Nessa sexta-feira, Jackson saiu da casa onde
mora há mais de vinte anos na Atalaia e começou uma longa caminhada até o
Mosteiro dos Frades Capuchinhos, no Bairro América. Percorreu quase doze
quilômetros.
Foi uma exaustiva prova de resistência, em
marcha quase acelerada, algo incomum para quem já ultrapassou os 70 anos. Perguntado
por repórteres qual o motivo daquela áspera jornada, Jackson respondeu: “Faço
uma prova que é para mim muito mais espiritual do que física, por isso,
encontro forças. Estou pagando uma promessa que fiz a São Judas Tadeu, antes da
eleição aracajuana, em que o povo nos deu a vitória, elegendo Edvaldo e Eliane. Vou ajoelhar-me durante a missa agradecendo a
Deus por tudo o que tenho recebido e pedir que me dê forças para corresponder à
confiança e generosidade dos sergipanos”.
No percurso, era saudado festivamente pelas
pessoas, uma atitude espontânea, muito rara nesses tempos em que os políticos andam
em baixa e quase só ouvem vaias, ou o espocar de foguetes, quando saem presos a
caminho das penitenciárias.
O gesto público de Jackson faz recair sobre
os ombros de Edvaldo responsabilidades ainda maiores. Ele não pode falhar, não
pode decepcionar os aracajuanos, os que nele votaram, os que nele não votaram e
os que anularam o voto, no protesto mudo contra a classe política.
Edvaldo, em quem a maioria dos eleitores
acreditou, não pode ser apenas um prefeito razoável, muito menos medíocre. Terá
de ser um excelente prefeito.
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