quarta-feira, 22 de junho de 2016

TEMER, DAS DÍVIDAS DOS ESTADOS AO NOSSO FEIJÃO



TEMER, DAS DÍVIDAS DOS ESTADOS AO NOSSO FEIJÃO
Temer começou convivendo com os mesmos sabidos malandros que estiveram acomodados nos governos de Lula e Dilma. Nisso, a diferença consiste em que Lula soube utilizá-los para garantir a governança e Dilma, sem habilidade, não conseguiu governar. Sem eles, é penoso dizê-lo, sem os malandros, a política não anda, a Câmara, mais ainda apodrecida pelo hoje moribundo Cunha, não vota. Temer sabe perfeitamente disso, e teve o cuidado de não incomodá-los. Cunha mais uma vez tornado réu, perde substancia política, e também se fragilizam os comparsas.  Já se constrói o caminho para a indicação de um presidente da Câmara saído de um consenso entre o PSDB, PSB, PT, DEM, e outros partidos, tendo em vista uma assepsia na casa tão infectada.
Nesse clima Temer poderá aprovar, e vai aprovando, matérias essenciais para restaurar a credibilidade nas empresas estatais; para impor regras rígidas aos gastos públicos. Temer já fez o que sucessivos presidentes não conseguiram: a renegociação das dividas dos estados, que agora podem reequilibrar suas finanças, desde que não voltem a perpetrar as mesmas liberalidades e equívocos, bem ou mal intencionados.
E Temer vai mais longe. Preocupou-se com o nosso feijão, salvou a Olimpíada, que foi custosa, mas não poderíamos perdê-la, porque o mundo nos contempla, e a nossa imagem já está suficientemente desgastada. Para o feijão a saída foi importar, trazê-lo mais barato da Argentina, do Uruguai, talvez até da China. Falta feijão porque o clima nos foi adverso, a cultura que é complicada vem sendo reduzida. Haja a vista o que sucede aqui entre nós, em Poço Verde, que quase não produz mais feijão. Nas redes sociais atribuem a culpa a Lula, que teria doado, já faz tempo, 600 toneladas ao povo cubano. Isso é um despropósito, resultante do preconceito que temos em relação a Cuba. 600 toneladas não afetariam nossos estoques reguladores, e se o povo cubano tem fome porque a ditadura dos Castro enroscou a economia, destruiu a produção nos campos, afinal, os cubanos não têm culpa disso, e o Brasil não pode deixar de ser generoso com os nossos irmãos latino americanos, ou outros, estejam onde estiverem.
Se Temer conseguir em médio prazo baixar o preço do feijão, já começa a marcar pontos positivos com o povo. É a sensação que passa um governo que governa. Exatamente o que faltava à Dilma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário