O jornalista Fernando Pires, diligente
assessor de comunicação social da CODEVASF, enviou nota de esclarecimento a
respeito de comentário aqui publicado, sobre aquela empresa e o pernicioso
controle partidário eleitoreiro sobre ela exercido.
O equívoco foi em relação à nova presidente
da CODEVASF, que identificamos como se fosse uma assessora do gabinete do
senador Valadares. Na verdade, a servidora em questão foi sim, nomeada, mas, para
exercer outro cargo que não a presidência.
Afirmamos também, que o senador, no período
eleitoral, fez nomeações para aquela estatal de várias outras pessoas,
inclusive de um cunhado seu, para cargo importante. Nomeou também familiares de
cabos eleitorais que trabalhavam no comitê eleitoral do seu filho, então
candidato a prefeito de Aracaju.
O equívoco, portanto, prende-se apenas ao
caso específico da presidência, para a qual, segundo a nota, foi nomeada uma
servidora de carreira, natural de Goiás. Ela é zootecnista, Mestre em Ciências
Agrárias e Doutorada em Zootecnia. Tem, por conseguinte, as qualificações
indispensáveis. Chama-se Kênia Marcelino e tornou-se a primeira mulher a
dirigir a CODEVASF.
O senador Valadares, por ausência de quadros no seu definhante PSB sergipano, repetiu um resiliente procedimento da escolha sempre recaindo no agrônomo Paulo Viana, por sinal um técnico competente. Mas ele foi recusado, em virtude do veto a nome com filiação partidária. O que vem a ser, apenas, uma tola hipocrisia.
O lamentável é que o senador Valadares,
representante de Sergipe, não tenha enxergado competência em nenhum gestor
sergipano sem filiação partidária, para ocupar um posto no segundo escalão do
governo federal, o que sempre, para nós, costuma sobrar.
Na nota elaborada pelo jornalista Fernando
Pires, é destacado o trabalho realizado pela técnica da CODEVASF há 13 anos, a
Doutora Kênia. Transcrevemos: “que lhe permitiu contribuir para transformar a
realidade da população ribeirinha que habita os vales dos rios São Francisco,
Parnaíba, Itapecuru e Mearim, por meio
de ações como as de revitalização hidroambiental das bacias, saneamento,
desenvolvimento territorial e arranjos produtivos locais”.
Os ribeirinhos do baixo São Francisco
registram índices de desenvolvimento humano calamitosos, idênticos aos que
existiam desde que, há 42 anos, foi criada a CODEVASF, que serve, sem dúvidas
muito bem, a objetivos personalistas e eleitoreiros.
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