos personalistas e eleitoreiros.

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