TEMER, DAS DÍVIDAS DOS ESTADOS AO NOSSO FEIJÃO
Temer começou convivendo com os mesmos sabidos malandros que
estiveram acomodados nos governos de Lula e Dilma. Nisso, a diferença consiste
em que Lula soube utilizá-los para garantir a governança e Dilma, sem
habilidade, não conseguiu governar. Sem eles, é penoso dizê-lo, sem os malandros,
a política não anda, a Câmara, mais ainda apodrecida pelo hoje moribundo Cunha,
não vota. Temer sabe perfeitamente disso, e teve o cuidado de não incomodá-los.
Cunha mais uma vez tornado réu, perde substancia política, e também se
fragilizam os comparsas. Já se constrói
o caminho para a indicação de um presidente da Câmara saído de um consenso
entre o PSDB, PSB, PT, DEM, e outros partidos, tendo em vista uma assepsia na
casa tão infectada.
Nesse clima Temer poderá aprovar, e vai aprovando, matérias
essenciais para restaurar a credibilidade nas empresas estatais; para impor
regras rígidas aos gastos públicos. Temer já fez o que sucessivos presidentes
não conseguiram: a renegociação das dividas dos estados, que agora podem
reequilibrar suas finanças, desde que não voltem a perpetrar as mesmas
liberalidades e equívocos, bem ou mal intencionados.
E Temer vai mais longe. Preocupou-se com o nosso feijão,
salvou a Olimpíada, que foi custosa, mas não poderíamos perdê-la, porque o
mundo nos contempla, e a nossa imagem já está suficientemente desgastada. Para
o feijão a saída foi importar, trazê-lo mais barato da Argentina, do Uruguai,
talvez até da China. Falta feijão porque o clima nos foi adverso, a cultura que
é complicada vem sendo reduzida. Haja a vista o que sucede aqui entre nós, em
Poço Verde, que quase não produz mais feijão. Nas redes sociais atribuem a culpa
a Lula, que teria doado, já faz tempo, 600 toneladas ao povo cubano. Isso é um
despropósito, resultante do preconceito que temos em relação a Cuba. 600
toneladas não afetariam nossos estoques reguladores, e se o povo cubano tem
fome porque a ditadura dos Castro enroscou a economia, destruiu a produção nos
campos, afinal, os cubanos não têm culpa disso, e o Brasil não pode deixar de
ser generoso com os nossos irmãos latino americanos, ou outros, estejam onde
estiverem.
Se Temer conseguir em médio prazo baixar o preço do feijão,
já começa a marcar pontos positivos com o povo. É a sensação que passa um
governo que governa. Exatamente o que faltava à Dilma.
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