A BRIGA SEMPRE REPETIDA
COMPESQUISAS ADVERSAS
Pesquisa eleitoral só
é bem recebida e plenamente aceita pelos que aparecem destacados na primeira
colocação. Os demais, dizem, no mínimo, que não acreditam em pesquisas, e há
também, aqueles, que enxergam movimentos desestabilizadores levados a efeito
pelos adversários, sempre envolvendo os institutos na falsificação das cifras.
Já existem projetos tramitando no Congresso Nacional com o objetivo de proibira
divulgação das pesquisas durante o período da campanha. Se isso chegar a ser
consumado será um retrocesso imenso. A pesquisa é uma avaliação sempre precisa
de um momento, dificilmente erram de forma clamorosa. Há,sempre, uma
aproximação muito grande dos resultados finais. Até porque a forma de realizarpesquisas
obedece a modelos matemáticos, testados com amplo sucesso em todo o mundo. Tudo
fica a depender, porém, da credibilidade do instituto que se contrata. Há
algumasque se tornam suspeitas, mas, no geral, o procedimento é sempre correto,
porque dificilmente um instituto que pretenda permanecer no mercado, correrá o
risco de tornar-se inconfiável. Há, aqui e ali, empresas duvidosamente
constituídas , que se dispõem a elaborar resultados ¨¨sob encomenda ¨, mas essas têm vida curta.
Houve, na eleição de 1994, quando disputavam o governo
Jackson e Albano , um resultado calamitosamente equivocado, com o qual o
instituto até hoje se preocupa, porque a falha afetou seriamente a sua imagem,
tão consolidada que o nome IBOPE ainda hoje continua sendoassociado à pesquisa,
gerando frases assim corriqueiramente utilizadas: O IBOPE dele está baixo ¨.
¨Isso não dá IBOPE ¨, ¨Vamos trabalhar para melhorar o IBOPE ¨.
Naquela eleição, onde todos os sintomas apontavam para uma
margem estreita de vantagem entre os candidatos, o resultado do IBOPE divulgado
pelas televisões e emissoras de rádio dava a Albano uma vantagemimensa de votos
sobre Jackson. Como se sabe, no primeiro turno Albano perdeu as eleições por
aproximadamente mil e quatrocentos votos.
Denunciou-se, até, que o resultado teria sido forjado em virtude da
amizade de Albano, então presidente da poderosa Confederação Nacional da
Indústria com o dono do Instituto, Carlos Montenegro. Mas os organizadores da
campanha de Albano, acreditaram plenamente na pesquisa, tanto assim que, às vésperas
da eleição os comitês foram desmobilizados, suas equipes deixaram as ruas indo,
antecipadamente, comemorar a ¨vitória ¨, entoando um ¨ já ganhou ¨que não aconteceu.
Se houve o feitiço, ele virou-se contra o feiticeiro. Por causa daquele erro clamoroso,
que fez até o IBOPE readequar toda a sua metodologia de pesquisa, até hoje se
diz quando uma pesquisa é desfavorável: ¨Lembram-se do IBOPE de Albano ? ¨
Na última eleição, Rogério Carvalho, que entrou na campanha
para o Senado derrubando portas, e ele tinha, naquele tempo, disposição e
¨instrumentos¨ para derrubá-las atribuiu sua derrota à divulgação , quase na última hora, de uma
pesquisa pela TV- Sergipe que dava
dianteira para Maria do Carmo. A
pesquisa retratou o exato placardfinal, mas Rogério não se conformou e atacou
duramente a televisão e o seu sócio principal, chamado por ele,
deselegantemente, de trapaceiro.
As pesquisas em Aracaju agora são todas coincidentes na
amostra das tendências do eleitorado. E essa tendência dá uma boa margem de
frentede Edvaldo Nogueira sobre todos os demais concorrentes. João Alves,
penando na rabeira, parece que já se conformou com a antecipação dos resultados
negativos de um pleito no qual teria entrado sem vontade nem animo para a
disputa. O seu ex-genroEdivan Amorim o deputado André Moura, deceparam-lhe
todas as chances de manobra, mas,
fracassaram na tentativa de, com essas manobras, dar votos ao seu
candidato Valadares Filho. Confiavam
que as suas maquinações astuciosas nos bastidores, se traduzissem em alento e
força à campanha do jovem deputado federal, que imaginou seduzir o eleitorado
exatamente construindo uma imagem de juventude e renovação. É possível, sem
duvidas, queo quadro venha a se inverter, mas é uma hipótese pouco provável, porque
o voto do eleitor aracajuano parece já cristalizado, e as novas companhias de
Valadares pai e Valadares Filho causam muita rejeição, pelo temor de que essas
companhias venham a exercer controle sobre a Prefeitura de Aracaju e, nesse caso, viesse a aconteceralgo parecido com
o que se viu na Assembleia Legislativa.
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