AS CRÔNICAS DE UM
CIDADÃO RIO-REALENSE
Rio Real é município que fica naquela mesopotâmia, delimitada
ao norte pelo Rio Real, ao sul, pelo Rio Itapicurú. Deveria ser território
sergipano, se prevalecessem os limites traçados por Ivo do Prado, ou vitoriosa
fosse a iniciativa do ex-senador Chico Rolemberg que queria recuperar para
Sergipe o território perdido. São os inconformismos de uma terra miúda, colada
a uma gigante.
O baiano teve algo do bandeirantismo paulista. Garcia D`Avila,
desbravador e conquistador de terras, disso, deve ser o melhor exemplo. O
sergipano acomodou-se na completude do microcosmo dos engenhos, e ali foi
aquietando-se. Demorou, até a guindar-se aos sertões, e ir ocupar as terras
ignotas.
É então um rio – realense, agora quase sergipano, saído
daquele território que nos teria sido conspurcado, que, num livro saboroso, de
fácil e atraente leitura, nos fala sobre toda a extensão mediando entre os dois
rios, indo além, extravasando limites, chegando a Jandaíra, bem próximo ao mar
e aos rios do Mangue Seco. Livro rico em memorias, em exuberância de variados
conhecimentos, e também precioso em particularidades insuspeitas, de uma gente
e de uma terra.
O rio-realense tão sergipano, é o advogado, engenheiro
agrônomo, sobretudo um cidadão, ansioso por fazer da vida, cada vez mais, um
entusiasmado exercício de participação. É ele Manoel Moacir Costa Macedo. O
livro, Crônicas do Rio Real, será lançado na sexta –feira, dia 14, às vinte horas, na AEASE, quando
Moacir receberá, também, o título
de engenheiro agrônomo do ano.
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